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[Atped] Cerca de 54 mil vagas disponíveis para acesso ao Ensino Superior

To :   <atped@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Atped] Cerca de 54 mil vagas disponíveis para acesso ao Ensino Superior
From :   "Maria Jose Correia" <mcorreia@ci.uc.pt>
Date :   Tue, 20 Jul 2010 11:57:44 +0100

Cerca de 54 mil vagas disponíveis para acesso ao Ensino Superior

Quem quiser frequentar o Ensino Superior público no próximo ano lectivo poderá candidatar-se a partir de hoje a um dos 53 986 lugares disponíveis nas universidades e politécnicos, mais 2068 do que em 2009/2010.

A primeira fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior público arranca hoje e termina a 23 de Julho e os resultados das colocações serão conhecidos a 13 de Setembro.
Segue-se uma segunda fase de candidaturas às vagas das instituições que ficaram por preencher na primeira fase entre 13 e 17 de Setembro. Os resultados serão conhecidos no dia 29 do mesmo mês.

Haverá ainda uma terceira fase com candidaturas entre 7 e 11 de Outubro e resultados a 16.

Os cursos de Direito na Universidade de Lisboa e de Enfermagem na Universidade de Coimbra voltam a ser os que mais vagas oferecem para o próximo ano lectivo, com 450 e 330 lugares, respectivamente.

No total das licenciaturas de Direito disponíveis no ensino público, incluindo no regime pós-laboral, nas universidades de Lisboa, Porto, Coimbra, Minho e Universidade Nova de Lisboa estão disponíveis 1330 vagas, mais cem do que no ano anterior.

No caso do curso de Medicina, estarão disponíveis 1661 vagas, das quais 1516 serão atribuídas por concurso nacional, dez através do concurso para as escolas superiores militares e 135 através de concursos para licenciados.

A oferta de formação em horários pós-laborais voltou a registar um crescimento, já que no próximo ano lectivo haverá 5870 vagas em 180 cursos. Em 2009 eram 4270 vagas em apenas 45 cursos.

Ministro justifica aumento de vagas e garante internato para médicos
O ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, negou hoje que o aumento de vagas para os cursos de Medicina e Direito não corresponda a saídas profissionais, depois dos receios e críticas manifestados pelos bastonários destas duas áreas.

"Houve um esforço enorme das instituições públicas de Ensino Superior no aumento do número de vagas", disse o ministro em conferência de imprensa, acompanhado pelo presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Rendas, e pelo presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, Joaquim Mourato, em representação do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).

O ministro frisou que das 2068 novas vagas este ano para o Ensino Superior, 1600 são em regime pós-laboral, o que corresponde a uma necessidade do país e reflecte a procura dos adultos.

"Há uma procura crescente e significativa de pessoas na sociedade portuguesa que estão a trabalhar e querem melhorar as suas qualificações. São elas que sabem", afirmou o ministro.

"No concurso nacional de acesso há mais 26 vagas em Medicina: 25 na Universidade da Beira Interior e uma na Universidade de Coimbra", referiu, acrescentando que relativamente aos cursos para licenciados, como na Universidade do Algarve e noutras faculdades de Medicina, no ano passado entraram 118 licenciados. São colocadas a concurso 135 vagas este ano.

Segundo o ministro, o grande aumento de vagas para licenciados vai verificar-se no próximo ano, com a abertura de um novo curso de Medicina na Universidade de Aveiro, que começará dentro de um ano com 40 vagas para licenciados e com o aumento da capacidade de inscrição de estudantes da Universidade do Algarve, também nesta área, que passará de 32 para 64, além de por lei Portugal ser pela primeira vez obrigado a aumentar o número de vagas para licenciados.

O ministro garantiu vagas de internato, afirmando ter obtido hoje mesmo essa confirmação da ministra da Saúde, Ana Jorge, depois de ler as declarações do bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, que manifestou receios a esse nível quando questionado sobre o aumento do número de vagas em Medicina.

"Todos os cidadãos sabem que precisamos de mais médicos, senão não era preciso virem médicos estrangeiros", declarou.

Mariano Gago destacou a capacidade das faculdades portuguesas para formar esses profissionais. Frisou ainda que são as instituições a decidir o número de vagas, em função da capacidade que têm, e não o Ministério.

Nos cursos de Direito, o ministro justificou o aumento de cerca de cem vagas, muito também em consequência do regime pós-laboral.

O curso de Direito, disse, dá uma valorização para várias profissões tanto no sector público como privado e não apenas para exercer como advogado.

"Esta ideia antiga de que os cursos correspondem imediatamente às profissões, hoje em dia não corresponde à realidade", defendeu.

"É essencial termos a noção da enorme carência de licenciados que temos em Portugal. Em vez de termos dois milhões, como outros países desenvolvidos, temos um milhão", sustentou.

(In “Eduacare”, Lusa)

 

 

 

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