Dr. Cesar Bargo, Cel. Elcio Secomandi e Gen. Rui Moura
CONVIDAM para a
45ª TERTÚLIA PORTUGAL-BRASIL
SÁBADO, dia 30 de julho de 2022,
22h00 – 23h40 (Lisboa) / 18h00 – 19h40 (Brasília).
TEMA: D. João VI e o conceito de transição política
Apresentação : Mendo Castro Henriques
Plataforma Zoom:
https://us02web.zoom.us/j/6164543465Canal das Tertúlias:
https://www.youtube.com/TertuliasPortugalBrasilCanal de Podcasts:
https://anchor.fm/tertuliasportugalbrasilAté sábado!
Sobre o Convidado:
António Mendo de Castro Henriques é um professor universitário, filósofo e político português.
É professor na Universidade Católica Portuguesa, onde desenvolve um conjunto de atividades de docência, investigação e serviço. Lecciona, entre outros, os cursos de Filosofia Política e Filosofia da Consciência.
É Licenciado e Mestre em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com uma dissertação sobre Fernando Pessoa,
Doutor em Filosofia, na especialidade de Política, pela Universidade Católica Portuguesa, em 1991 com uma dissertação sobre Eric Voegelin, editada em Lisboa e depois em São Paulo.
Também as obras sobre Bernard Lonergan, onde colaborou com Artur Morão, chamaram a atenção no Brasil. Tem divulgado em Portugal a obra de Karl Polanyi, nomeadamente no Seminário Lonergan, co-orientado por Artur Morão. É sócio correspondente da Academia Brasileira de Filosofia.
Foi secretário da Comissão das Comunidades Lusófonas da Sociedade de Geografia de Lisboa, [3]; vice-presidente da Associação Portuguesa Ética e Transparência,
É autor, coautor e organizador de doze monografias e mais de oitenta artigos nas áreas de filosofia e cidadania, nomeadamente na divulgação em língua portuguesa das obras filosóficas de Eric Voegelin, Bernard Lonergan e Franz Rosenzweig. Tem obras publicadas em Portugal, Brasil, França, Holanda, Itália, e Roménia. Tem sido participante e coordenador de conferências científicas e culturais na Alemanha, Angola, Bélgica, Brasil, Chile, Espanha, EUA, França, Grã-Bretanha, Hong-Kong, Itália, Luxemburgo, Macau, Marrocos, Roménia e Rússia.
Recebeu o Prémio Defesa Nacional 2018
Foi fundador em 2010 do partido centrista e social-democrata Nós, Cidadãos! E seu presidente entre 2015 e 2020.
Sobre a Comunicação:
O estudo de D. João é fascinante porque a sua personalidade não é a de um génio, mas antes a de um prudente, sem os traços do cinismo que amiúde acompanha a virtude cívica da prudência. Caracterizou-se pela bonomia e pelo espírito de concórdia e tolerância, sintetizados no cognome de ‘Clemente’ que a história lhe atribuiu.
Desconfiado de seu natural, encoberto entre dois continentes, dois regimes e dois partidos, manobrando como as raposas que caçava em Salvaterra, D. João tem que ser comparado aos seus pares que vacilaram perante as garras de Napoleão e que aceitaram o domínio mundial das garras da Inglaterra. Não foi um emigrado como o futuro Luís XVIII de França; nunca fez as tristes figuras de seu cunhado Fernando VII de Espanha; não enlouqueceu como Jorge III de Inglaterra, nem desapareceu nas estepes como Alexandre I da Rússia. Não recebeu um trono dos aliados, como os reis da Holanda e da Bélgica, ou da fortuna, como o da Suécia.
No Novo Mundo não teve que “quebrar o espelho” como os libertadores da América, para fundar a independência brasileira.
Visto hoje, e por muito que os “defeitos do seu carácter fossem em geral os excessos das suas boas qualidades'', podemos ver nele o epítome consciente de uma época e de uma estratégia: a unidade luso-brasileira.
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