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[Museum] Património, Poder e Justiça: poderá haver Justiça, enquanto houver Poder? | Debate e Exposição | Museu do Ser-Humano | 5 dezembro 2023

To :   museum <museum@ci.uc.pt>
Subject :   [Museum] Património, Poder e Justiça: poderá haver Justiça, enquanto houver Poder? | Debate e Exposição | Museu do Ser-Humano | 5 dezembro 2023
From :   Pedro Pereira <pedropereiraoffic@outlook.com>
Date :   Mon, 4 Dec 2023 14:41:30 +0000

 

 

 

MUSEU DO SER-HUMANO

MUSEUM OF THE HUMAN BEING

 

Coord. Pedro Manuel-Cardoso

Conselho Consultivo/ Advisory Board: Elísio Summavielle, Kevin Shirley, João Azenha da Rocha, Maria Isabel Tristany

 

PODER E JUSTIÇA: Poderá haver Justiça, enquanto houver Poder?

POWER AND JUSTICE: Can there be Justice, as long as there is Power?

 

Debate e Exposição

Debate and Exhibition

 

PODER E JUSTIÇA

1 – JUSTIÇA

1.1 – Poderá haver Justiça, enquanto houver Poder?

1.2 – Sem Poder poderia existir a espécie e a sociedade humana?

1.3 – Logo, só havendo Injustiça há Humanidade. E só deixando de haver Humanidade haverá Justiça.

1.4 – Não se trata da espécie humana ter cometido algum “pecado”, como disse Blaise Pascal. A incompatibilidade entre Justiça e ser-humano não resulta de uma condenação moral ou ética. Mas, outrossim, de uma incompatibilidade natural e biológica. Quem está cá a mais, na Vida (na história natural da Vida), não será a espécie humana (a dita espécie “homo sapiens sapiens”)?

1.5 – Bem pode Platão clamar por uma “República Humana da Harmonia”, onde ocorreria essa paz entre a «criação, produção, segurança e ordem», e entre «desejo, violência e razão». Bem pode John Rawls fazer uma ligeira concessão a essa harmonia platónica, passando a não exigir senão um compromisso de “equidade” entre a inevitabilidade das desigualdades. Bem pode Michael Walzer rezar para que uma das partes que constituem o funcionamento da sociedade “não se aproprie ou subjugue as outras”.

1.6 – Todas essas tentativas estão condenadas ao fracasso, por serem feitas e imaginadas pela espécie humana (por aquilo que, naturalmente, são as propriedades biológicas do comportamento e da sua lógica enquanto espécie-de-Vida).

2 – PODER

2.1 – Olhemos o Poder, sem a necessidade de Justiça. O que vemos?

2.2 – Querem-nos convencer de que o Poder é algo antropológico. Que foi a espécie humana a inventá-lo. E que deriva do comportamento humano (seja enquanto «acção individual», seja enquanto «estrutura social»).

2.3 – Isto é, tentam aprisionar num antropocentrismo egoísta e cego a «Energia» da natureza (a que é produzida pelas partículas da física e pelas moléculas da química), designando-a por “Violência” e “Poder”. Como se fosse algo que devesse ser “harmónico”, “equitativo” ou “equilibrado” (em termos evolutivos). Como se estivesse cá, na Natureza, para manterem a perpetuidade do ser-humano enquanto espécie-de-Vida. Como se a espécie humana tivesse algum privilégio, a priori, sobre as outras espécies.

3 – O QUE HÁ-DE VIR

3.1 – Portanto, não se sabe se será ‘bom’ ou ‘mau’ haver Justiça para o Poder.

3.2 – Depende daquilo que for mais adaptativo, para continuar a haver «Matéria com Consciência de Si» (chame-se-lhe o nome que se lhe quiser chamar; digam disso que é ‘materialidade’ ou ‘espiritualidade’, tanto faz).

3.3 – E se a relação entre PODER e JUSTIÇA deixasse de ser motivo de disputa (nos modos de reflexão, discussão, pensamento, solução, aplicação, organização, ou outros)? Por (quer «Energia, Violência e Ser», ou «Justiça e Poder») serem uma e a mesma coisa?

4 – PATRIMÓNIO

Como se expressa essa relação entre Poder e Justiça no Liberalismo, Socialismo e Monarquismo em termos do Património que deixou?

 

fábrica do Impronunciável | factory of the Unpronounceable

December 05, 2023

 

 

 


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