A tensão entre História e Memória no tempo de incerteza em que vivemos, a tendência para uma "memorialização do passado" e o que esta tendência provoca na forma como se encara o património cultural e como se educa. É este o mote da reflexão que Luiz Oosterbeek traz esta semana à Opinião patrimonio.pt: «O que ocorre hoje, da censura de frases em obras literárias do passado mais remoto, por serem inaceitáveis para a nossa sociedade, às agressões a algumas estátuas, é uma rejeição da memória de um passado mais remoto, que o inscreve no presente como se ele estivesse vivo. E, é importante compreender isso: esse passado está infelizmente vivo, quando é reduzido a memória e quando se afasta a história e a sua racionalização, como parte da origem remota de desigualdades e discriminações que persistem. (...) A destruição de património é, de forma crescente, e por razões que importa compreender, um objetivo de muitos, num movimento que prolonga a exclusão de tantos à educação, o divórcio entre educação e cultura e a transformação da educação em aprendizagem de conteúdos. Os sítios patrimoniais, se não forem lugares de história, serão presa fácil de memórias em disputa, e tenderão, finalmente, a ser esquecidos (quando a paz entre essas memórias as superar). A pandemia, afastando ainda mais os cidadãos do convívio com o património, tenderá a acelerar esse movimento centrípeto.» Não deixe de ler o artigo na íntegra, em www.patrimonio.pt Todos os textos de Opinião patrimonio.pt aqui. Siga-nos: Facebook, Twitter, Instagram, YouTube |
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