[Archport] Problemas recorrentes da Arqueologia nacional
•
To:
archport@list-serv.ci.uc.pt
•
Subject:
[Archport] Problemas recorrentes da Arqueologia nacional
•
From:
vasco mantas <vgmantas@yahoo.com>
•
Date:
Mon, 19 Sep 2005 10:11:58 -0700 (PDT)
Caros Colegas
Tive várias ocasiões de referir a importância execepcional das ruinas de Tróia, pelo menos desde 1979, assim como as ruínas de Balsa, do campo romano de Antanhol,etc.
Não vou aqui dizer o que já foi dito por muitos, e bem.
Tróia, apesar do empenho dos arqueólogos portugueses que lá trabalharam, foi, de certa maneira, uma "chasse gardée", o que acabou por conduzir a uma situação de "garde chassée" !
Julgo que os arqueólogos e os cidadãos interessados em vez de se hostilizarem deveriam interrogar directamente as entidades de tutela do sítio sobre que planos existem para o complexo de Tróia, incluindo a forma de constituição do grupo de avaliadores dos projectos futuros.
Para além disto ocorre-me o seguinte:
1 - Realização de um Congresso para discutir a situação actual e as perspectivas futuras da Arqueologia Portuguesa, uma vez que se esfumou definitivamente o mito do "poder da arqueologia". Mas um Congresso com efeitos práticos. Basta ler as conclusões dos diversos congressos,desde há 30 anos, para ver o que valem.
2 - Como já defendi frequentemente, advogo a mudança da tutela da Arqueologia do Ministério da Cultura para o Ministério da Ciência e do Ensino Superior.A Arqueologia é uma actividade científica. Não tem nada que ver com Indiana Jones ou com literatura tipo "Quo Vadis?".Será que os arqueólogos têm medo da mudança?
Finalmente, aconselho todos os que se preocupam com Portugal a ler (ou reler) a "Mensagem" de Fernando Pessoa. É a hora!
Cordialmente
Vasco Gil Mantas
(Docente de Arqueologia Romana da Faculdade de Letras / Universidade de Coimbra)
Yahoo! for Good
Click here to donate to the Hurricane Katrina relief effort.