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Re: [Archport] "Geoarque - Todos sabiam e todos se calaram"

Subject :   Re: [Archport] "Geoarque - Todos sabiam e todos se calaram"
From :   "Joao Paulo Pereira" <Joaop@inag.pt>
Date :   Mon, 15 Sep 2008 10:56:10 +0100

Não estou calado. Cheguei de férias.

Mas duvido que essa empresa tenha tido o monopólio das estradas … pelo menos eu fiz alguma coisa para lá nessa época … ou será que não fiz ?

 

 

João Paulo Pereira

 

PS.: O conteúdo desta mensagem não implica qualquer responsabilidade da instituição.

 

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To :   <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] "Geoarque - Todos sabiam e todos se calaram"
From :   "G M" <grunhosearqueologos@gmail.com>
Date :   Tue, 9 Sep 2008 10:19:21 +0100
Bom dia

Gostaria de partilhar com todos um pequeno pormenor.
 Será que é impressão minha ou perante um caso de extrema gravidade, com contornos de acção judicial e de investigação criminal, este espaço de discussão calou-se repentinamente? Incómodo silêncio ou simples coincidências?
Mas como "não há coincidências", no mínimo dos mínimos, esperava que a comunidade empresarial e cientifica já tivesse vindo a público repudiar veemente deste caso, que nada dignifica a Arqueologia Portuguesa.
Ou será que estamos perante um dos muitos casos do " Não digo nada porque amanhã posso ser eu??"
Para além disso acho muito estranho que a Geoarque, empresa que usa este espaço frequentemente com o intuito de contratação de mão de obra, não tenha sequer emitido um comunicado a explicar ou repudiar esta situação. 
Será que estamos perante um dos mais belos ditados populares portugueses? Quem cala consente?
Depois do Côa este é o mais grave escândalo que já surgiu no nosso país envolvendo contornos pouco claros que deveriam levar a uma investigação do Ministério Público de forma a avaliar se existiram casos de conluio, tráfico de influências, peculato e abuso de poder.
E neste caso o que pode fazer o IGESPAR? e a APA? abrir uma investigação? e se se provar que de facto estes casos aconteceram, quais as penalizações para a empresa? 
Por tudo isto é necessário repensarmos o meio empresarial e até a própria tutela. 
Pela transparência da arqueologia portuguesa e dos seus profissionais, independentemente do seu vinculo (tutela, associações profissionais, empresários, colaboradores, investigadores e professores universitários) é necessário uma reacção rápida no sentido de repor a credibilidade deste meio, reorganizando a legislação em vigor, pensando-a de uma forma empresarial e criando molduras legais que sustentem as acções e reponham a verdade.
Ser arqueólogo nos dias de hoje não é andar atrás do prejuízo, ou das máquinas, nem fazer manifs contra a destruição do património, ou arranjar uma catrafada de palavrões técnicos e falar de cátedra para meia dúzia de eleitos iluminados. 
Ser arqueólogo é criar respeito por uma profissão e ciência. É darmo-nos a conhecer a nossa actividade, credibilizando-a, chegando e comunicando-a ao grande público. Fazendo pedagogia diariamente e mostrar o nosso valor profissional e cientifico. 
É crescermos todos os dias, seriamente e honestamente, como pessoas e empresas.
Por tudo isto... este silêncio cúmplice, ou não, vai durar até quando?
Atenciosamente
Gonçalo Bettencourt

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