[Archport] Tomar

[antoniovalera@era-arqueologia.pt]

No dia 27 de Setembro foi publicado na Archport
um texto assinado por Carlos Batata onde se afirma, entre outras passagens,
que:
 
a) a âdestruiÃÃo de vestÃgios arqueolÃgicos
em Tomarâ, referindo ainda que se estava a âabrir uma grande vala de
saneamento no centro desta rua, apenas com acompanhamento arqueolÃgicoâ,
perto (1,5 m) de vestÃgios arqueolÃgicos jà escavados.

b) âO arqueÃlogo da empresa contratada (de
que nÃo revelo o nome, por enquanto) nÃo encontrou qualquer vestÃgio arqueolÃgico.
Pudera! Com uma giratÃria gigante a escavar estruturas frÃgeis, nÃo admira!â
 
c) âIPA Central foi contactado de imediato
por nÃs, a quem solicitÃmos a paragem da obra, para averiguar que vestÃgios
existiam no corte.
 A resposta foi
lacÃnica e cordata. Iam là mandar os seus tÃcnicos para averiguar. Mas
pelo que sabemos, as diligÃncias estÃo a ser feitas muito lentamente, e
quando là chegarem jà nÃo hà nada para contar.â

d) âAlguÃm cometeu um erro grosseiroâ

Em face deste texto, a ERA Arqueologia S.A.
vem prestar os seguintes esclarecimentos:

1) A Era Arqueologia à a empresa responsÃvel pelo acompanhamento arqueolÃgico em questÃo, o qual se iniciou na quarta feira dia 20-9-06, foi interrompido por paragem da obra nesse mesmo dia e retomado na sexta feira dia 22-9-06 quando aquela se reiniciou. O arqueÃlogo contratado pela ERA para a realizaÃÃo deste trabalho encontra-se devidamente autorizado pelo IPA e està permanentemente em obra e devidamente identificado (colete com identificaÃÃo da empresa), acompanhando os trabalhos de remoÃÃo mecÃnica de terras. No mesmo dia, a ERA solicitou ao IPA as coordenadas e informaÃÃo de todos os sÃtios referenciados na Ãrea do projecto.

2) O arqueÃlogo contratado pela Era nÃo foi contactado pelo Dr. Carlos Batata, nem para pedir informaÃÃes nem para as fornecer, pelo que nÃo se percebe como à que se afirma que o arqueÃlogo nÃo encontrou qualquer vestÃgio.

3) A vala, no dia 26-09-06, dia que o Dr. Batata diz ter ali passado, nÃo estava a ser aberta junto Ãs estruturas escavadas (a 1,5 m como se diz). Apenas se tinha levantado o pavimento de paralelos em toda a extensÃo da rua e se tinha iniciado a abertura num pequeno troÃo (inferior a dez metros), ainda afastado das referidas estruturas.

4) Atà ao dia de ontem (dia 27), a vala aberta apenas abrangeu a Ãrea de um grande colector de Ãguas fluviais que està a ser substituÃdo e um esgoto. Toda a escavaÃÃo foi feita, portanto, em terras recentemente revolvidas, nÃo existindo quaisquer vestÃgios arqueolÃgicos. Mais, a obra nÃo vai à profundidade da totalidade do terreno revolvido, estando a colocar tubagem sobre infra-estruturas de esgoto anteriores. à falso, portanto, que tenha existido destruiÃÃo de vestÃgios arqueolÃgicos.

5) Contudo, e face Ãs acusaÃÃes feitas no dia 27-09, a ERA fez deslocar hoje de manhÃ, dia 28-09, o coordenador do trabalho ao local, solicitando a presenÃa da fiscalizaÃÃo do IPA, a qual jà là tinha estado no prÃprio dia 27. De facto, a presenÃa do IPA foi praticamente imediata, disponibilizando-se para voltar no dia seguinte, mesmo tendo logo verificado que nÃo existia qualquer afectaÃÃo de patrimÃnio. o que voltou hoje a verificar.

6) No dia de hoje, a abertura vala prosseguiu ao longo da rua, na direcÃÃo da Ãrea onde estÃo as estruturas arqueolÃgicas preservadas. Foi identificado um muro moderno, jà cortado pelas infra-estruturas anteriores e que se prolonga aparentemente de forma paralela relativamente aos colectores em substituiÃÃo. A obra està a ser orientada de modo a seguir esses colectores antigos e nÃo afectar o referido muro ou outras estruturas arqueolÃgicas. O que surgir nos cortes antigos, abertos para a implantaÃÃo das infra-estruturas em substituiÃÃo, serà registado, mas nÃo afectado. Caso haja necessidade de afectaÃÃo à prÃtica da ERA solicitar a presenÃa do IPA para avaliaÃÃo da situaÃÃo e decisÃo do procedimento a seguir.

7) Fomos informados pelo IPA que a documentaÃÃo enviada pelo Dr. Batata à referente Ãs suas prÃprias escavaÃÃes e aos cortes que efectuou, nÃo reflectido a realidade da obra em curso que, embora seja muito prÃxima, està a ser feita dentro de limites jà afectados pela colocaÃÃo, hà algumas dÃcadas, das estruturas agora em substituiÃÃo.

8) Parece, de facto, ter existido um erro grosseiro, mas da parte de quem, certamente por voluntariosa preocupaÃÃo com o patrimÃnio, nÃo se procurou informar antes de acusar. Quando estas situaÃÃes ocorrem, Ã frequente a acusaÃÃo transformar-se em difamaÃÃo, as quais, como sabemos, dÃo direito a desagravos e indemnizaÃÃes. Neste sentido, a ERA Arqueologia S.A. reserva-se o direito de actuar judicialmente contra quem publicamente produzir declaraÃÃes falsas que a possam prejudicar social e comercialmente.

Face ao exposto, a ERA irà solicitar à AssociaÃÃo Profissional de ArqueÃlogos, da qual o Dr. Batata à associado, um esclarecimento sobre as implicaÃÃes da conduta deste arqueÃlogo neste caso face ao estabelecido no CÃdigo DeontolÃgico daquela associaÃÃo.

Farà chegar igualmente uma cÃpia deste esclarecimento à DirecÃÃo do Instituto PortuguÃs de Arqueologia, assim como à entidade que està a realizar a obra.


ERA Arqueologia SA.
CÃ. de Santa Catarina, 9C, 1495-705 Cruz Quebrada - Dafundo
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