[Histport] Doutor António de Oliveira

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O Doutor António de Oliveira licenciou-se em Ciências Históricas e Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 1959. Contratado como segundo assistente em 1960, doutorou-se em História (na especialidade de História Moderna e Contemporânea) em 1972, tendo apresentado a dissertação intitulada Vida Económica e Social de Coimbra de 1537 a 1640, em dois volumes, que viriam a ser publicados, nesse mesmo ano, pelo Instituto de Estudos Históricos Doutor António de Vasconcelos da sua Faculdade de Letras. Valeu-lhe logo essa obra, pelo seu carácter inovador, o Prémio Nacional de História, em 1973. Jubilara-se aos 70 anos, como professor catedrático de História.

Da sua vasta obra, poderemos citar:

- Poder e Oposição Política em Portugal no Período Filipino (1580-1640). Lisboa: Difel, 1991;

- Movimentos Sociais e Poder em Portugal no Século XVII. Coimbra: Instituto de História Económica e Social / Faculdade de Letras, 2002.

- D. Filipe III. Lisboa: Círculo de Leitores / Temas e Debates, 2005 e  2008 (2ª edição);

- Pedaços de História Local - 2 vols, Coimbra: Palimage, 2010  (colectânea de muitos dos seus artigos dispersos por revistas da especialidade);

- Antiquarismo e História. Coimbra: Palimage, 2013;

- Capítulos de História de Portugal, 3 vols, Coimbra: Palimage, 2015.

Sempre me habituei a ver no Doutor António de Oliveira o colega maior, do Instituto de História Económica e Social, sempre disponível, sereno, atento ao rigoroso cumprimento do que estava estabelecido, pesando prós e contras.

Telefonava-lhe amiúde, após a jubilação, para saber como estava e sempre me atendia com amizade, trocávamos impressões, falávamos do que estávamos a fazer (ele sempre interessado) e despedíamo-nos ‘até breve!’. Cumpre-me agora, neste bem gélido – meteorologicamente e não só!... – 1º de Janeiro, despedir-me num já saudoso «até sempre!», na recordação da sua imagem de Mestre sábio e de Investigador acutilante, nada amigo de dar nas vistas, apenas empenhado em cumprir.

Descanse em paz, Amigo!

                                                                                                                      José d’Encarnação