Materialidade e processos criativos
no cinema português
Conferência Virtual (Google Meet)
29 e 30 de Outubro
Palestrantes convidados: Paulo Cunha (Universidade
da Beira Interior) No
seguimento do materiality
turn das ciências sociais e das ciências humanas, no
decorrer dos últimos anos as pesquisas sobre a materialidade intensificaram-se
também no âmbito dos film
studies e dos media studies. Se for
aplicado ao cinema, o conceito de materialidade remete para diferentes
elementos que interagem na realiza Diversos
tipos de matérias e materiais são incluídos em cada filme: tudo o que é filmado
e gravado contém na sua origem uma história material que por sua vez se torna
parte da história material do filme. Os filmes podem ser estudados como
práticas sociais materiais no momento em que se foca a aten O
estudo da materialidade do cinema empenha-se em observar os vários elementos
que constroem o objecto filme com o objectivo de valorizar a génese dos
processos criativos aí implicados. Ao desmontar e ao isolar os diferentes
componentes materiais, é possível perceber melhor a natureza do filme como
objecto complexo, que nasce da montagem de acções únicas e actos concretos. Se
analisarmos estes elementos, enriquece-se a história do cinema com tantas
micro-histórias ainda por contar. São sobretudo histórias do povo simples,
dedicadas a objectos, lugares e corpos que interagem entre si. O
cinema português é especialmente rico nestas histórias. Ancorado a uma
perspectiva artesanal mais forte em rela Torna-se,
portanto, importante (re)pensar o cinema português à luz da materiality turn,
para investigar as práticas e as tecnologias e para historiar os resultados.
Logo em 1989, durante a estreia portuguesa de Rosa de Areia, realizado por
António Reis e Margarida Cordeiro, foi o próprio Reis que lançou a ideia de uma
estética dos materiais, para destacar significados novos e profundos a partir
da matéria bruta da qual são feitos os filmes. Considerado
como sendo um dos fundadores do Novo Cinema, Reis é, ainda hoje, um ponto de
referência central para muitos realizadores portugueses contemporâneos. A
partir desta ideia é então possível delinear as genealogias e as projecções
futuras desta estética dos materiais, identificando os múltiplos vestígios não
somente nas experiências ligadas ao Novo Cinema e à Escola Portuguesa, mas em
toda a história material (e dos materiais) do cinema português. Ao considerar o
cinema português como um ponto de partida, incentivam-se propostas sobre os
seguintes temas, a título não exaustivo: –
Ligações históricas, transferências culturais, relações e trocas recíprocas
entre Itália e Portugal no âmbito do cinema e dos media; As
propostas, de 300 palavras, deverão ser enviadas para o e-mail: cinematic.materialities@gmail.com
O
prazo para a apresenta As
apresentações têm uma dura As
línguas da conferência são: inglês, italiano, português e francês. A
conferência será integralmente realizada on-line pela plataforma
Google Meet para todas as sessões. Chamada
para comunicações (PT) Organiza Caterina
Cucinotta (IHC — NOVA FCSH) Comissão Científica: Paulo
Cunha (Universidade da Beira Interior) *****************************************************************************************
Diana Barbosa Colégio
Almada Negreiros, Sala 372 | 📞 918 832 088 | 📧 comunicacao.ihc@fcsh.unl.pt
Projectos
FCT UIDB/04209/2020 e UIDP/04209/2020 |
2020-10-29_Materialidade_CFP_PT.pdf
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