Escrito
por Patrícia Isabel Silva
Coimbra Equipamentos desportivos continuam de difícil acesso a deficientes No Clube Fluvial, a rampa da entrada não está devidamente dimensionada e a casa de banho para deficientes é utilizada para arrumos. No Complexo de Piscinas Olímpicas e nas outras duas piscinas - Rui Abreu e Luís Lopes da Conceição -, assim como no Pavilhão Multidesportos há escassos reparos a fazer em termos de acessibilidades, mas o mesmo não se pode dizer do Pavilhão dos Olivais, onde faltam meios elevatórios e muitos dos degraus não cumprem as medidas regulamentares. No Estádio Universitário escasseiam instalações sanitárias adaptadas, no Cidade de Coimbra assinala-se a ausência de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida e no Sérgio Conceição, o principal problema é o acesso às bancadas. Este é o diagnóstico a que se chegou em nove espaços dedicados à prática desportiva da cidade de Coimbra, no âmbito do Plano Sectorial de Promoção de Acessibilidade, a que o município concorreu, à semelhança de mais de 40 autarquias do país, escolhendo como tema o Desporto. Os estudos estão feitos, as deficiências apontadas e as respectivas recomendações assinaladas, ficando agora o documento, ontem apresentado, ao dispor da Câmara Municipal como suporte ao planeamento. Além dos equipamentos desportivos, o plano incidiu também nas áreas envolventes, uma vez que outro dos objectivos é dotar a cidade de uma rede de percursos acessíveis em torno desses espaços desportivos e de lazer, entre o Estádio Cidade de Coimbra e o Universitário. E são vários os "pontos negros" identificados, especificamente ao nível de barreiras urbanísticas e arquitectónicas. Na Rua do Brasil, os passeios são subdimensionados e as passadeiras são escassas, tal como na Rua dos Combatentes ou na Avenida Emídio Navarro. Os rebaixamentos mal construídos são recorrentes e a informação para invisuais em toda a área analisada é inexistente, inviabilizando a deslocação em segurança, destaca o estudo, coordenado pela engenheira civil Paula Teles. Há ainda caldeiras de árvores mal posicionadas, escadas perigosas, pavimentos degradados, abrigos de transportes públicos e candeeiros de iluminação pública no meio dos passeios, árvores a obstruir a passagem de peões, assim como mupis, sinais de trânsito, bocas de incêndio, contentores do lixo, gradeamentos ou cabinas telefónicas. Depois há outro tipo de barreiras, como o estacionamento abusivo no passeio e obras. Identificados os problemas, são sugeridos quatro tipos de intervenção, desde a relocalização ou remoção simples de barreiras ao reperfilamento de vias, chegando-se a um relatório de custos que poderá rondar os 150 mil euros. O estudo incidiu ainda sobre a rede de transportes, comunicação, infoacessibilidade e sistemas de informação geográfica, com um conjunto de propostas que, segundo o vereador Luís Providência, vão permitir uma «evolução qualitativa dos equipamentos» e contribuir para «uma sociedade mais justa, com melhor qualidade de vida para todos». "Uma questão de mentalidade" Terminada a primeira fase, o Governo lançou recentemente novas candidaturas para planos de acessibilidade, com um novo programa, denominado "Rampa". Com verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional, dispõe de uma dotação orçamental de 14,8 milhões de euros, ao qual as autarquias podem concorrer. «Não me venham dizer que depois não têm dinheiro para executar. A diferença para as novas intervenções está à beira de um simples lápis e borracha. É uma questão de mentalidade», adiantou a secretária de Estado da Reabilitação. Idália Moniz afirmou que planos como o que ontem foi divulgado demonstram que «há vontade de fazer e um olhar estratégico para a questão das acessibilidades», porque, continuou, «não vale a pena dizermos que os governos não fazem, as autarquias não fazem, quando, enquanto cidadãos somos nós os primeiros a não querer fazer. Acho que a causa da acessibilidade é uma causa muito fácil de aderir. As pessoas acham que as acessibilidades devem existir para todos, mas é uma causa muito difícil de executar». A secretária de Estado realçou os nove milhões de euros que permitiram a realização de vários planos em todo o país, mas chamou a atenção para o passo seguinte, o da execução. «Nós temos muito boas práticas de municípios que depois dos planos feitos, depois de levantadas as necessidades, à medida que vão tendo folgas orçamentais, vão intervindo. É muito interessante como estes planos de acessibilidade têm trazido para o território a necessidade de planear as intervenções e respeitarmos as acessibilidades», adiantou. Todavia, «não chega apenas ter programa, financiamento, vontade política, se cada um de nós, enquanto cidadãos, não souber qual é o seu papel», alertou Idália Moniz, frisando que o que estão em causa são «direitos fundamentais». Luís Barata
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