As notícias sobre a aparente receptividade dos nossos decisores políticos face à possível construção de uma grande superfície comercial e hoteleira no terreno público da antiga estação ferroviária da Boavista vieram relançar o debate sobre qual a visão de cidade que queremos e qual a mais sustentável a longo prazo.
Com esta preocupação, iniciativas cidadãs têm-se levantado em protesto, exigindo o envolvimento dos munícipes nas decisões sobre o destino a dar à cidade e colocando aos poderes públicos uma série de questões que têm, por ora, ficado sem resposta. Como pode o destino dos terrenos públicos ser alvo de maior escrutínio, protegendo-os do furor construtivo? De que forma podem os cidadãos ser ouvidos e envolvidos neste tipo de processos? Para quando a priorização da sustentabilidade ambiental, a necessária permeabilização dos solos urbanos e a aplicação de medidas concretas contra o incontornável impacto das alterações climáticas? Como preservar o património histórico, a memória e identidade da cidade?
Esta iniciativa pretende incentivar a reflexão sobre estas questões e contribuir para a constru
ção de um projeto participativo de cidade. Será um debate público, aberto a todos os que queiram participar.
Organização: Movimento por um jardim ferroviário na Boavista, em parceria com a Campo Aberto - Associação de Defesa do Ambiente e o Instituto de Sociologia da Universidade do Porto
Apoio: DRCN - Casa das Artes
Imagem: José Raimundo
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