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Estimado Senhor Professor Filipe Castro, Não pretendo entrar á Guerra entre actuais e antigos caçadores
ao tesouro. Isso, eventualmente, pode ser da competência de um Estado soberano, neste caso a República de
Moçambique. Da minha parte quero somente informar que no dia 18 de Abril de
2003 o Comité Nacional – ICOMOS Moçambique, apresentou ao Governo, perante
muitos especialista da área, um projecto do Regulamento sobre as actividades
arqueológicas em meio subaquático, que completa a lei sobre a protecção do
património cultural de 10/1988 e é de acordo com o espirito da Convenção da
UNESCO. O Ministério da Cultura está já na fase final da aprovação. Nem agora,
nem depois da aprovação do Regulamento nenhum pais do Mundo poderia reclamar os
achados arqueológicos encontrados nas águas territorias de Moçambique. Gostaria
de lembrar que muitos consideram a expansão maritima europeia como exploração,
bandidagem e pura caça aos tesouros. Incas, Aztecas, Moçambicanos, podem contar
as longas histórias sobre efeitos desta “acção civilizatória”. A proposito: gostária de saber quando o Congresso dos
Estados Unidos e o parlamento do Portugal ratificarão a Convenção da UNESCO?...
para que a leilão, na Christie’s de Amsterdão, sejá último. Com mais elevada estima e consideração Leonardo Adamowicz Arqueologo Presidente Executivo do Comité ICOMOS – Moçambique PS. Não
pretendo defender os Arqueonautas SA, que de acordo com um contrato assinado
com o Governo Moçambicano trabalham na Ilha de Moçambique. O C.N. ICOMOS –
Moçambique só exigia, que a empresa apresente um relatório detalhado, uma publicação
e obrigatoriamente deixa em Moçambique todas peças únicas e aquelas que sejam consideradas
de grande valor (NB. pelos especialistas chamados do Portugal). Sinceramente lamento
leilão e tenho a esperaça que os fundos serão utilizados para formação dos
arqueólogos subaquáticos moçambicanos. Pessoalmente, estou muito contente da publicação científica dos
achados, ainda este ano. A monografia será a primeira deste genero na história
de Moçambique (tal colonial, como independente). -----Original
Message----- Vai amanhã (dia 19) a leilão, na
Christie’s de Amsterdão, parte da carga de um navio português do século XVI
naufragado na Ilha de Moçambique. A carga que agora se vai dispersar foi
salva pela empresa de caça aos tesouros Arqueonautas SA. Em todo o mundo se aperta o cerco contra a
actividade das empresas de caça ao tesouro. A aprovação de uma convenção
da UNESCO para a proteção do património cultural subaquático da Humanidade é um
bom exemplo desta tendência. Por outro lado, cada vez mais governos de
países com um passado ligado a expansão marítima europeia reclamam direitos
sobre os restos dos seus navios, perdidos nos quatro cantos do mundo.
Assim, o governo espanhol ganhou recentemente um processo em tribunal, contra
uma empresa de caça aos tesouros e o Estado da Virgínia, nos EUA, que havia
atribuído a concessão de salvados. Acho que temos o direito de saber porque é
que o estado português não faz nada para proteger os restos arqueológicos dos
nossos navios, à semelhança dos outros países do mundo. Filipe Castro, Ph.D. Assistant Professor Nautical Archaeology Program Texas A&M University College Station, Texas, USA |
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