Re: [Archport] Porque não um acordo entre as várias empresas?!

[Alexandre <no.arame@gmail.com>]

Recordo que a concertação do mercado e o cambão são práticas punidas por lei e pelas entidades reguladoras, geralmente com mão bem pesada.

 

 

Acho que malta da arqueologia anda a precisar de umas cadeiras de economia nos cursos....

 

 

2008/3/6, Joao Paulo Pereira <Joaop@inag.pt>:

E os grandes defensores da economia de mercado (leia-se capitalismo terrorista) ficam de férias ? …

 

João Paulo Pereira

 

Nota: Esta mensagem não implica qualquer compromisso de qualquer tipo da instituição.

 

 

 

 

---------- Mensagem encaminhada ----------
From: "Nuno Garcia" <nunoedgarcia@gmail.com>
To: <Archport@lserv.ci.uc.pt>
Date: Thu, 6 Mar 2008 14:52:05 -0000
Subject: [Archport] Porque não um acordo entre as várias empresas?!

É essencial não deixar morrer o debate, sem dúvida! Contudo, seria essencial, também, mantê-lo o mais circunscrito e concreto possível, isto é, devemos evitar devaneios ideológicos e discutir a questão a um nível mais palpável: salários, empresas e concorrência.

A verdade é que existem empresas que contratam arqueólogos ou assistentes pagando o justo; outras que pagam o justo, embora a recibos verdes; e outras que consideram os salários como despesas, por isso procuram pagar o menos possível. Estas últimas constituem o elemento cancerígeno que contamina tudo o resto: são os agentes destabilizadores que promovem a concorrência desleal. A verdade é que as empresas "justas" se deixam arrastar numa espiral de preços baixos (logo salários baixos), pois se não o fizerem (algumas não o fazem!) perdem concursos e correm sérios riscos. Tais preços desacreditam a nossa profissão junto das entidades promotoras.  

A solução – provisória mas de rápida implantação – encontrar-se-ia numa simples reunião de todos os empresários que trabalhem em Arqueologia. Juntos chegariam a um tabelamento justo de salários (o que foi proposto neste forum, por exemplo). A partir desse momento o valor dos salários deixaria de contar como "factor de desempate" na avaliação dos orçamentos. Encontrar-se-iam outros itens para fazer a diferença, já que existem tantos. Isto, claro, sem esquecer que uma empresa vive do lucro!

Concluindo: o trabalhador, arqueólogo ou assistente, não pôde viver com a oscilação salarial que se verifica hoje em dia na Arqueologia. TEMOS UMA BELA PROFISSÃO: TEMOS QUE RESPEITÁ-LA.

 

Um abraço

 

Nuno Garcia   

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