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[Histport] Onomástica versus identidade, na Lusitânia romana

To :   <antclass@uc.pt>, "archport" <archport@ci.uc.pt>, "histport" <histport@uc.pt>
Subject :   [Histport] Onomástica versus identidade, na Lusitânia romana
From :   José D´Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Thu, 19 Sep 2024 23:46:03 +0100

                No âmbito do projecto ADOPIA – Atlas Digital Onomastique de la Péninsule Ibérique Antique – superintenderam Jonathan Edmondson e Milagros Navarro Caballero à edição, em dois volumes, do I tomo do projecto, versando primordialmente o papel da onomástica como identificador da sociedade e signo da identidade cultural na Lusitânia romana.

                Resguardados em estojo adequado, os volumes foram publicados por Ausonius Éditions, de Bordéus, e contêm, nas suas 996 páginas, como o sumário em anexo bem documenta, 12 capítulos que constituem outras tantas sínteses, assinadas por especialistas, dos dispersos temas que essa problemática cultural necessariamente comporta. No fundo, a análise pormenorizada dos nomes registados nos monumentos epigráficos das principais cidades lusitanas acaba por ilustrar, no seu conjunto, o que se conhece das características próprias da população de cada uma dessas cidades e respectivo território, de forma que, no final, se fica com uma ideia mais correcta do horizonte cultural que as envolveu, sabendo nós que o nome caracteriza e tem por detrás da sua atribuição toda uma envolvência que necessariamente se prende com a identidade que se pretende preservar.

                Enfim, um manancial riquíssimo, que vive das monografias que, ao longo dos últimos anos, se foram publicando e usufrui da visão de conjunto que, no momento presente, já é possível abarcar sem grande receio de imprecisões.

                Um labor ingente cujo resultado aqui presente vai ser, doravante, o vade-mécum obrigatório dos epigrafistas e dos historiadores da Antiguidade.

                Estão de parabéns os promotores da iniciativa, os autores que prontamente acorreram ao chamamento para colaborar e, de modo especial, os editores que não hesitaram em apostar numa publicação que, apesar de estritamente científica, acaba por interessar a um vasto leque de público. De facto, o monumento epigráfico faz parte do nosso quotidiano cultural, como, sem dúvida nenhuma, também gozou de papel essencial na Lusitânia dos nossos antepassados romanos.

 

                                                                                                                                                             José d’Encarnação

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