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[Atped] Fw: "CORREIO DO MONDEGO" 3422 Jovem fica sem estágio por sofrer de esclerose múltipla

To :   <atped@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Atped] Fw: "CORREIO DO MONDEGO" 3422 Jovem fica sem estágio por sofrer de esclerose múltipla
From :   luís barata <lbarata@ci.uc.pt>
Date :   Fri, 15 Oct 2010 10:33:48 +0100

           
Jovem fica sem estágio por sofrer de esclerose múltipla
Alexandra Campos

A denúncia foi feita pela associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM): uma jovem terá sido coagida a interromper um estágio profissional financiado pelo Estado por sofrer desta doença crónica degenerativa do sistema nervoso central.

O caso está longe de ser único, embora seja "o mais gritante", porque envolve uma instituição particular de solidariedade social, afirma a presidente da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), Manuela Neves. Aliás, num estudo divulgado este ano, a SPEM concluiu que mais de metade (55,6 por cento) dos portadores de esclerose múltipla não trabalham, uma parte substancial dos quais (41,5 por cento) porque se reformaram antecipadamente ou foram despedidos. A maior parte das situações de discriminação deve-se ao desconhecimento da doença, que implica uma redução da produtividade.

O caso de Sónia Braga, 32 anos, é paradigmático. Licenciada em Educação, Sónia assinou um contrato de um ano com a Associação Social Cultural Recreativa e Desportiva de Nogueiró, Braga, ao abrigo do programa Inov-Social, promovido pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional e co-financiado pelo Fundo Social Europeu. Começou a trabalhar em Março e deveria ter continuado até 2011. Após dois surtos da doença, em Julho terá sido convencida a assinar um acordo de cessação do contrato de formação. Um acordo onde se afirma expressamente que a revogação decorre "da deficiência" de que é portadora, a esclerose múltipla, que afecta a capacidade de cumprir os "objectivos mínimos pretendidos com o estágio profissional, dada a dificuldade/impossibilidade de poder designadamente operar com um computador".

"Ela foi coagida a assinar o acordo. Disseram-lhe que [se não assinasse], teria que devolver o dinheiro que já tinha recebido [da bolsa de formação]", contou ao PÚBLICO a mãe, Joaquina Braga, cuja reforma é agora o único rendimento em casa (o marido está incapacitado depois de ter sofrido dois acidentes vasculares cerebrais).

O assunto está nas mãos de um advogado que trabalha voluntariamente para a TEM, mas Joaquina Braga sublinha que o objectivo primordial é evitar que aconteça o mesmo a outros doentes. "Há muitas Sónias neste país", garante Paulo Silva Pereira, presidente da TEM. Além do caso da jovem de Nogueiró, a associação, com dois anos, recebeu uma denúncia de um outro doente que "está a ser coagido para se despedir". O Bloco de Esquerda já fez um requerimento em que questiona a posição do Governo sobre a "discriminação" dos portadores de doença crónica ao abrigo de programas como o Inov-Social. E o deputado         do PS Miguel Laranjeira também vai interpelar o Governo. O PÚBLICO tentou falar com os responsáveis da associação de Nogueiró, sem sucesso. Em Portugal estima-se que haja cerca de seis mil portadores de esclerose múltipla.




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