[Museum] Património e Guerra: repetição e aperfeiçoamento.

[Pedro Pereira <pedropereiraoffic@outlook.com>]

 

Património e Guerra… repetição e aperfeiçoamento?

Trezentos e doze anos depois, a história repete-se.

A repetição talvez sirva para o aperfeiçoamento contínuo. A antropologia ensina-nos a vê-la no jogo, desde os “animais sociais” anteriores ao ser-humano. A nível humano vemo-la nos conceitos de reencarnação, renascimento, transmigração ou metempsicose, presentes em todas as formas de religião (hinduísmo, budismo, janismo, sikhismo, paganismo, cristianismo, islamismo, e outras).

Hoje, anunciam-nos que na cidade de Poltava, em Donbass, na Ucrânia, se trava uma batalha.

Ora, se recuarmos 312 anos, a 8 de julho de 1709, nesse mesmo sítio, o Património traz-nos à memória a famosa “batalha de Poltava”. Entre o chefe do império sueco, que dominava uma grande parte da Europa do Norte, e o chefe do império russo. Basta substituir esse chefe sueco por NATO, e o chefe russo por Putin.

A história repete-se, talvez, para que o ser-humano se aperfeiçoe. Quiçá, para conseguir resolver o problema que tem codificado na sua cognição, de uma teimosa condenação ao binarismo: 0/1, esquerda/direita, maus/bons, certo/errado, preto/branco, nós/outros, sim/não, etc. Isto é, o impasse derivado da «oposição inversa isomorficamente simétrica», ainda sem um ponto-de-fuga que consiga construir uma premissa fora dessa oscilação repetitiva.

The Battle of Poltava (8 July 1709) was the decisive and largest battle of the Great Northern War. A Russian army under the command of Tsar Peter I defeated a Swedish army, under the command of Carl Gustaf Rehnskiöld. The battle put an end to the status of the Swedish Empire as a European great power, as well as its eastbound expansion, and marked the beginning of Russian supremacy in Northern Europe.

 

Pedro Manuel-Cardoso