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[Archport] FW: Fusões (?): Noticias


•   To: "Pedro Barros" <pbarros@ipa.min-cultura.pt>
•   Subject: [Archport] FW: Fusões (?): Noticias
•   From: "Pedro Barros" <pbarros@ipa.min-cultura.pt>
•   Date: Mon, 30 Jan 2006 15:15:40 -0000

 


De: Pedro Barros [mailto:pbarros@ipa.min-cultura.pt]
Enviada: segunda-feira, 30 de Janeiro de 2006 11:03
Assunto: Fusões: Noticias

 

 

Ministra da Cultura apresenta reestruturação aos directores dos institutos

A reestruturação dos organismos públicos na área da Cultura tem vários cenários,
uns mais ambiciosos do que outros. O ministério não comenta, mas Isabel Pires de Lima reúne hoje
com os responsáveis pelos institutos sob a sua tutela.
Por Isabel Salema e Lucinda Canelas

A ministra Isabel Pires de Lima reúne hoje com os directores dos organismos que tutela para discutir o plano de actividades de 2006 e para apresentar uma proposta de reestruturação na área da Cultura. Em cima da mesa estará o esboço de um documento que deverá ser levado a Conselho de Ministros e que resulta do trabalho de uma comissão de avaliação encarregue de fazer um diagnóstico dos institutos públicos ligados ao sector, no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado.
A reorganização no Ministério da Cultura (MC) levou a que, nos últimos meses, tivessem sido considerados diversos cenários, uns mais ambiciosos do que outros. Fusões de organismos, colaborações interministeriais envolvendo o Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar) e a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) ou a criação de uma mega-estrutura para gerir todos os bens culturais foram equacionadas.
Nos bastidores, temem-se as medidas que levarão ao despedimento de funcionários, em caso de duplicação de funções, num cenário de reagrupamento de serviços que abranja, por exemplo, o Ippar e o Instituto Português de Arqueologia (IPA), ambos com arqueólogos nos seus quadros.
O mais minimal dos cenários junta o Ippar ao IPA e o Instituto Português dos Museus (IPM) ao Instituto Português de Conservação e Restauro (IPCR). É esta a hipótese que parece estar a ser mais trabalhada e poderá ser apresentada em Conselho de Ministros, enquanto a mais ambiciosa, que juntava estes quatro institutos num só, terá perdido terreno. Um terceiro cenário, que passava também pela fusão da Biblioteca Nacional com o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, chegou a ser perspectivado, mas terá sido retirado.
As várias perspectivas estão a ser discutidas por um grupo de trabalho composto por Luís Machado, do gabinete da ministra, Rui Ferreira e Silva, do IPCR, Ana Araújo, do Ministério da Saúde, e Isabel Ferreira, da Inspecção-Geral da Aministração Pública, segundo a assessora de imprensa da ministra, Maria de Céu Novais. O MC não comenta a reestruturação, até esta ser aprovada pelo Governo. O mesmo acontece com os directores dos institutos.
Algumas destas propostas, como a fusão Ippar-IPA, foram já discutidas no passado, sob proposta do Governo de Durão Barroso, e mereceram forte contestação por parte dos arqueólogos. Pedro Roseta, então ministro da Cultura, manteve o projecto, mas a sua sucessora, Maria João Bustorff (ministra no Governo Santana Lopes), voltou atrás.
1º Cenário
Ippar + IPA e IPM + IPCR
O cenário de que se fala mais propõe duas fusões: a do Ippar (cerca de 1000 funcionários) com o IPA (130 trabalhadores) e a do IPM (690 funcionários) com o IPCR (70 funcionários).
Ao mesmo tempo que se fundia o património arquitectónico com a arqueologia, sairia do Ippar a execução das obras de conservação e reabilitação dos monumentos classificados para se juntar aos serviços semelhantes da DGEMN, um organismo que está fora do MC.
O futuro da DGEMN neste cenário ainda não é claro. Com o Governo de Sócrates, esta direcção-geral transitou para o Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território, mas já tinha saído com o Governo de Santana Lopes das Obras Públicas para o das Cidades.
O cenário da saída das obras do Ippar - onde ficaria a salvaguarda (como a classificação e emissão de pareceres) e a gestão e valorização dos monumentos - poderia ser uma estratégia para que este organismo, que já foi uma jóia da coroa do Ministério das Obras Públicas, aceitasse mais facilmente a sua integração no MC. Mas também é possível que a DGEMN volte às Obras Públicas ou continue onde está, sob a alçada do secretário de Estado do Ordenamento do Território, João Ferrão.
Na segunda fusão, juntam-se os 28 museus da administração central ao organismo que faz a conservação e restauro, enquanto do IPM transita meia dúzia de museus para as autarquias.
Os museus seriam entregues às autarquias num movimento global de descentralização de organismos da administração central. Fora do IPM, podem ficar os museus da Guarda, de Terras de Miranda, dos Biscainhos (Braga), do Abade de Baçal (Bragança), Joaquim Manso (Nazaré) e Francisco Tavares Proença Júnior (Castelo Branco).
Do IPCR, podem transitar algumas especialidades, que este instituto acumula com instituições como a Torre do Tombo, a Biblioteca Nacional ou o Ippar. A conservação e o restauro de papel, azulejo e talha são algumas delas.

2º Cenário
O Instituto dos Bens Culturais
O segundo cenário, mais ambicioso mas também potencialmente polémico, poderia passar por uma espécie de recriação do velho Instituto Português do Património Cultural (IPPC), extinto em 1992, juntando na mesma casa o património imóvel e o móvel. Neste novo organismo, que se chamaria Instituto dos Bens Culturais, caberiam o Ippar, o IPM, o IPA e o IPCR.
Essa hipótese parece ter perdido terreno nos últimos tempos, a favor do menos ambiciosa. A DGEMN também não entraria nesta megafusão. O seu futuro seria semelhante ao do primeiro cenário, podendo passar pela criação de uma direcção-geral dedicada às obras, com as empreitadas do Ippar e da DGEMN juntas num só organismo.

3º Cenário
Biblioteca Nacional + Instituto do Livro
A fusão ou integração do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB) na Biblioteca Nacional (BN) foi discutida, mas terá sido retirada. Este cenário existia ao lado dos dois primeiros.
O IPLB, com cerca de 60 funcionários, desenvolve o programa das bibliotecas, mas também o apoio à edição, à leitura e à internacionalização. A BN, com cerca de 300 funcionários, tem como missão preservar no seu acervo o património bibliográfico português.
Esta não seria a primeira vez que os dois organismos estariam fundidos. Avançada com a Secretaria de Estado da Cultura de Santana Lopes, foi efectiva entre 1992 e 1997.

DGEMN e Ippar já colaboram

 


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