[Histport] Os pendentes dos cavalos de El Rey Dom Sebastião

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                                Partilho, com a devida vénia, a mensagem que me foi enviada há dias por Rainer Daehnhardt – J. d’E.

 

Fez agora dez anos da data da redescoberta do elmo de D. SEBASTIÃO!

Apenas após cuidadoso estudo revelou-nos ter sido precisamente o elmo usado na Batalha de ALCÁCER-QUIBIR.

Muitos de vós ajudaram desde então para reunir elementos relevantes aumentando os nossos conhecimentos acerca deste jovem Rei chamado “O DESEJADO”.

Muito apreendemos e partilhamos! As nossas reuniões nos bosques dos carvalhos do Jamor, em Belas, tornaram-se momentos épicos para quem com a ALMA LUSA se identifica!

Estes anos foram também muito frutíferos em nos oferecer acesso a documentos e objectos que novas pistas de estudos nos proporcionaram.

Destaca-se nestes, o dos pendentes dos cavalos régios portugueses. Uma fonte emocionante onde a beleza artística da criação de um medalhão, que a posse régia identificava, se misturou com a vontade da transmissão de mensagens por simbolismo.

Ter na mão uma peça destas, que horas da vida dos nossos monarcas de perto acompanhou, é como uma viagem nossa a um passado longínquo, oferecendo-nos maior compreensão e com isso profundo respeito!

[…]

PENDENTE aguarelado:

O mais antigo dos pendentes dos cavalos régios de D. SEBASTIÃO conhecido.

Aqui apresentado em aguarela para se poder ver o dourado e o esmalte que ainda possui em grande parte.

A inicial “S” enrola-se como uma trepadeira à volta da sua haste central.

Esta tanto pode ser interpretada como a flecha que matou São Sebastião ( símbolo do seu martírio) como do número “1” por D. SEBASTIÃO ser o 1º monarca luso com este nome.

O simbolismo transmite a ideia de uma jovem planta em crescimento.

 

PENDENTE desenhado:

Legenda 2

Este é dos últimos pendentes dos cavalos régios de D. SEBASTIÃO conhecido.

Aqui apresentado em desenho, por já ter perdido todos os esmaltes e ouro de outrora.

A inicial “S” também aqui se torce em volta da sua haste central, mas sem simbolismo de jovem trepadeira.

Mostra um símbolo adulto de iniciado cercado por dois poderes omnipresentes que o desejam esmagar por todos os lados.

Porém não o conseguem, visto ele está dentro da “CHAROLA”, o octógono místico que o protege das muitas agressões.

É interessante notarmos que esta “estrela de oito pontas” é idêntica à mais tarde utilizada pela mais alta condecoração portuguesa de reconhecimento de valentia em combate: A TORRE E ESPADA!

Em simbolismos não há acasos! Tanto a TORRE E ESPADA de 1808, como este pendente de D. SEBASTIÃO de 1574-1578, são ambos ligados à moeda denominada “O ESPADIM” criada por D. AFONSO V quando lançou a ORDEM DA ESPADA em resposta lusa à tomada de Bizâncio pelos Otomanos em 1453.

Este pendente abra-nos acesso a conhecimentos da história de Portugal que saltam séculos, mantendo a mesma linha mestre de uma orientação mantida em defesa da Pátria e da Fé!

Algo que dá que pensar!

Rainer Daehnhardt