Re: [Histport] [Museum] Homenagem ao Doutor Nelson Correia Borges

[Antonio Filipe Pimentel <afpimuc@gmail.com>]

Caro Zé

Muito te agradeço a informação.

Tomando conhecimento da homenagem, não posso deixar de associar-me por este meio (estarei fora do País).

Foi meu professor e acompanhou sempre o meu percurso académico com amizade e solidariedade (tendo integrado o júri das provas de doutoramento), sendo-lhe grato pelas muitas lições que pude colher do seu saber.

É, aliás, justíssima a homenagem - e o local não poderia ser melhor escolhido: se alguma coisa o define é, justamente, o seu amor incondicional ao Mosteiro de Lorvão (cuja grade, magnífica, limpou por suas mãos, além de outras mil discretas benfeitorias), que contribuiu, com a sua obra científica, para colocar no lugar dedido da atenção historiográfica (recordo que, enquanto aluno, cheguei a participar na escavação que organizou no coro, em busca do plano original).

Estarei, pois, em espírito.

Abraço amigo,

António

Matilde Sousa Franco <matildesousafranco@gmail.com> escreveu no dia terça, 27/06/2023 à(s) 17:22:

Associo-me à homenagem, pois guardo excelentes memórias do Professor Nelson Correia Borges. 

Em Coimbra, no início da década de 1980, quando eu era directora do Museu Nacional de Machado de Castro, conheci o Professor Nelson Correia Borges, o qual deu grande colaboração ao museu, e depois tenho apreciado o seu percurso. 

Assim, envio parabéns e um abraço amigo

Matilde Sousa Franco

No dia 26/06/2023, às 19:58, jde@fl.uc.pt escreveu:

Por iniciativa da Câmara Municipal de Penacova, está prevista para o próximo dia 30, a partir das 18 horas, no Mosteiro de Lorvão, uma sessão de homenagem ao Doutor Nelson Correia Borges, professor aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

A cerimónia terminará com um breve apontamento musical.

                Recorde-se que, natural de Lorvão (1942), Nelson Correia Borges desde cedo se interessou pela história do mosteiro em torno do qual a povoação se desenvolvera, nomeadamente a partir do momento em que se decidiu, pelos meados da década de 70, a fazer o curso de História na Faculdade de Letras de Coimbra.

                Assim, recordarei que, no âmbito da cadeira de Epigrafia, no ano lectivo de 1975-1976, estudou a única inscrição romana daí proveniente, estudo que viria a publicar-se na revista Conimbriga (XV 1976 117-125), sob o título «Nova leitura da inscrição CIL II 6275a (Penacova)», e também no jornal Notícias de Penacova (2-9-1977, p. 2: «A inscrição romana de Lorvão»). Pouco tempo depois, deu à estampa os resultados da investigação que tivera como um dos pontos de partida a identificação de uma pedra visigótica «ornada de vide ondeada com cachos de uvas e gavinhas» que teria pertencido ao «primitivo templo» (p. 16), datável da época do bispo Lucêncio, a 2ª metade do século VI («Lucêncio, bispo de Conímbriga, e as origens do Mosteiro do Lorvão», Conimbriga  XXIII 1984 143-158).

                Tendo ingressado como docente na área de História da Arte, a sua dissertação de doutoramento, em 1992, foi, naturalmente, sobre Arte Monástica em Lorvão: sombras e realidade, obra que viria a ser publicada pela Fundação Calouste Gulbenkian, em 2001.

                Um dos seus livros mais recentes Doçaria Conventual de Lorvão, teve em 2013 a 1ª edição, pela Câmara Municipal de Penacova.

                Justifica-se, pois, plenamente a homenagem que ora lhe vai ser prestada, à qual, mui jubilosamente nos associamos.

 

                                                               José d’Encarnação

 

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António Filipe Pimentel