Notícia nº 1 METRO MONDEGO Helena Freitas e Maló de Abreu sensibilizam secretário de Estado para importância do Metro Audiência com o responsável do Governo vai ser hoje solicitada, para ?sensibilizar para a injustiça que é parar a obra? Os líderes das bancadas socialista e social-democrata na Assembleia Municipal de Coimbra, Helena Freitas e Maló de Abreu, vão solicitar hoje de manhã uma audiência com o secretário de Estado dos Transportes, Carlos Correia da Fonseca. «Vamos tentar que o secretário de Estado nos receba o mais cedo possível, Helena Freitas e Maló de Abreu estiveram ontem na redacção do Diário de Coimbra, onde assinaram a petição contra a paralisação e/ou adiamentos no projecto do Metro Mondego. Os dois líderes partidários referiram que, antes de ser um assunto político, esta é «uma questão de cidadania». Tanto Maló de Abreu como Helena Freitas recordaram que, no país, há outros projectos que ainda nem começaram e que vão ser feitos, como as novas estações do metro de Lisboa e do Porto. «Se esta obra parar é a única obra em marcha a parar no país. Não se percebe isto», referiu Maló de Abreu. «Não se trata de um capricho desta cidade. Coimbra merece este projecto porque o planeou como nenhuma outra cidade o fez», acrescentou Helena Freitas. A líder da bancada socialista na Assembleia Municipal acredita que «existem soluções mesmo num momento de crise». «O PS tem a faca e o queijo na mão. Penso que seria lamentável que o partido que teve parte activa neste projecto, viabilizando-o, o deixe cair agora», defendeu Helena Freitas, que acredita que «a estrutura local do PS (Coimbra) estará a fazer todos os esforços para que este projecto seja uma realidade». As forças políticas de Coimbra estão, de resto, a trabalhar em conjunto. «Em termos políticos, nós, os de Coimbra, temos que estar unidos. Se o PSD estivesse no poder (Governo) eu não deixaria de intervir da mesma maneira», disse Maló de Abreu, para logo acrescentar que o que está a ser defendido é «o mais elementar, o bom senso». Planeamento urbano de Coimbra em jogo Helena Freitas e Maló de Abreu recordaram que em cima da mesa, com o problema do Metro Mondego, está a própria questão do planeamento urbano de Coimbra. «Temos uma estação ferroviária decrépita. A cidade não pode viver assim, o planeamento urbano é uma peça fundamental para o desenvolvimento», disse a líder da bancada socialista. «Aquilo é, realmente, um apeadeiro», acrescentou Maló de Abreu. Helena Freitas terminou deixando a ideia de que Coimbra já tem, actualmente, dimensão geográfica para ser encarada como a zona metropolitana da região Centro, mas «só isso não chega» para essa designação. «Faltam estruturas, o metro é o que falta», concluiu. Notícia nº 2 Coimbra Circulação rodoviária e ferroviária deverá ser reposta mais depressa que o previsto Estudo realizado por equipa de peritos indica que é possível reparar o pilar danificado no acesso à Ponte-Açude em menos tempo que os 45 dias inicialmente pensados. CP ?bombardeada? com reclamações devido ao corte entre estações Nova e Velha O pilar danificado na rampa de acesso à Ponte-Açude está a levar milhares de automobilistas e passageiros dos comboios que faziam a ligação entre a Estação Velha e a Estação Nova a um estado elevado de irritação, mas existe agora a esperança que a recuperação da estrutura seja feita mais rapidamente do que o previsto. «À partida o tempo de intervenção será inferior aos 45 dias inicialmente projectados», afirmou o relações públicas da Estradas de Portugal, Miguel Pereira. Neste momento é difícil prever em quantos dias pode ser antecipada a conclusão das obras, mas os responsáveis falam numa «diminuição significativa». A conclusão resulta de um relatório realizado por uma equipa de peritos, que ficou ontem terminado. «Temos consciência dos transtornos que os cidadãos estão a enfrentar e temos feito um grande esforço para diminuir o tempo da intervenção», acrescentou Miguel Pereira. As obras para recuperar o pilar evoluíram ontem a bom ritmo, com trabalhadores e viaturas no local. O corte rodoviário no acesso da Casa do Sal à Ponte-Açude (tabuleiro superior) e a suspensão da ligação ferroviária entre Coimbra A (Estação Nova) e Coimbra B (Estação Velha), trajecto que passa no local onde está o pilar danificado, está a afectar milhares de pessoas. Ontem, as bilheteiras da CP foram ?bombardeadas? com reclamações, especialmente ao fim da tarde. «Boa tarde, quero o livro de reclamações, por favor. Hoje isto não pára, não é?», referia uma das clientes na Estação Velha, que teve que procurar um transporte alternativo para chegar ao centro da cidade, apesar do bilhete de comboio supostamente já incluir essa viagem. À DECO terão chegado também algumas queixas. O dia foi difícil para os trabalhadores da CP que tiveram que explicar a centenas de pessoas porque não havia a ligação. A justificação geralmente não agradou aos clientes, que exigem que a CP arranje uma alternativa para fazer circular os passageiros. As reclamações estão também relacionadas com os passes. Os passageiros pagaram por viagens que terminam no centro da cidade, mas o bilhete adquirido não os leva até lá. Logo de manhã foram colocados avisos a alertar para a situação, nas duas esta0a. «A CP informa que, por questões de segurança, está interrompida a circulação ferroviária entre Coimbra e Coimbra B. A origem/destino de todos os comboios passa a ser Coimbra B. A CP agradece a compreensão para os incómodos causados», podia ler-se. Alguns clientes, desagradados com a situação, desconfiam mesmo que o problema na ligação não seja apenas causado pelas obras de requalificação do pilar danificado no acesso à Ponte-Açude. «Fazia este percurso todos os dias e agora sou uma cliente muito desgostosa. Isto já não estava a funcionar bem e está cada vez pior. Eles já queriam acabar com o trajecto Coimbra A ? Coimbra B? Assim o melhor é vender logo isto de uma vez aos espanhóis», afirmou a conimbricense Maria Sousa. O Diário de Coimbra procurou saber junto à CP se é possível avançar, antes do fim das obras, com um percurso alternativo, mas a entidade ?descartou-se? dessa obrigação. «A CP é o operador de comboios, mas a REFER é que gere toda a infra-estrutura. Tudo o que tem a ver com obras é com eles», afirmou Bruno Martins, assessor de imprensa da CP, empresa que transporta os passageiros entre Coimbra A e Coimbra B. Ontem o DC também não conseguiu obter resposta para a questão dos passes. Dos postos de informação e da assessoria de imprensa da CP não saiu nenhuma resposta conclusiva. Os cidadãos ainda não sabem se vão ser reembolsados ou não. Para o centro de táxi, autocarro ou? a pé Alguns cidadãos já estavam prevenidos para o corte da ligação entre as duas estações da cidade, mas houve centenas de pessoas que foram apanhadas de surpresa. Os passageiros ficavam estupefactos quando liam nos monitores que a ligação estava suspensa ou quando ouviam a notícia pelos altifalantes das estações. Quem chegava de fora de Coimbra seguia então para a entrada da Estação Velha, onde procuravam autocarros e táxis, uma despesa não programada, para chegar ao centro da cidade. Segundo o que foi possível apurar houve mesmo alguns cidadãos que se aventuraram a pé, percorrendo mais de dois quilómetros. A procura de taxistas sofreu «um aumento considerável», contou um dos motoristas ao Diário de Coimbra. Na rotunda de acesso à Estação Velha o trânsito esteve caótico durante alguns períodos do dia, com muito stress, buzinadelas e até alguns insultos entre os condutores. Notícia nº 3 EXPOFACIC ?Feita por amadores com? grande profissionalismo? «O sucesso da Expofacic, ano após ano, deve-se à sabedoria, experiência e dinamismo da Comissão Executiva e da vasta equipa que a compõe», elogiou, ontem, o presidente da Câmara, no decorrer da visita efectuada ao recinto onde estão a ser ultimados os preparativos para a abertura (na próxima sexta-feira) da maior feira de exposições da região Centro. Equipa que é composta «por amadores», mas, ao mesmo tempo, dotada «de grande profissionalismo», conforme admitiu João Moura. Contrariando a ideia de que a Expo de Cantanhede está numa fase de ?cada vez mais do mesmo?, a edição deste ano - como, aliás, acontece todos os anos -, além de manter a grandeza que a caracteriza, tem motivos de inovação. A começar com a inclusão de uma área onde está a ser montada a ?Aldeia de Portugal?. Trata- -se de um espaço que vai contar com a presença de três das cinco regiões de turismo de Portugal e de alguns concelhos, num total de 12 entidades. Depois, a área agrícola vai contar com mais dois terrados, que vai acolher uma grande variedade de animais de raça e exóticos, um picadeiro onde vão decorrer actividades equestres todos os dias e boxes onde vão estar cavalos da selecção nacional de TREC ? Técnicas de Randonnée Equestre de Competição, da Federação Equestre de Portugal. Outra novidade tem a ver com o novo palco principal de
espectáculos com um PA com 2.000 KW e zonas late- rais de serviço com A Expofacic deste ano vai contar ainda com uma tenda gigante dinamizada pela divisão de Cultura da autarquia, onde vai ser montada uma exposição retrospectiva dos 20 anos do certame, que se assinalam este ano, que de acordo com o vereador responsável, vai oferecer ao público «muitas curiosidades» relacionadas com o evento. Pedro Vaz Cardoso levantou um pouco o véu e revelou, por exemplo, que na primeira edição da Expofacic, realizada há 20 anos junto ao complexo escolar, aderiram 66 expositores e recebeu 17 mil visitantes. Passar para outro campeonato Hoje, recorde-se, a Expofacic tem 500 expositores, mais de 400 mil visitantes, 43 tasquinhas gastronómicas, sete palcos, áreas de diversão e actividades? «Não é possível crescer mais, mas, ano após ano, fazemos um incremento na qualidade e, por isso é [Expofacic] reconhecida como a melhor feira do país», adiantou João Moura aos jornalistas. E não é ele quem dá essa garantia, mas sim os expositores de todo o país que frequentam outras feiras e afirmam «que a Expofacic é a maior e melhor feira do país». E nesta perspectiva, João Moura, Comissão Executiva e toda a equipa que põe de pé o certame só tem um objectivo: consolidar a Expo de Cantanhede. Para isso o executivo camarário não hesitou em avançar com a requalificação do parque S. Mateus, cujo concurso de empreitada já foi lançado (conforme o nosso Jornal adiantou na edição de sábado passado). «Queremos passar para outro campeonato. Cantanhede tem legitimidade para realizar feiras temáticas e outros eventos durante todo o ano, e com a requalificação do parque de S. Mateus vamos servir a região, dar vida à cidade e dinamizar a economia local», enfatizou João Moura, adiantando que as obras de requalificação do espaço «podem avançar já em Outubro», devendo estar concluída em finais de 2012, uma vez que as obras são canceladas entre 31 de Maio a 31 de Agosto (de 2010 e 2012), período em que se realizam a Expofacic e o Dixieland, sendo retomadas após o último dia de Agosto. Australian Pink Floyd exigiram? uma cozinha! Notícia nº 4 Escrito por Diário de Coimbra POMBAL Funcionário que desviou dinheiro detido com mulher à porta de banco Homem de 58 anos estaria acompanhado de uma brasileira, na posse de avultada quantia em dinheiro, quando foi surpreendido pela Polícia Judiciária O autor confesso do desvio de mais de meio milhão de euros da Câmara Municipal de Pombal foi detido ontem, pela Polícia Judiciária (PJ), quando se preparava para entrar numa instituição bancária da cidade de Leiria. O indivíduo, um quadro superior do departamento de contabilidade da autarquia, estava acompanhado por uma mulher jovem, alegadamente brasileira, que também foi detida pelas autoridades policiais por ser suspeita de ter participado na movimentação das verbas retiradas de uma conta da autarquia de Pombal. O director da Directoria de Coimbra da PJ explicou à Lusa que detenção foi consumada por haver suspeita de que o homem pudesse ocultar ou alterar provas importantes para o processo. Rui Almeida concretizou que o funcionário camarário «iniciou movimentações suspeitas», o que deu à PJ as indicações necessárias para avançar. Aparentemente, aquando da detenção, à hora de almoço, o casal já teria visitado algumas dependências bancárias e estaria na posse de avultada quantia em dinheiro. Recorde-se que o indivíduo estava, desde sábado, com medida de coacção de termo de identidade e residência, depois de ter sido ouvido pela PJ no seguimento da denúncia da Câmara Municipal de Pombal. O município detectou a situação cerca das 20h00 da passada sexta-feira e participou o caso imediatamente às autoridades, decidindo, em reunião de emergência do executivo, realizada no sábado de manhã, suspender o funcionário e instaurar um processo disciplinar. Ao final da tarde de ontem, a autarquia emitiu um comunicado onde refere que já foi nomeado o instrutor do processo disciplinar, e anuncia também que se constituiu assistente do processo-crime contra o funcionário em questão. O documento assinado por Narciso Mota, presidente da Câmara de Pombal, explica ainda que o município participou formalmente «os factos conhecidos ao Banco de Portugal, Inspecção-Geral de Finanças, Inspecção-Geral da Administração do Território e entidades bancárias». Durante o dia de ontem a Câmara de Pombal esteve a analisar todos os extractos de conta desde o início do ano, para apurar o montante exacto do desfalque que, segundo disse à agência Lusa o advogado da autarquia, Teófilo Santos, pode ser superior a 500 mil euros. Os dois suspeitos ontem detidos, foram presentes, na tarde de ontem, à autoridade judicial, para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coacção, mas continuavam a ser ouvidos à hora de fecho desta edição. O funcionário dos serviços de contabilidade da autarquia, em declarações prestadas à rádio Cardal FM, justificou o alegado desfalque com investimentos turísticos no Brasil, como ontem noticiámos. Explicou ainda que conseguiu fazer as transferências porque tinha o cartão matriz do sistema, uma vez que estava «autorizado a utilizar as contas de todos os bancos da Câmara». Garantiu, todavia, não ter mexido em mais nenhuma conta bancária. «Estou lá há 33 anos, só deste vez é que mexi, pois estava a ver de ?segurava? mais algum dinheiro para a reforma, que pedi há pouco». Notícia nº 5 Escrito por José Carlos Salgueiro figueira da foz Faleceu no hospital terceira vítima do acidente na Cova Gala Image António Carvalho, de 31 anos, residente A brutal colisão verificada entre dois automóveis na Cova Gala, Figueira da Foz, na madrugada de domingo, conforme noticiámos ontem, acabou por resultar em três vítimas mortais, uma vez que um dos feridos
graves, António Carvalho, residente em Coimbra. António José Fernandes Carvalho, de 31 anos, presidente da União Desportiva, Recreativa e Cultural Mata Mourisquense, era um dos ocupantes do Seat Leon, que embateu frontalmente com um Renault Megane comercial, onde seguiam as outras duas vítimas mortais. O acidente, cujas circunstâncias estão por apurar,
verificou-se cerca das 4h50, No Renault, apenas com dois lugares para passageiros, seguiam quatro pessoas, duas das quais faleceram no local. Filipe José Santos da Cruz, de 31 anos, morador em Matos, Marinha das Ondas, era o condutor da viatura e teve morte imediata. No mesmo carro, que transportava quatro pessoas, seguia outra vítima mortal, Ana Rita Carvalho das Neves, também com 31 anos, que morava no Carriço, Pombal, e seria namorada de Filipe da Cruz. O funeral de ambos realiza-se hoje. As cerimónias fúnebres de Filipe da Cruz estão marcada para as 17h00, na Capela de S. Miguel, Matos, Marinha das Ondas, sendo depois sepultado no cemitério de Matas, Louriçal. Ana Rita das Neves vai ser cremada na Figueira da Foz, mas antes, às 11h30, realiza-se uma cerimónia na Igreja do Carriço. Os ocupantes da outra viatura, um Seat Leon, dois homens e uma mulher, residentes na Mata Mourisca, também concelho de Pombal, ficaram feridos, um dos quais, António Carvalho, acabaria por não sobreviver aos ferimentos, depois de transportado ao Hospital dos Covões. Fonte daquela unidade de saúde confirmou ontem, ao nosso jornal, o falecimento de António José Fernandes Carvalho, de 31 anos, informando também que o outro Notícia nº 6 coimbra Tabuleiro inferior da Ponte-Açude poderá encerrar na próxima semana O Instituto da Água (INAG) avançou ontem ao Diário de Coimbra a possibilidade de o tabuleiro inferior da Ponte-Açude encerrar ao trânsito no início da próxima semana. O encerramento do tabuleiro inferior, para os trabalhos de construção da escada de peixe no açude, estava previsto para hoje mas foi adiado devido à interdição da circulação na rampa de acesso da Casa do Sal ao tabuleiro superior, depois de na madrugada da passada quinta-feira terem sido detectados problemas estruturais num pilar. O vereador Paulo Leitão, responsável municipal pelo trânsito, disse que a pretensão da autarquia era que o fecho do tabuleiro inferior se verificasse apenas a 1 de Setembro, altura em que a Estradas de Portugal previa inicialmente concluir os trabalhos de reparação do referido pilar. «Pretendemos é não ter a rampa de acesso ao tabuleiro da Ponte-Açude encerrada e ao mesmo tempo o tabuleiro inferior», frisou. A propósito da intenção do INAG de querer encerrar o tabuleiro inferior já no início da próxima semana, Paulo Leitão aludiu a uma colisão de interesses. Por um lado, do Instituto da Água que pretende cumprir os prazos estipulados para não ter que pagar encargos adicionais ao empreiteiro responsável pela obra, e por outro lado o interesse dos munícipes, que a Câmara defende. O vereador espera no entanto que se chegue a um entendimento e que impere o bom senso, tanto mais que a interdição da rampa de acesso da Casa do Sal ao viaduto da Ponte-Açude implicou um acréscimo substancial de trânsito no tabuleiro inferior, dado ser a melhor alternativa para quem, estando nesta zona, pretende chegar à margem esquerda. Notícia nº 7 Escrito por Margarida Alvarinhas com Ana Margalho caso insólito HUC chamam GNR para reaver processo clínico errado Os familiares de um homem internado nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) classificam de «negligência» a situação por que passaram na sexta-feira. Uma alegada troca de processos motivou a indignação que, segundo a filha do homem, chegou ao ponto de envolver a GNR na sua própria casa, em Aveiro. O pai de Ana Martins foi internado há uma semana no serviço de Urologia dos HUC com um enfarte renal, e teve alta na sexta-feira. De volta a casa, o homem terá percebido que, na bagagem, levava um processo que não era o seu, mas de uma paciente daquele hospital. «Ligou para os HUC e disse que lhe tinham dado o processo de uma outra senhora e a enfermeira que o atendeu insultou-o, tratou-o mal e ainda lhe disse que ele tinha roubado os papéis», relata Ana Martins, frisando que o pai acabaria por se exaltar, mas nunca teria roubado o processo. «Não cabe na cabeça de ninguém. Se tivesse roubado não teria ligado para lá com intenção de o devolver», manifestou. Nessa mesma tarde de sexta-feira, conta ainda a filha do paciente, um médico do serviço chegou mesmo a ameaçar com a intervenção da GNR, caso o processo não fosse entregue. Uma ameaça que, garante Ana Martins, se concretizou com a presença das forças policiais na sua casa, em Aveiro. «A GNR foi a minha casa e ficou combinado que eu entregaria os papéis na segunda-feira (ontem), à tal enfermeira que tinha dado o processo errado», relata. Acontece que, no domingo, uma recaída obrigou o pai de Ana Martins a novo internamento nos HUC. «Teve medo de ser internado. Já lhe disseram que pode ser incriminado por ter um processo de outra pessoa», conta, «indignada», prometendo falar com os responsáveis do hospital para a esclarecer a situação porque, atira, «quem fez o erro está a tentar fugir do assunto» e ameaçando apresentar uma queixa contra o hospital. Versão completamente diferente tem Alfredo Mota, director do serviço de Urologia que, contactado pelo Diário de Coimbra, diz que o processo terá sido levado «por lapso» pelo próprio paciente. «Nunca dissemos que foi um roubo. Ele interpretou as nossas diligências como se o estivéssemos a acusar de roubo, mas nunca ninguém o fez. ?Uma questão de vingança? «O que aconteceu foi que o doente pôs a carta de alta e uma receita em cima do processo da outra doente e levou os papéis para casa por engano», explicou o responsável, confirmando o contacto para a GNR e a presença das autoridades na residência do paciente «porque este se recusou a entregar-nos um processo que não era seu». Confrontado com as declarações de Ana Martins, de que o paciente terá sido insultado por pessoal do serviço, nomeadamente por uma enfermeira, Alfredo Mota garantiu que, «tanto o doente, como a filha, é que falaram ?malcriadamente?» com a profissional e com o médico que com eles contactou, «recusando-se sempre a entregar documentação» que, indevidamente, levaram para casa. De tal maneira que ontem de manhã, um dia depois de ter voltado a ser internado no serviço de Urologia dos HUC (onde ainda se encontra), o doente ainda não tinha devolvido o processo, como confirmou Alfredo Mota. O responsável explicou que «os processos clínicos são confidenciais, não saem do hospital e não são entregues nunca aos doentes», mas chegou a admitir que a documentação possa ter sido entregue, por alguém do serviço de Urologia, por engano, ao pai de Ana Martins. «É uma possibilidade muito remota, mas, admitindo que tenha sido isso, não consigo entender é porque é que não o paciente não o devolve», desabafou o médico, comentando que tal só pode estar a acontecer «por uma questão de vingança». «Esta situação não faz sentido. Se o tem, por engano, por que não o devolve?», questiona-se o responsável, garantindo que o doente não sofrerá «quaisquer represálias» por este episódio, mas esclarecendo que «há dispositivos legais que protegem os processos clínicos que podem ser accionados, por quem de direito» caso a documentação não seja devolvida. Notícia nº 8 Escrito por João Henriques águas de coimbra Extensão da rede de saneamento complementada com 2,6 milhões de euros As obras complementares de extensão da rede de saneamento em 16 freguesias do concelho de Coimbra estão «concluídas» e em condições de, «a breve trecho, começarem a servir as populações». O anúncio foi feito, ontem, na Junta de Freguesia de Trouxemil, pois, explicou Marcelo Nuno, presidente do Conselho de Administração da Águas de Coimbra (AC), foi a freguesia com «mais fogos abrangidos». Segundo Nuno, aquando do «megaprojecto de requalificação da zona Norte do concelho, ficaram obras por contemplar em 16 freguesias, que foram objecto de projectos complementares». Contas feitas, as seis empreitadas concluídas entre o final de 2009 e Julho de 2010 tiveram um custo total de 2.615.183,15 euros. «São obras que conseguimos concluir abaixo do custo estimado», realçou o presidente da empresa municipal, esclarecendo que a AC cumpre com «rigor» os seus planeamentos. «Somos muito rigorosos e exigentes no controlo, quer físico, quer financeiro, das nossas obras», acrescentou Marcelo Nuno, antes de destacar: «O que a AC faz, é cumprir com o desígnio do município que quer proporcionar aos seus cidadãos os bens de progresso e uma qualidade de vida condigna». Dando seguimento à ?onda de louvores?, o economista lembrou que, «nos últimos anos, a AC investiu cerca de 75 milhões de euros, sobretudo em obras de infra-estruturas de saneamento básico», alargando-o «aos confins do concelho». Posto isto, Marcelo Nuno socorreu-se, mais uma vez, de números para dar conta que as 16 freguesias com direito a obras complementares estão acima dos 90 por cento de taxa de cobertura de saneamento. A excepção é S. Paulo de Frades, com 83 por cento. «É a freguesia que tem menor percentagem de cobertura. Estão projectos em estudo no sentido de aferir da viabilidade do alargamento a mais lugares da freguesia», garantiu Marcelo Nuno. O concelho de Coimbra atinge, assim, uma média próxima dos 95 por cento de taxa de cobertura, o que, para o presidente do Conselho de Administração da AC, «é algo notável, muito à frente» das metas estipuladas pelo PEASAR (Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais), que, recorde-se, apontava para números a rondar os 90 por cento em 2013. «Significa que tivemos um ónus maior para os nossos clientes [de todo o concelho] e todos vão ter de suportar, nos próximos anos, o esforço de investimento feito para alargar estes bens básicos ao maior número de habitantes do concelho», agradeceu o administrador da AC, explicando que as tarifas já sofreram aumentos. Lugar de dois concelhos à espera de saneamento «São números de fazer inveja a qualquer país civilizado. É uma percentagem muito aceitável e que nos deve fazer reflectir daqui para a frente», afirmou Marcelo Nuno, antes de considerar «notável a todos os níveis» o papel das juntas de freguesia «na forma como se envolveram com os nossos técnicos e permitiram alcançar estes resultados». «E vão ter de ter outro», apelou, antes de expor: «Estamos, agora, num nível de cobertura em que todo o esforço é pesadíssimo para todo o sistema. Estamos numa fase em que os alargamentos têm de ser muito bem equacionados e em que não podemos ter a solução de saneamento, de estender tubagens e ligar a colectores, como temos feito até agora. Não é sustentável do ponto de vista económico, se continuarmos a alargar aos 100 por cento do concelho». Já depois de relembrar «a obra enormíssima, pela dispersão que teve e por todo o esforço que exigiu, e executada dentro dos limites orçamentais», Marcelo Nuno, que sublinhou que «todos [os munícipes] têm direito a uma solução e há muitas soluções», reafirmou precisar da «ajuda dos presidentes de junta para explicar às populações que podemos resolver os problemas de saneamento e proteger o nosso ambiente, mas não tem de ser com uma infra-estrutura pesada como temos vindo a alargar a todo o concelho». «Tem de ser complementada com outro tipo de soluções, em que as populações fiquem bem servidas na mesma, mas o custo a suportar pelos 82 mil clientes de água e 74 mil clientes de saneamento seja aceitável», concluiu. Apesar da «obra extraordinária» e das elevadas percentagens de taxa de cobertura de saneamento, alguns presidentes de junta presentes, nomeadamente os de Trouxemil, Botão e Antuzede, lembraram locais ainda sem saneamento nas respectivas freguesias. Diamantino Jorge apresentou o caso de «cerca de 60 habitações da Gândara, divididas pelos concelhos de Coimbra e Cantanhede, que não estão contempladas», com o autarca de Antuzede a contextualizar que «a água é fornecida pelo concelho de Cantanhede». Luís Costa, engenheiro da AC, divulgou que será realizada uma reunião com a Inova, entidade empresarial municipal de Cantanhede, no «sentido de arranjar uma solução sobre o que cada um faz e o que vai receber de taxas». Luís Barata
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