Teve o Doutor Carlos Fabião a gentileza de me dar a conhecer o artigo de que a seguir se indica o atalho de acesso. Apesar de longo e de não termos acesso às notas (pelo menos, eu não consegui), merece, na verdade, leitura atenta, pois, como escreveu o Doutor Fabião, estamos perante uma «reflexão deveras interessante». E é. Bom seria, de facto, que os pontos que, no final, se preconizam ainda lograssem concretização a curto prazo, o que, no entanto, se me afigura difícil sem uma mobilização geral de toda a comunidade científica (das Artes, das Ciências e das Letras). Brama-se, no quotidiano económico, contra os intermediários que encarecem o preço final do produto. Ora, no caso das publicações científicas, quem é que está a lucrar? Quem é que continua a fazer revisões pro bono? Estimulem-se pagamentos, sim; mas a quem trabalha e pelo trabalho feito! Agora, ter de pagar para trabalhar, amigos, é assédio a merecer condenação. Digo eu. Amiúde conto a história do senhor que, depois de, mui sumariamente, ter olhado para o esquentador, me disse: «Precisa de pilha! Vá ali à loja e compre. São 50 euros pelo meu trabalho!». O mais curioso é a facilidade com que se pede para dar uma conferência e nem sequer se põe a hipótese de essa tarefa poder vir a ser recompensada! Ora, cá fiquei eu a fazer reflexão, empurrado pela «reflexão deveras interessante» que o amigo Fabião me proporcionou. Perdoe-me, Amigo! Aí vai o atalho: |
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