Completa hoje 68 anos o Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, uma iniciativa que se deve, de modo especial, ao saudoso Dr. João Manuel Bairrão Oleiro, bem secundado pelo Doutor Jorge Alarcão. Trata-se de uma estrutura que, além dos seus docentes (os actuais e os antigos), mantém no seu seio um património (para usar a palavra tão em voga…) digno de realce – Edita a Conimbriga, ininterruptamente desde 1959 e de que, este ano de 2022, se publicará o volume LXI. – Edita o Ficheiro Epigráfico, criado em 1982, e de que estão em preparação os números 238 e 239. – Edita a série Cadernos de Arqueologia e Arte (7 volumes publicados). – Edita a série Conimbriga - Anexos (8 volumes publicados). – Nele estão incorporados um Museu Didáctico e um Gabinete de Numismática. – Criou-se no seu seio a lista archport, em 1996, por iniciativa de um dos nossos alunos, o António José Marques da Silva, na mesma altura em que ele próprio também arquitectou o 1º sítio para dar conhecimento do que se passava com as gravuras de Foz Côa. Tem, actualmente, 1854 membros. – O êxito desse fórum informativo levou a que se propusesse a criação de duas outras listas, que, embora de temática só indirectamente ligada à Arqueologia, ao Instituto de Arqueologia e, por ele, ao Grupo de História, nele acabaram por ser pensadas e hoje nele são geridas: a museum, sobre temática museológica e de património cultural, nasce a 19 de Dezembro de 2006, por sugestão de dois estudantes de Museologia (Carlos Oliveira e Maria da Graça Campos) e tem, actualmente, 757 membros; a histport, predominantemente sobre temas da História de Portugal, surge a 15 de Outubro de 2008, por proposta do estudante Mário Rui Simões Rodrigues, também prontamente acolhida por João Sá Marta, do CIUC – tem 694 membros. – Teve o Instituto papel interventivo no projecto do Alqueva e, na sequência dessa intervenção e devido às novas circunstâncias oficiais criadas para apoio à investigação, criou-se, em colaboração com a Faculdade de Letras do Porto, um Cetro de Investigação em Arqueologia, que está na origem do actual Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património. Este último, sensível aos novos modelos, estendeu a sua colaboração ao Campo Arqueológico de Mértola e à Universidade do Algarve. Não se referem as cadeiras dos vários cursos – que não apenas de Arqueologia – que os seus docentes leccionam; não se referem as iniciativas (reuniões científicas, visitas de estudo…) levadas a cabo; não se referem as larguíssimas centenas de publicações que os seus membros no activo e aposentados/jubilados fizeram e continuam a fazer, para além da intervenção – a nível nacional e internacional – em reuniões científicas da mais variada índole. Só por ser o mais recente se alude ao projecto Valete vos viatores, em que o Instituto (seus docentes e seus antigos alunos ou estagiários) deteve papel não despiciendo. Aliás, por falar em estagiários, importa dizer que, ao longo destes 68 anos, o Instituto recebeu para estagiarem com os seus docentes, largas dezenas de estudantes, sobretudo do estrangeiro e, no âmbito do Programa ERASMUS, estudantes nossos estagiaram, por exemplo, em Bolonha, Poitiers, Barcelona, Sassari, Lovaina-a-Nova, Southampton, Bordéus, Sevilha, Granada, La Sapienza (em Roma), Galway (Irlanda), Liège, Lecce, Nápoles, Salamanca… Um intercâmbio que a todos, estudantes e docentes, muito enriqueceu. A íntima colaboração com o Centre Pierre Paris, de Bordéus, não pode também ser esquecida, pelo seu inegável contributo para o estudo de Conimbriga e a villa romana de S. Cucufate, entre outros! Temos, portanto, uma história para contar, de que esbocei à vol d’oiseau mui pálido retrato. Uma história para escrever! José d’Encarnação |
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