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[Archport] Incúria no Monte Molião: Resposta da Arqueóloga Municipal

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Incúria no Monte Molião: Resposta da Arqueóloga Municipal
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Tue, 17 Feb 2009 11:14:42 -0000

 
----- Original Message -----
Sent: Tuesday, February 17, 2009 10:43 AM
Subject: Incúria no Monte Molião: Resposta da Arqueóloga Municipal

Ao «Turista» que, sem se identificar, resolveu acusar-me de negligência a propósito do sítio arqueológico de Monte Molião,

É falso que as águas tenham destruído os muros na área escavada. A fotografia  que V. apresenta corresponde ao talude, um corte aberto no cabeço para construir o arruamento (há 20 anos !). Os leitores podem comprovar a fotografia, em plano geral, que junto. V. fotografou um pormenor das ravinas do talude, pretendendo dar uma falsa ideia de que se tratava da área de escavação, supostamente negligenciada pela autarquia, isto é pela arqueóloga municipal.

Quanto a sua proposta de drenagem das águas, a montante da escavação, canalizando-as para a rede de esgotos pluviais da cidade, desconheço quem foi o tal «engenheiro» que o assessorou mas recomendo-lhe que solicite uma opinião a um engenheiro civil «a sério», uma vez que drenar as águas a montante significaria vencer o desnível entre a cota mais baixa, junto do caminho, e o corte da escavação, a montante (desnível de cerca de 2 metros). A manobra não é nem fácil nem pacífica para a salvaguarda das estruturas, e muito menos barata, e só por ignorância poderá recomendar-se. Pois, qualquer desvio a montante originaria o desvio de uma quantidade de água significativa, para zonas até agora fora dessa área de influência, dado que o dito dreno, passando a montante, teria de ser despejado junto do caminho de acesso a uma moradia, uma vez que aqui não há esgotos pluviais, contrariamente ao que, por compreensível ignorância, V. afirma; e isto certamente com enxurradas seria impossível, uma vez que ficaria cortado o acesso e seria contestado, com razão, pelos  proprietários. Para além de que é proibido desviar o curso das linhas de águas se esse desvio provocar danos a terceiros, como seria o caso.

A razão de se ter deixado esta área aberta, já foi esclarecida por mim no passado dia 10 de Fevereiro. Só por má-fé V. insiste neste aspecto.

Como vê, a situação está monitorizada pela autarquia através da sua arqueóloga. E não é uma situação dramática, como V. tenta fazer passar à comunidade arqueológica. Por isso, parecem-me despropositados e maliciosos os seus contínuos ataques à minha pessoa, tratando-me de negligente e descuidada. Se tão preocupado está com o património de Lagos porque é que, em lugar de alertar directamente a autarquia, preferiu divulgar falsidades na archport? A recusa em identificar-se e a sem-razão das suas acusações evidenciam que a sua preocupação não passa pela salvaguarda de qualquer património, mas sim pelo desejo de proceder a um ataque pessoal! E escolhe para tal objectivo um forum de acesso livre, onde é fácil desferir ataques sem necessidade de se identificar. Basta esta constatação para compreender a perfídia da sua intervenção.

Como não pretendo continuar a alimentar esta falsa polémica, dou por encerrada a resposta/esclarecimento ao colectivo deste forum e exorto-o a si a despir a pele de cobarde e identificar-se.

 

Elena Morán

Arqueóloga da Câmara Municipal de Lagos
 
 
 
 

Attachment: Monte Molião 2009 dim.JPG
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