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[Atped] Fw: CORREIO DO MONDEGO Diário de Coimbra - Luzio Vaz era "uma espécie de Madre Teresa de Calcutá"

To :   <atped@ml.ci.uc.pt>
Subject :   [Atped] Fw: CORREIO DO MONDEGO Diário de Coimbra - Luzio Vaz era "uma espécie de Madre Teresa de Calcutá"
From :   luís barata <lbarata@ci.uc.pt>
Date :   Wed, 27 Apr 2011 10:13:10 +0100

Escrito por Margarida Alvarinhas
           APLAUSOS NO FUNERAL
Luzio Vaz era "uma espécie
de Madre Teresa de Calcutá"


Antigo administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra
recordado como alguém de mãos abertas para cada um dos estudantes
necessitados
Palmas. Muitas palmas. A saída da urna que ontem transportou António Luzio
Vaz da Igreja de São José para a sua última morada, no cemitério de Santo
António dos Olivais, não deixou ninguém ficou indiferente. Pela frente da
multidão estava a ser, afinal, transportado o homem que, durante muitos e
muitos anos, foi o rosto da acção social da academia de Coimbra. Bateram-
-se palmas, em sinal de agradecimento; atiraram-se pétalas de flores que iam
caindo sobre a urna, lentamente transportada e coberta com a bandeira da
Associação Académica de Coimbra e uma capa de estudante.
À porta da igreja, e já no final da eucaristia, juntaram-se os muitos amigos
e familiares que prestaram a última homenagem ao antigo administrador dos
Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC), aquele que,
durante cerca de 30 anos, geriu os destinos da acção social da Universidade
de Coimbra e fez dela uma marca no panorama nacional. Luzio Vaz, recordam os
amigos, manteve sempre a sua porta aberta para receber os estudantes.
Por isso mesmo os estudantes fizeram-se representar em grande número.
Estudantes, antigos estudantes, actual e antigos presidentes da Associação
Académica de Coimbra (AAC) prestaram a sua última homenagem, de capa e
batina ou simplesmente com a sua discreta presença. Disseram adeus num gesto
que os levou a estender as capas negras pelo chão à passagem do caixão.

Alguém de coração grande
Mas nem só a academia se representou. Coimbra fez questão de marcar
presença. Entre autarcas, ex-autarcas, reitor, antigos reitores,
representantes das áreas cultural, desportiva e associativa da cidade, foram
muitos os que quiseram prestar a sua última homenagem a Luzio Vaz, um homem
a quem diziam, recordou ontem o padre na eucaristia, «gosto muito de si».
Luzio Vaz morreu no sábado, aos 70 anos, vítima de doença prolongada. Para
trás deixa uma vida dedicada a Coimbra mas, em especial, aos estudantes.
Deixa uma imagem de alguém de «coração grande», recordou o padre Carlos
Carneiro. Mais, disse, «este homem marcou a História e as nossas histórias,
decidiu viver mais pelos outros do que por si».
De Luzio Vaz, o sacerdote fez ainda questão de destacar a sua acção na
universidade e na acção social, causa à qual se entregou como «uma espécie
de Madre Teresa de Calcutá». Por isso, «o consenso que se cria nesta cidade
à volta deste homem não é surpresa».
Assim como não é surpresa a «gratidão» que todos sentem pelo homem que
estava sempre de «mãos abertas» para «cada um dos estudantes mais
necessitados».

Acarinhou os mais
necessitados
Uma pequena parte da vida de Luzio Vaz também foi dedicada ao Coro dos
Antigos Orfeonistas, onde foi presidente da direcção e actualmente
presidente da Assembleia-Geral. Os companheiros do coro lá estiveram,
trajados a preceito e de voz afinada. Cantaram na última homenagem o "O vos
Omnes", uma peça de repouso recordada em funerais de elementos do coro, uma
oração a um irmão que parte e ainda o "Amen", a peça dos antigos orfeonistas
que tem sido o elo de ligação entre cada um dos elementos.
Manuel Rebanda, actual presidente da direcção do Coro dos Antigos
Orfeonistas, não deixou, neste momento, de se referir ao «companheiro» que
se dedicou «de alma e coração» aos Orfeonistas por vários mandatos e que
«fez muito para que a Associação Académica de Coimbra seja o que é hoje».
E se dúvidas houvesse, basta atentar nas várias homenagens de que Luzio Vaz
foi alvo nos últimos tempos: da AAC ao seu sócio honorário e da Câmara de
Coimbra ao atribuir-lhe a Medalha de Ouro da Cidade. «Foi o responsável pelo
acarinhar de tantos estudantes que passaram por Coimbra nos últimos anos. Os
mais necessitados eram por ele acolhidos como nunca ninguém em outras
universidades foi acolhido», recordou o presidente da Câmara de Coimbra.
De facto, é esta sua vertente solidária que quem o conheceu mais lhe
reconhece. «Era um homem com espírito de missão profundo por aqueles que
tinham mais dificuldades. Tinha sempre a porta aberta para ajudar», recordou
André Oliveira, antigo presidente da AAC, espelhando aquele que acredita ser
o sentimento de todos os antigos presidentes da academia. E recordou a frase
de Luzio Vaz que o marcou: «dizia-me: "sempre que vão ao meu gabinete, mesmo
que não possa ajudar através dos serviços de Acção Social todos os
estudantes levam uma palavra de conforto", e isto diz tudo sobre a sua forma
de estar».


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