ID da reunião: 945 7530 0248
Senha de acesso: 361314
“A antiga Praia da Boavista: das indústrias romanas às Indústrias novecentistas– o exemplo da EDP II”
«A actual zona da Boavista, em Lisboa, encerra no seu urbanismo sinais da antiga enseada a partir da qual toda a estrutura edificada daquela área da cidade se foi desenvolvendo. Com a modernização desta zona ribeirinha de Lisboa, tem-se assistido a descobertas arqueológicas fundamentais para o enriquecimento da história da capital: desde o fundeadouro romano, na Praça D. Luís, até aos tanques da última fase de ocupação romana, identificados no Palácio Almada-Carvalhais, escreve-se um novo capítulo sobre Olissipo. Por outro lado, surgem novos dados sobre a antiga ocupação da praia da Boavista com estaleiros ao ar livre, sobre os quais se fundaram as fábricas que compunham o primeiro Bairro Industrial de Lisboa. A mais recente intervenção arqueológica no novo edifício da EDP serve de palco para a ilustração desta longa diacronia de ocupação.»
“O Tejo enquanto corredor de circulação: o caso da 24 de Julho n.º 16"
«O sítio da 24 de Julho nº16 integra a antiga Praia da Boavista, subsidiando a compreensão das dinâmicas de ocupação do espaço numa longa diacronia temporal, entre os períodos Romano e Contemporâneo.
Os dados arqueológicos recolhidos, permitem avançar com uma interpretação preliminar das realidades arqueológicas, testemunhando a utilização desta parcela de praia como parte integrante do corredor de circulação naval nos períodos Romano e Moderno: o Tejo. Esta realidade encontra reflexo nos níveis de deposição aluvionar associados à presença ocasional de ânforas, selados pelo nível subsequente de praia, onde jazem, abandonadas, as embarcações: Boa Vista 4 e Boa Vista 5 (séculos XVII-XVIII). O seu abandono ditou o fim da praia enquanto tal, convertendo-se numa área atractiva à fixação da indústria metalúrgica/metalo-mecânica, durante o século XIX, expandindo-se, progressivamente, a partir da Rua Dom Luís I, rio adentro, até ao actual limite da Av. 24 de Julho (séc. XIX/XX).
A identificação do Boa Vista 5 espelha o que seriam os corredores comerciais entre Portugal e o seu Império, durante o período Moderno, considerando que as evidências associadas nos remetem para as rotas transatlânticas e para os produtos que seriam comercializados entre as colónias.»
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