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[Archport] Re: Digest Archport, volume 24, assunto 19


•   To: archport@list-serv.ci.uc.pt
•   Subject: [Archport] Re: Digest Archport, volume 24, assunto 19
•   From: "rebeca.sousa sousa" <rebeca.sousa@gmail.com>
•   Date: Thu, 15 Sep 2005 22:10:16 +0100

Com tanto "cavalo de tróia" já me apetece relinchar! ....................................

On 9/15/05, archport-request@list-serv.ci.uc.pt < archport-request@list-serv.ci.uc.pt> wrote:
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  1. RE: A cavalo em Tróia:  mais lenha... (Filipe Castro)
  2. Museu Geológi co em perigo? (Lemos@uaum.uminho.pt)
  3. Re: A cavalo em Tróia:  mais lenha... (Luís Seabra Lopes)
  4. Um dia nos tempos da pedra lascada (Maria João Neves)


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Message: 1
Date: Thu, 15 Sep 2005 08:45:10 -0500
From: "Filipe Castro" < fvcastro@tamu.edu>
Subject: RE: [Archport] A cavalo em Tróia:  mais lenha...
To: <archport@list-serv.ci.uc.pt>
Message-ID: < 200509151345.j8FDjGH6093837@smtp-relay.tamu.edu">200509151345.j8FDjGH6093837@smtp-relay.tamu.edu>
Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1"

Como eu e o Paulo Monteiro somos estranhos ao mundo profissional da
arqueologia portuguesa, não sei se o moderador deste grupo quererá que
continuemos aqui a mandar as culpas de todos os males do mundo para cima da
classe.  :-)



Por favor digam-nos se não preferem que eu e o Paulo continuemos a criticar
os arqueólogos em privado.



Mas eu acho que é bem verdade o que ele diz.  Desde pequenino que me lembro
de ir com o meu pai, por montes e vales, para ver ruínas ou sítios
arqueológicos, e depois chegávamos e havia uns tapumes, sem nenhuma
indicação do que se passava, e mais nada.



Aqui nos EUA toda a gente sabe quem é o João Zilhão, e nos encontros de
arqueologia subaquática toda a gente sabe quem foi o arqto. Lixa Filgueiras.
Mas mais ninguém.  Há tempos reparei que os mapas do atlas histórico da
Pinguin não têm sequer Portugal no século XIII.



Eu não tenho quase nenhum contacto com quase nenhuns arqueólogos
portugueses, mas cada vez que vou aí sinto que os arqueólogos são uma classe
completamente balcanizada, sem interesses comuns claramente definidos,
separada por ódios radicados em diferenças de opinião política com mais de
trinta anos, onde se tem de pertencer a um grupo para se existir, onde reina
o secretismo e as pessoas fazem coisas horríveis umas às outras só porque
podem.



É natural que a nossa classe política desconheça tudo sobre a importância da
arqueologia, do património, do estudo do passado, etc.



E é natural que por isso escolham sempre um(a) ministro(a) da cultura que
não faça muitas ondas e escolha directores e presidentes para os institutos
e direcções gerais conhecidos, "de boas famílias", com a coluna vertebral
flexível e sem grandes ambições de mudar as coisas e desatar a arranjar
problemas com os oligarcas que mandam nos políticos.  E os nossos oligarcas
são muito piores que os nossos políticos!  Lembram-se do "Relatório Porter"?
A conclusão estava escrita com imensa elegância, mas podia-se resumir mais
ou menos assim: os banqueiros e os industriais portugueses são, na
generalidade, uns gebos.  Ponto final.



Enfim, se tiverem seis horas para lerem os meus emails, posso contar-vos
histórias sobre as aventuras dos meus alunos a tentarem investigar em
Portugal.  :-)



Não quero com isto dizer que não haja pessoas excelentes, competentes e
responsáveis, nos arquivos, nas repartições, nas direcções gerais e até no
IPPAR!  Mas não são, infelizmente, a regra.



E perante o vosso silêncio (um bocadinho jesuítico?), calo-me
respeitosamente.



Filipe Castro

Texas, EUA





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Message: 2
Date: Thu, 15 Sep 2005 15:12:07 +0100
From: Lemos@uaum.uminho.pt
Subject: [Archport] Museu Geológi co em perigo?
To: Archport@list-serv.ci.uc.pt
Message-ID: <1126793527.432981371c3db@webmail-b.ccom.uminho.pt"> 1126793527.432981371c3db@webmail-b.ccom.uminho.pt>
Content-Type: text/plain; charset=ISO-8859-1

Boa tarde!
Estarei errado ou li algures, há cerca de dois de anos, que o Museu dos
Serviços Geológicos já tinha sido profundamente alterado e que o espaço,
conforme eu conheci nos anos 70, estava mudado. Agora dá-se o golpe de
misericórdia. Será assim ou de facto o Museu ainda permanece com o aspecto que
tinha na década de 70 e 80? De qualquer modo é um assunto preocupante.
Quando se extinguiu o Instituto Geolóico e Mineiro houve uma petição que eu
assinei, tal como muito outras pessoas. Muda-se o Governo, os deputados que na
altura se manifestaram contra estão agora em maioria mas o Instituto permanece
extinto.
De facto, o que acontece com as florestas, com os valores arqueológicos, com a
paisagem tradicional, com os recursos mineiros, com a pesca, com a agricultura
tradcional é produto de um mesmo processo.
Há em Portugal uma profunda indiferença pelo território e pelos seus recursos.
Tal indiferença e ignorância estende-se dos políticos aos gestores, dos
economistas e aos directores dos serviços públicos.
O processo de desterritorialização (conceito de Gilles Deleuze - filósofo
francês) é uma das mais complexas contradições do capitalismo, em países onde
há discussões sérias e alargadas sobre o uso de um espaço urbano ou de uma
determinada montanha.
Em Portugal não sei se vivemos no comunismo primitivo ou numa sociedade post-
industrial porque ninguém discute as questões relacionadas com o território, a
não ser muito episodicamente, no Verão, quando as florestas ardem, ou quando
se derrama petróleo no mar. Quando a comunicação social passa ao tema seguinte
acaba a discussão e regressa-se á apatia.

Francisco Sande Lemos

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Message: 3
Date: Thu, 15 Sep 2005 15:55:36 +0100
From: Luís Seabra Lopes < lsl@det.ua.pt>
Subject: Re: [Archport] A cavalo em Tróia:  mais lenha...
To: <archport@list-serv.ci.uc.pt>
Message-ID: <01ed01c5ba05$8812bf60$f35288c1@lsl >
Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1"


Caro Filipe Castro,

aqui tem um caso real:

http://sweet.ua.pt/~lsl/talabriga/noticias/2000-06-30-SP-LuisSeabraLopes.htm

O problema que têm estado aqui a discutir resulta do problema geral de mentalidade portuguesa: falar muito e fazer pouco (veja-se o recente caso dos incêndios), inveja, falta de organização, rigor, empenho, visão, ambição, etc. E como as mentalidades tendem a perpetuar-se no tempo, não vejo que seja um problema simples, salvo se um cataclismo ou uma pressão extrema nos obriguem a mudar. De qualquer forma, carpir mágoas também não ajuda muito ...

Cumprimentos,
Luis S Lopes
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Message: 4
Date: Thu, 15 Sep 2005 16:59:45 +0100
From: Maria João Neves <mjoao.neves@dryas-arqueologia.pt>
Subject: [Archport] Um dia nos tempos da pedra lascada
To: <archport@list-serv.ci.uc.pt>
Message-ID: <000001c5ba0e$80eb2610$0a00000a@Atena>
Content-Type: text/plain; charset="iso-8859-1"

Caros colegas e amigos:

No dia 22 de Setembro, vai realizar-se no âmbito da acção "Geologia no
Verão" (Programa Ciência Viva) a saída de campo "Um dia nos tempos da
pedra lascada". Esta saída é organizada pelo Departamento de Ciências da
Terra da Universidade de Coimbra, nela participando o geólogo Pedro
Dinis e os arqueólogos Miguel Almeida e Maria João Neves.
O encontro para a saída far-se-à no Departamento de Ciências da Terra da
Universidade de Coimbra, sito no Largo Marquês de Pombal, às 9.00.
Sairemos em direcção à Arrifana e depois ao Casmilo onde visitaremos o
Vale da Buracas, fazendo uma leitura geológica e arqueológica deste
sítio com uma paisagem tão especial. No fim da acção regressaremos a
Coimbra.
As inscrições podem ser feitas no Departamento de Ciências da Terra da
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, ou
através do telefone 239860500.

Obrigada pela vossa atenção,

Maria João Neves

Dryas Arqueologia Lda.
www.dryas-arqueologia.pt <http://www.dryas-arqueologia.pt/>
Av. Fernão Magalhães, 153, 4º andar, sala 11
3000-176 Coimbra

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Fim da Digest Archport, volume 24, assunto 19
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