A propósito da mensagem de Raquel
Policarpo e da sua pergunta sobre o que fazer, creio que uma parte da resposta
estará no aproveitar de todas as oportunidades que nos são proporcionadas.
Nesse sentido, tomo a liberdade de
recordar que está em curso um programa de debates nacional e descentralizado
que pode contribuir para fazer avançar esta situação para um patamar mais
positivo.
Refiro-me ao ciclo “A Arqueologia em
Revista”, promovido pelo Centro
de Arqueologia de Almada, com o apoio da Associação Profissional de Arqueólogos e da Associação dos Arqueólogos Portugueses, entre outros, na sequência
da apresentação do N.º 15 da revista Al-Madan.
O primeiro desses debates já se realizou,
em Lisboa, no passado dia 1, com assinalável êxito.
O segundo decorre precisamente amanhã, no Porto (Palacete dos Viscondes de Balsemão, Praça Carlos Alberto,
71, com início às 10 horas).
E seguir-se-ão três outros: Faro (dia 15
de Março), Beja (29 de Março) e Conimbriga (5 de Abril).
O programa detalhado está no site da revista (http://www.almadan.publ.pt), e aí também
se tem acesso a um blogue de opinião e comentário.
Por isso, resta-me renovar o convite para
que todos interessados aproveitem a oportunidade criada, acorrendo a algum dos
locais programados ou participando no debate online.
Esta é uma coisa que podemos fazer agora.
Cumprimentos para tod@s.
Jorge
Raposo
Revista
Al-Madan -- Direcção
Centro de Arqueologia
de Almada
Apartado EC 603 Pragal
2801-601 Almada
Tel. / Fax: 212 766 975
Telm.: 96 735 48 18
E-mail: director.almadan@clix.pt
Al-Madan
Online em http://www.almadan.publ.pt
Informação
estática sobre os volumes
editados e Adenda
Electrónica
Informação
dinâmica de actualização
frequente [Agenda
de Eventos]
Blogue de debate dos conteúdos da revista e de temáticas similares
-----Mensagem original-----
De: archport-bounces@ci.uc.pt
[mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de
Ana Raquel Augusto Policarpo
Enviada: sexta-feira, 7 de Março
de 2008 10:16
Para: archport@ci.uc.pt
Assunto: [Archport] Estado
da arqueologia e afins
Caros colegas,
Ao longo de quatro anos de faculdade várias foram as disciplinas cujo programa
começava com uma revisão informal da História da Arqueologia em Portugal. Nela
aprendíamos quais foram os primeiros investigadores, os primeiros arqueólogos,
os primeiros organismos oficiais de regulamentação da nossa área. E ouvíamos
também falar de tempos em que os arqueólogos se juntaram e conseguiram a
aprovação de uma lei do património, de uma instituição reguladora, da
preservação de uma estação arqueológica vs. barragem hidroeléctrica.
Nós, os mais novos, não nos lembramos ou não participámos desses primeiros
tempos em que tudo estava ainda mais desorganizado do que agora. Mas depois de
alguns anos de status
quo, parece que chegámos novamente a uma altura em que
podemos juntar-nos e proporcionar um novo passo à Arqueologia e Património
portugueses. Só não sabemos como. Infelizmente, porque somos dos principais
interessados, e afectados, nos dias que correm.
Nos últimos dias assistimos nesta lista a uma discussão inteiramente pertinente
e legítima. Estranhamente, estamos todos de acordo:
- é necessário criar condições para evitar o crescente desprestígio e falta de
condições da profissão e dos profissionais de Arqueologia;
- é necessário regular oficialmente os graus das carreiras;
- é necessário criar melhores condições de vínculo laboral, que conduzam a um
maior profissionalismo por parte de empresas e arqueólogos/técnicos;
- é necessário definir valores salariais médios realistas que incluam as
despesas e os condicionalismos inerentes ao nosso tipo de vida profissional e
que evitem a concorrência desleal entre empresas;
- é necessário criar condições para que a distriuição de empregos e o contacto
entre empregadores e candidatos se faça de forma organizada e justa (o site do
BAJR é um excelente exemplo de que tal é possível);
- é necessário que tudo isto seja feito de forma oficial e vinculativa e,
finalmente,
- é importantíssimo não deixar esta questão morrer nas "paredes"
deste fórum.
Mas... e agora? O que fazemos a seguir?
Esperamos que alguém do Igespar ou do governo leia os nossos posts e decida
agir? Criamos uma petição que enumere as nossas preocupações e enviamos a quem
de direito? E quem o tem? O Igespar, o Ministério da Cultura?
Organizamos uma reunião entre todos os interessados de onde saia um documento
que enuncie os nossos pedidos/exigências e um "plano de acção" para
os concretizarmos? E quem organiza essa reunião? O Igespar, a APA? E neste
caso, seria útil que todos contactássemos estas instituições no sentido de
pedirmos a organização de um tal encontro? Ou devemos esperar que tal aconteça
por si, um destes dias?
Eu, recém-licenciada, leitora atenta da discussão dos últimos dias e parte
integrante da situação que nela se descreveu, não sei a resposta a estas
questões. Posso ser ingénua ao colocá-las, mas prefiro pensar que, após
discutirmos este assunto e verificarmos que estamos de acordo, poderemos
realmente fazer
algo. Resta a pergunta... e agora?
Raquel Policarpo
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