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O Museu Geologico, apesar de aligeirado ha alguns anos atras, mantem no essencial os seu aspecto de outros tempos, mantendo as suas fabulosas coleccoes da pre-historia e paleontologia, mau grado alguns momentos menos felizes.
Esta noticia parece de facto explicar o abandono a que o Museu foi votado pelos dirigentes politicos, que talvez por uma vasta ignorancia em alguns campos do saber, nao percebem o valor daquilo que existe em Portugal - se o conteudo nao e financeiramente lucrativo, pelo menos o edificio naquele local dara um belo condominio fechado!
De facto temo pelas coleccoes e pela sua acessibilidade ao publico. Porque a boa maneira portuguesa, no momento em que aquelas coleccoes sejam desmanteladas so verao a luz de outro local expositivo daqui a muitos anos. E se sobreviverem aos habituais extravios, etc. Veja-se o exemplo de um museu bem mais mediatico, o MNA, que depois de quase 2 decadas ainda nao conseguiu que os srs politicos finaciem as obras necessarias, e assim Portugal tenha uma exposicao permanente que faca luz sobre o passado do actual territorio portugues.
Felizmente a biblioteca do Museu Geologico foi transferida e esta instalada e gerida em condicoes em Alfragide.
From: Lemos@uaum.uminho.pt
To: Archport@list-serv.ci.uc.pt
Subject: [Archport] Museu Geológi co em perigo?
Date: Thu, 15 Sep 2005 15:12:07 +0100
>Boa tarde!
>Estarei errado ou li algures, há cerca de dois de anos, que o Museu dos
>Serviços Geológicos já tinha sido profundamente alterado e que o espaço,
>conforme eu conheci nos anos 70, estava mudado. Agora dá-se o golpe de
>misericórdia. Será assim ou de facto o Museu ainda permanece com o aspecto que
>tinha na década de 70 e 80? De qualquer modo é um assunto preocupante.
>Quando se extinguiu o Instituto Geolóico e Mineiro houve uma petição que eu
>assinei, tal como muito outras pessoas. Muda-se o Governo, os deputados que na
>altura se manifestaram contra estão agora em maioria mas o Instituto permanece
>extinto.
>De facto, o que acontece com as florestas, com os valores arqueológicos, com a
>paisagem tradicional, com os recursos mineiros, com a pesca, com a agricultura
>tradcional é produto de um mesmo processo.
>Há em Portugal uma profunda indiferença pelo território e pelos seus recursos.
>Tal indiferença e ignorância estende-se dos políticos aos gestores, dos
>economistas e aos directores dos serviços públicos.
>O processo de desterritorialização (conceito de Gilles Deleuze - filósofo
>francês) é uma das mais complexas contradições do capitalismo, em países onde
>há discussões sérias e alargadas sobre o uso de um espaço urbano ou de uma
>determinada montanha.
>Em Portugal não sei se vivemos no comunismo primitivo ou numa sociedade post-
>industrial porque ninguém discute as questões relacionadas com o território, a
>não ser muito episodicamente, no Verão, quando as florestas ardem, ou quando
>se derrama petróleo no mar. Quando a comunicação social passa ao tema seguinte
>acaba a discussão e regressa-se á apatia.
>
>Francisco Sande Lemos
>_______________________________________________
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