SPAE – SOCIEDADE PORTUGUESA DE ANTROPOLOGIA E ETNOLOGIA Convida para a palestra em linha, por zoom, no dia 24 de março de 2025, às 21,30 h. (hora de Portugal) – aberta a todas as pessoas interessadas Pelo Prof. Doutor João Teixeira Lopes Professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Sobre O individualismo mata o ativismo? Notas sobre a gramática psicologizante da ação coletiva Resumo: O individualismo rizomático das redes é o correlato de uma hegemonia em que a violência social é vivida como autoconsentimento e projeto, seguindo as pisadas do metadiscurso terapêutico da psicologia. Surgindo, nas suas novas metamorfoses, como o articulador supremo da realidade social, alimenta um enorme paradoxo, pois, malgrado a ilusão de autossuficiência, é a linguagem de um sistema objetivo de relações sociais. Na verdade, existe uma enorme pressão societal no sentido do indivíduo se pensar como átomo e não como ser relacional, uma espécie de lugar sem relações; princípio e fim da perceção e classificação do mundo (novo “magma” imaginário que penetra e institui o discurso público). É claro que não se nega a individuação, a constituição de subjetividades (e a sua expressão identitária), nem o facto de cada pessoa apresentar um coeficiente de singularidade: trata-se, isso sim, de contestar a crença no indivíduo original, desintegrado e autónomo (associal!) – livre disposição de si mesmo. E urge questionar: se cada vez mais as pessoas conferem sentido à sua existência pela negação dos determinismos sociais; se, na sua perceção, pensam, agem, decidem como indivíduos autónomos, como se faz sociedade? O autor: Licenciado em Sociologia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1992) Mestre em ciências sociais pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (1995) com a Dissertação Tristes Escolas - Um Estudo sobre Práticas Culturais Estudantis no Espaço Escolar Urbano (Porto, Edições Afrontamento,1997). Doutorado em Sociologia da Cultura e da Educação (1999) com a Dissertação A Cidade e a Cultura - Um Estudo sobre Práticas Culturais Urbanas (Porto, Edições Afrontamento, 2000). Membro efetivo do Observatório das Atividades Culturais entre 1996 e 1998. Integrou a equipa coordenadora do Relatório das Políticas Culturais Nacionais (1985-95) apresentado em 1998 junto do Conselho da Europa (Lisboa, As Políticas Culturais em Portugal, Observatório das Atividades Culturais, 1998). Foi programador de Porto Capital Europeia da Cultura 2001, enquanto responsável pela área do envolvimento da população e membro da equipa inicial que redigiu o projeto de candidatura apresentado ao Conselho da Europa. Representou o Bloco de Esquerda como deputado à Assembleia da República (2002-2006). Coordenador Científico do Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto entre 2002 e Fevereiro de 2010. Link zoom para acesso à sessão: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/97808887516 |
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