Não diminuindo esta nossa incapacidade em tratar bem do património construído, acho caricata essa "irritação" espanhola, tendo o que fizeram na ponte, também ela internaciona, da Ajuda.... "Correio da Manhã, 2006-11-23 Ruínas: Monumento que ligava Elvas a Olivença Populações exigem ponte recuperada por Alexandre M. Silva A Ponte da Ajuda, construída em 1520, está em ruínas e assim vai permanecer já que a obra de recuperação foi embargada pelo TribunalOs residentes de Elvas e Olivença mostraram ontem o seu desagrado pelo abandono que os Estados português e espanhol deram à Ponte da Ajuda, monumento construído em 1520 e que se encontra em ruínas. Indiferentes à queixa apresentada em Tribunal pelo Grupo de Amigos de Olivença, que motivou o embargo da remodelação iniciada em 2003 pelo Governo espanhol, as populações querem apenas a recuperação do monumento que atravessa o Rio Guadiana. (...) No centro da polémica está a colocação de um piso de cimento na ponte, algo que segundo Artur Brinquete descaracteriza o monumento. "Pelo menos deviam colocar em cima do cimento as pedras originais que faziam o piso da ponte", sublinhou. António Marques, do Grupo de Amigos de Olivença, explicou ao CM que a providência cautelar apresentada em 2003 "foi importante" para não continuarem a ser cometidas atrocidades na ponte. "Além do Governo espanhol ter iniciado obras num monumento tutelado pelo Estado português e à sua revelia, as mesmas não dignificam o valioso monumento", sublinhou. Na sequência da providência cautelar, o Tribunal da Relação de Évora determinou ao Tribunal Judicial de Elvas a abertura de instrução do processo contra as autoridades espanholas. O grupo pretende que sejam constituídos arguidos pelo crime de dano o Ministério do Fomento espanhol em funções em 2003, os administradores da empresa Freyssinet (responsável pela obra), o director-geral de Estradas e o sub-director-geral de Arquitectura espanhol, e pelo crime de denegação da justiça os presidentes do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e da Câmara de Elvas. O autarca confirmou ontem ao CM que não recebeu ainda qualquer notificação. REACÇÕES "TODOS OS DIAS CAI UMA PEDRA" (Rondão Almeida, Autarca de Elvas) "A ponte está em risco de ruir. Todos os dias cai uma pedra. Está completamente ao abandono desde 2003 e precisa de uma intervenção urgente que vise a sua inteira recuperação. Não comento a queixa apresentada pelo Grupo de Amigos de Olivença." "IMPORTANTE PARA O TURISMO" (Ramón Rocha, Alcaide de Olivença) "Espanha interveio na recuperação da ponte, considerada muito importante para o desenvolvimento do turismo. Houve essa queixa, mas não tenho conhecimento de que tenha havido entidades ou responsáveis constituídos arguidos." Em 18/10/07, Luiz Oosterbeek <loost@ipt.pt> escreveu: > > > É, de facto, uma situação muito grave, inclusivamente porque se trata de um bem situado na fronteira, o que constitui, por parte do noso País, uma violação dos direitos do estado Espanhol. Foi no País vizinho, aliás, que soube do problema, devido à irritação dos responsáveis de lá pela irresponsabilidade lusa para como que entendem ser, também, o seu património. > No mínimo, não "ficamos bem na fotografia", sendo que o mais grave, obviamente, são os danos bjectivos que se impuseram à estrutura. > > Luiz Oosterbeek > --------------------------------------------------------- > Secretary-General > UISPP - International Union of Prehistoric and Protohistoric Sciences > Instituto Politécnico de Tomar > Av. Dr. Cândido Madureira 13 > P - 2300 TOMAR > tel. (+351) 249346363; fax (+351) 249346366 > > www.uispp.ipt.pt > www.ipt.pt > www.cm-macao.pt/~museu/ > > -------------------------------------------------------------- > Este E-mail, incluindo os seus anexos, dirige-se exclusivamente ao(s) destinatário(s) indicado(s). Contém informação para um fim específico, com carácter confidencial, ou reservado, protegido pela legislação adequada. Se recebeu este e-mail por engano, solicitamos o favor de comunicar tal, por reply, assim como a eliminação imediata de toda a informação nele contida. > > ----- Original Message ----- > From: Pedro Pina Nóbrega > To: archport > Sent: Wednesday, October 17, 2007 3:13 PM > Subject: [Archport] Ponte Romana de Segura > > > > Idanha-a-Nova > > > Reparação de ponte romana com cimento é "grave" > > > > > > > O director regional da delegação de Castelo Branco do ex-IPPAR classificou como "muito grave" a reparação com cimento de uma ponte romana na região. > > A Ponte de Segura (concelho de Idanha-a-Nova) mantém a estrutura base de origem romana, apesar do tabuleiro já ter sido reconstruído séculos depois. Em declarações à agência Lusa, o director do ex-Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), José Afonso, referiu que a ponte liga Portugal e Espanha sobre o Rio Erges e "é gerida pela empresa Estradas de Portugal, responsável pela obra de reabilitação e reforço estrutural da estrutura". > "Foi feito o revestimento de algumas sapatas com cimento, que é o maior veneno do património, da arquitectura e construção tradicional. É um processo irreversível. Aliás, em contacto com a humidade ou chuvas, forma um ácido que ataca a pedra", lamentou. > Segundo aquele responsável, devia ser usado "o mesmo tipo de cimento que era fabricado pelos romanos", mantendo os materiais ancestrais. "Trata-se de património importante, só que não está classificado. É uma ponte internacional e para a classificar é preciso envolver entidades dos dois países, o que tem representado alguma dificuldade", explicou José Afonso. > De acordo com o responsável, "ao não estar classificada, legalmente não é necessário haver comunicação ao Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) para intervir naquela construção romana". "Mas devia haver prudência, sentido de responsabilidade e cidadania da parte dos técnicos no sentido de cuidar bem de uma ponte que, independentemente de estar classificada ou não, é património histórico de todos", sublinha. > José Afonso admite que outros casos semelhantes possam ocorrer, porque, "em Portugal, os técnicos envolvidos nestes trabalhos continuam a agir sem sentido de responsabilidade". Por outro lado, "a legislação nestes casos devia ser mais simples e o Estado devia actuar mais depressa quando se detectam os problemas". > Sem formas legais de actuar, José Afonso considera importante lançar o alerta sobre a situação. "Acho que a própria Estradas de Portugal já foi alertada e está a par do problema", refere. Apesar das diversas tentativas, a Agência Lusa não conseguiu obter esclarecimentos da Estradas de Portugal. > http://www.asbeiras.pt/?area=cbranco&numero=50642&ed=17102007 > > ________________________________ > > _______________________________________________ > Archport mailing list > Archport@ci.uc.pt > http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport > > > > _______________________________________________ > Archport mailing list > Archport@ci.uc.pt > http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport > >
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