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Parece que afinal, nem só a burra dá para trás... On 1/30/06, José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt> wrote: > A pedido do próprio, divulgo a tomada de posição do Sr. Presidente da > Associação dos Arqueólogos Portugueses acerca do tema em epígrafe: > > > > ----- Original Message ----- > > From: <jarnaud@sapo.pt > > To: <jde@fl.uc.pt > > Sent: Sunday, January 29, 2006 5:17 PM > > Subject: Fusões de Institutos > > > > > > > Caros Consócios e Colegas: > > > > > > Na sequência de contactos estabelecidos com o Dr. Luís Machado, adjunto da > Senhora Ministra da Cultura e de um artigo publicado no passado dia 27 de > Janeiro no Público, tudo indica que o Governo se prepara para proceder à > fusão, ou melhor, à integração, do IPA no IPPAR, contrariamente à opinião da > maior parte da comunidade arqueológica, claramente expressa na moção > aprovada no Congresso Ibérico de Arqueologia, reunido em Faro, em Setembro > de 2004, e oportunamente veiculada pelos seus promotores, quer ao anterior > quer à actual Ministra da Cultura. > > Convidam-se, assim, todos os arqueólogos que não concordam com essa medida a > manifestar, de forma serena mas firme e fundamentada, o seu desagrado, quer > a nível individual, quer através das instituições em que se integram, > escrevendo directamente à Senhora Ministra, por correio, para o Palácio > Nacional da Ajuda, 1300-018 Lisboa, pelo fax nº 21 364 98 72, ou através do > e-mail do seu adjunto, lmachado@mc.gov.pt, que coordena o grupo de trabalho > encarregado de preparar as fusões naquele ministério. > > Embora haja directivas superiores para proceder à fusão e à extinção de > institutos, não se compreende como é que o actual governo do PS pretenda > extinguir um instituto que foi criado em 1997 pelo anterior governo desse > mesmo partido, para dar maior eficácia à actuação do Estado numa área com > uma especificidade muito própria, tanto mais que se trata de um instituto > que obedece a um modelo que corresponde inteiramente ao que se pretende > agora adoptar na administração pública, para a agilizar: tem um quadro de > pessoal muito reduzido mas altamente qualificado e polivalente. Com efeito, > a maior parte dos seus actuais colaboradores, apesar de bastante jovens, têm > formação de nível superior (licenciatura, mestrado ou doutoramento), e os > funcionários administrativos, técnicos e auxiliares são reduzidos ao mínimo, > devido à polivalência dos técnicos superiores. > > Acresce ainda que o IPA, além de possuir o melhor laboratório do país na > área da paleoecologia humana e uma das melhores bibliotecas, oferecida pelo > Instituto Arqueológico Alemão, conseguiu ao longo de quase uma década de > existência, através das suas extensões territoriais, uma forte implantação a > nível regional e uma ligação em rede com as restantes infraestruturas > arqueológicas espalhadas por todo o país. É obvio que o IPA não será uma > instituição perfeita, mas não seria mais rentável para o país, reajustar as > suas atribuições e procedimentos, em função da experiência dos últimos anos, > concentrando neste Instituto todas as atribuições no domínio da gestão do > património arqueológico, transferir para o seu quadro os arqueólogos e > técnicos de arqueologia que estão escandalosamente subaproveitados no IPPAR > e integrar nesse quadro os colaboradores mais qualificados do IPA, que > exercem funções há longos anos num regime de precariedade insustentável? > Compreende-se a preocupação do Governo no sentido de agilizar a pesada > máquina administrativa do Estado, engordada ao sabor dos interesses das > clientelas partidárias, fundindo instituições cujas funções se sobrepõem. > Mas se existe sobreposição de funções, no domínio do património, é > seguramente entre o IPPAR e a DGEMN, ambas com responsabilidades no domínio > do património construído, com delegações regionais em Lisboa, Porto, Coimbra > e Évora, com dispendiosas revistas semestrais, com sites na Internet e bases > de dados sobre monumentos, competindo há longos anos entre si, como se de > empresas privadas se tratasse, junto das autarquias e outras entidades > públicas e privadas para obterem contratos de prestação de serviços. Porque > não se fundem então estas duas instituições? Será legítimo continuar a > sobrepor interesses e ambições pessoais de alguns à eficácia da utilização > de recursos que a todos pertencem? > > > > Com as melhores saudações, > > > > José Morais Arnaud > > Presidente da Direcção da > > Associação dos Arqueólogos Portugueses > _______________________________________________ > Archport mailing list > Archport@lserv.ci.uc.pt > http://lserv.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport > > > >
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