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[Histport] O individualismo mata o ativismo? - dia 24

To :   "histport" <histport@uc.pt>
Subject :   [Histport] O individualismo mata o ativismo? - dia 24
From :   José D´Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Sun, 9 Mar 2025 10:16:19 -0000

SPAE – SOCIEDADE PORTUGUESA DE ANTROPOLOGIA E ETNOLOGIA

 

Convida para a palestra em linha, por zoom,

no dia 24 de março de 2025, às 21,30 h. (hora de Portugal) – aberta a todas as pessoas interessadas

 

Pelo

 

Prof. Doutor João Teixeira Lopes

Professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto

 

Sobre

 

O individualismo mata o ativismo? 

Notas sobre a gramática psicologizante da ação coletiva

 

 

 Resumo:

O individualismo rizomático das redes é o correlato de uma hegemonia em que a violência social é vivida como autoconsentimento e projeto, seguindo as pisadas do metadiscurso terapêutico da psicologia. Surgindo, nas suas novas metamorfoses, como o articulador supremo da realidade social, alimenta um enorme paradoxo, pois, malgrado a ilusão de autossuficiência, é a linguagem de um sistema objetivo de relações sociais. Na verdade, existe uma enorme pressão societal no sentido do indivíduo se pensar como átomo e não como ser relacional, uma espécie de lugar sem relações; princípio e fim da perceção e classificação do mundo (novo “magma” imaginário que penetra e institui o discurso público). É claro que não se nega a individuação, a constituição de subjetividades (e a sua expressão identitária), nem o facto de cada pessoa apresentar um coeficiente de singularidade: trata-se, isso sim, de contestar a crença no indivíduo original, desintegrado e autónomo (associal!) – livre disposição de si mesmo. E urge questionar: se cada vez mais as pessoas conferem sentido à sua existência pela negação dos determinismos sociais; se, na sua perceção, pensam, agem, decidem como indivíduos autónomos, como se faz sociedade?

 

O autor:

Licenciado em Sociologia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1992) Mestre em ciências sociais pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade  de  Lisboa (1995) com a Dissertação Tristes Escolas - Um Estudo sobre Práticas Culturais Estudantis no Espaço Escolar Urbano (Porto, Edições Afrontamento,1997).        Doutorado em Sociologia da Cultura e da Educação (1999) com a Dissertação A Cidade e a Cultura - Um Estudo sobre Práticas Culturais Urbanas (Porto, Edições Afrontamento, 2000).        Membro efetivo do Observatório das Atividades Culturais entre 1996 e 1998. Integrou a equipa coordenadora do Relatório das Políticas Culturais Nacionais (1985-95) apresentado em 1998 junto do Conselho da Europa (Lisboa, As Políticas Culturais em Portugal, Observatório das Atividades Culturais, 1998).   Foi programador de Porto Capital Europeia da Cultura 2001, enquanto responsável pela área do envolvimento da população e membro da equipa inicial que redigiu o projeto de candidatura apresentado ao Conselho da Europa.  Representou o Bloco de Esquerda como deputado à Assembleia da República (2002-2006). Coordenador Científico do Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto entre 2002 e Fevereiro de 2010.
Diretor da Revista Sociologia entre 2009 e Fevereiro de 2013. Tem 43 livros publicados (sozinho ou em coautoria) nos domínios da sociologia da cultura,  das desigualdades sociais,   da cidade, juventude e educação, bem como da museologia e estudos territoriais.
 Foi distinguido em  29 de maio de 2014 com o galardão "Chevalier des Palmes Académiques" pelo Governo da República francesa. Presidiu à  Associação Portuguesa de Sociologia entre julho de 2016 e março de 2021.
Presidiu ao Departamento de Sociologia da FLUP entre 2011 e fevereiro de 2019. Coordena desde Maio de 2020 o Instituto de Sociologia da Universidade do Porto.

Link zoom para acesso à sessão: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/97808887516 

 

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