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Caro Paulo Monteiro, Muito obrigado. É facil lamentar e gritar de fora. Nos aqui precisamos ser mais diplomaticos e com calma criar os indispensáveis instrumentos políticos. Infelizmente "revindicações" tipo Prof. dr Filipe Castro não ajudam e provocam muitas confusões. Para todos (muitos) que mandaram sua opinião "pro e contra" meus sinceiros agradecimentos. Cumprimentos Leonardo Adamowicz -----Original Message----- From: Paulo Monteiro [mailto:paulo_monteiro@hotmail.com] Sent: 19 May 2004 17:32 To: icomosmoz@yahoo.com.br Cc: archport@list-serv.ci.uc.pt Subject: RE: [Archport] Património cultural subaquático Caro Dr. Leonardo Adamowicz, Um dia, nós, vós, os vossos filhos, os vossos netos, lamentarão a venda dos artefactos. Tal como hoje em dia não passaria pela cabeça de alguém vender as ânforas ou os instrumentos paleolíticos encontrados numa escavação em terra, no intuito de subsidiar a formação futura de arqueólogos - que ficariam inactivos, ficando a braços com sítios pilhados e museus vazios, sem colecções para estudar - também não deveria passar pela cabeça de alguém vender o seu património. Foi, contudo, essa a opção de Moçambique. Está no seu direito. Contudo, ao proceder assim, perdeu uma oportunidade soberana de se afirmar como Estado culto e responsável, orgulhoso do seu passado, e das lições que poderia tirar dele, tanto as boas, como as más. Assim sendo , acabou por ir engrossar, à custa de uns quantos meticais, o pelotão dos países do terceiro mundo, de onde Portugal escapou, in extremis, em 1996. Paulo Alexandre Monteiro > >Estimado Senhor Professor Filipe Castro, > >Não pretendo entrar á Guerra entre actuais e antigos caçadores ao tesouro. >Isso, eventualmente, pode ser da competência de um Estado soberano, neste >caso a República de Moçambique. Da minha parte quero somente informar que >no >dia 18 de Abril de 2003 o Comité Nacional - ICOMOS Moçambique, apresentou >ao >Governo, perante muitos especialista da área, um projecto do Regulamento >sobre as actividades arqueológicas em meio subaquático, que completa a lei >sobre a protecção do património cultural de 10/1988 e é de acordo com o >espirito da Convenção da UNESCO. O Ministério da Cultura está já na fase >final da aprovação. Nem agora, nem depois da aprovação do Regulamento >nenhum >pais do Mundo poderia reclamar os achados arqueológicos encontrados nas >águas territorias de Moçambique. Gostaria de lembrar que muitos consideram >a >expansão maritima europeia como exploração, bandidagem e pura caça aos >tesouros. Incas, Aztecas, Moçambicanos, podem contar as longas histórias >sobre efeitos desta "acção civilizatória". >A proposito: gostária de saber quando o Congresso dos Estados Unidos e o >parlamento do Portugal ratificarão a Convenção da UNESCO?... para que a >leilão, na Christie's de Amsterdão, sejá último. > >Com mais elevada estima e consideração > >Leonardo Adamowicz >Arqueologo >Presidente Executivo do Comité ICOMOS - Moçambique > >PS. Não pretendo defender os Arqueonautas SA, que de acordo com um contrato >assinado com o Governo Moçambicano trabalham na Ilha de Moçambique. O C.N. >ICOMOS - Moçambique só exigia, que a empresa apresente um relatório >detalhado, uma publicação e obrigatoriamente deixa em Moçambique todas >peças >únicas e aquelas que sejam consideradas de grande valor (NB. pelos >especialistas chamados do Portugal). Sinceramente lamento leilão e tenho a >esperaça que os fundos serão utilizados para formação dos arqueólogos >subaquáticos moçambicanos. Pessoalmente, estou muito contente da >publicação >científica dos achados, ainda este ano. A monografia será a primeira deste >genero na história de Moçambique (tal colonial, como independente). > >-----Original Message----- >From: archport-bounces@list-serv.ci.uc.pt >[mailto:archport-bounces@list-serv.ci.uc.pt]On Behalf Of fvcastro >Sent: 18 May 2004 21:44 >To: Subject: [Archport] Património cultural subaquático > >Vai amanhã (dia 19) a leilão, na Christie's de Amsterdão, parte da carga de >um navio português do século XVI naufragado na Ilha de Moçambique. A carga >que agora se vai dispersar foi salva pela empresa de caça aos tesouros >Arqueonautas SA. > >Em todo o mundo se aperta o cerco contra a actividade das empresas de caça >ao tesouro. A aprovação de uma convenção da UNESCO para a proteção do >património cultural subaquático da Humanidade é um bom exemplo desta >tendência. > >Por outro lado, cada vez mais governos de países com um passado ligado a >expansão marítima europeia reclamam direitos sobre os restos dos seus >navios, perdidos nos quatro cantos do mundo. Assim, o governo espanhol >ganhou recentemente um processo em tribunal, contra uma empresa de caça aos >tesouros e o Estado da Virgínia, nos EUA, que havia atribuído a concessão >de >salvados. > >Acho que temos o direito de saber porque é que o estado português não faz >nada para proteger os restos arqueológicos dos nossos navios, à semelhança >dos outros países do mundo. > > >Filipe Castro, Ph.D. >Assistant Professor >Nautical Archaeology Program >Texas A&M University >College Station, Texas, USA > >_______________________________________________ >Archport mailing list >Archport@list-serv.ci.uc.pt >http://sagitta.ci.uc.pt/mailman21/listinfo/archport _________________________________________________________________ Help STOP SPAM with the new MSN 8 and get 2 months FREE* http://join.msn.com/?page=features/junkmail
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