Bom dia, Se do litoral dos concelhos de Albufeira, Lagoa ou Silves olhar o horizonte, vai perder-se na imensidão do Atlântico à superfície, mas fique a saber que, debaixo de água, há muitos mais motivos de interesse. É ali mesmo que se encontra um dos maiores recifes costeiros do país, um verdadeiro paraíso escondido com mais de 150 km2 de área que é, ao mesmo tempo, um santuário de vida marinha com condições naturais únicas para a biodiversidade, e onde coabitam cerca de 900 espécies. Estamos a falar da primeira Área Marinha Protegida de Interesse Comunitário em Portugal, uma iniciativa pioneira que arrancou há praticamente sete anos e a para a qual foi preciso “picar” muita pedra, porque era – e continua a ser – preciso conciliar os interesses e expetativas de muitas partes: dos pescadores aos cientistas, dos empresários às comunidades locais, das autarquias às associações ambientais. Este processo colaborativo, com dezenas e dezenas de entidades envolvidas, culminou no Parque Natural Marinho do Recife do Algarve – Pedra do Valado, cuja história de sucesso é vista como um exemplo a replicar noutros pontos do país. Mais de um ano depois da sua criação oficial – e enquanto ainda estão a ser preparados o programa e o regulamento de gestão do parque –, decorreu a primeira grande ação de monitorização científica desta área marinha protegida, com uma missão liderada pelo Centro de Ciências do Mar. Porque é preciso continuar a compreender, proteger e valorizar aquele património natural. O Sul Informação esteve a bordo do Santa Maria Manuela durante esta iniciativa e mostra-lhe hoje que ainda há muito por contar sobre os tesouros da Pedra do Valado. Veja aqui a reportagem em vídeo do Nilton Nunes. | 