[Archport] (sem assunto)
Raramente me pronuncio neste veículo de informação, criado com o objectivo de
debater problemáticas relevantes da arqueologia. Porém, sendo eu uma das
criadoras da Archport, considero que desta vez me devo pronunciar sobre o modo
como se tem desenvolvido o ?dialogo? acerca de um artigo de opinião de
Miguel Sousa Tavares.
Se Miguel Sousa Tavares se pronuncia sobre um assunto sobre o qual não está
devidamente informado, porquê abdicar de encontrar um modo de esclarecê-lo em
vez de pretender insultá-lo ou ridicularizá-lo? Parece-me que o carácter
mais ou menos insultuoso e escarnecedor com que se manifesta discordância do
texto de Miguel Sousa Tavares é completamente desajustado. Não porque tome
partido pela opinião de Miguel Sousa Tavares, mas porque creio que o conteúdo
intolerante de boa parte das opiniões aqui formuladas não tenha qualquer
préstimo para contrariar a opinião formulada e, menos ainda, para o debate
sobre Foz Côa que, tal como outros projectos públicos, se legitima em
Democracia e se torna uma exigência de coerência quando se reconhece que
franjas importantes da sociedade se não reconhecem nele.
Enquanto co-responsável pela Archport sentir-me-ia mais confortável se visse,
como noutras situações aconteceu, um aproveitamento deste espaço para
veicular um debate sobre as razões da dificuldade em conseguir a adesão de
sectores da populaçãoas a certas questões da Arqueologia portuguesa. Entre
elas, naturalmente, o projecto de Foz Côa.
M. Conceição Lopes