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Também de "O Público" de hoje: Cultura é o terceiro contribuinte para o PIB português Qual é a importância da cultura e criação no produto interno bruto, PIB, português? 1,4 por cento, diz o relatório da União Europeia A Economia Cultural na Europa, apresentado ontem em Bruxelas. Isto significa que a cultura - aqui entendida num sentido lato (ver caixa) - é o terceiro principal contribuinte para o PIB português (dados de 2003), logo a seguir aos produtos alimentares e bebidas, e aos têxteis (1,9% cada). A divisão feita no estudo da União Europeia (UE) inclui oito grandes sectores económicos e a lista, para o caso português, termina assim: 0,8 % do PIB vem do sector químico e fibras sintéticas; 0,7% das maquinarias e equipamentos; 0,6% do imobiliário e 0,5% cada para a informática e o sector dos plásticos e borracha. Mas que retrato fica da economia cultural e criativa portuguesa? Em concreto, os números do volumoso estudo (tem 334 páginas) mostram um Portugal cultural susceptível de várias interpretações, com alguns dos piores valores da Europa dos 25, mas, ao mesmo tempo, com crescimentos destacados pelos próprios autores. A Economia Cultural na Europa revela que, entre 1999 e 2003, o contributo do sector cultural para o PIB português cresceu 6,3% (é impressionante ver o crescimento da contribuição da cultura para as economias do Leste: a Lituânia cresceu 67,8%, a República Checa 56%, a Letónia 17%, a Eslováquia 15,5%). Em Portugal, o volume de negócios do sector cultural aumentou a uma taxa média anual de 10,6% entre 1999 e 2003, o dobro da média global da União Europeia - 5,4%. De novo, os mais dinâmicos são os países do Leste. Com 1,4% de PIB, Portugal está num grupo de países que contribuem com 1 a 2% para as suas economias: Grécia, Hungria, Irlanda, Letónia, Lituânia, Polónia, Bulgária, Roménia e Áustria (que tem a percentagem mais elevada deste subgrupo: 1,8%). Numa visão global, a França, a Itália, a Holanda, Noruega e Grã-Bretanha são os países cujos sectores culturais e criativos têm as contribuições mais altas para os seus PIB. São os cinco maiores países da União Europeia que contribuem com três quartos da economia do sector cultural e criativo da Europa. Poucos universitários No retrato mais negro, Portugal é, por exemplo, o país com menos universitários a trabalhar no sector da cultura: 31,9%. Dos 25, só sete países têm menos de 40% de universitários na cultura e criação (Áustria, Eslováquia, Itália, Malta, Portugal, República Checa e Suécia). Portugal e Malta são os países com maior percentagem de trabalhadores que não fizeram, sequer, o secundário. A União Europeia não consegue encaixar Portugal em nenhum dos três grandes modelos da economia cultural que identifica: não está no modelo britânico (o das indústrias criativas), nem no francês (indústrias culturais), nem no nórdico (economia da experiência). Não é claro se esta ausência tem a ver com falta de dados nas mãos da União Europeia, ou com falta de posicionamento político de Portugal. Ontem, em Bruxelas, a directora-geral da Cultura da Comissão Europeia, Odile Quintin, elogiou, segundo a agência Lusa, o Programa Operacional de Cultura português, o primeiro da UE. Bárbara Reis
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