Re: [Archport] Demolições na Av. da India (ex-IPA)
Boa tarde,
quando na semana passada me desloquei ao ex-IPA e referi o clima de pressão vivido,inclusivé a pressão inconcebível exercida aos arqueólogos que lá se deslocavam, era isto a que me referia...algo estaria para acontecer e os olhares de arqueólogos que lá iam eram e são muito incómodos.
O que digo é que gozaram com a nossa cara, pura e simplesmente. Este ministro não presta, esta direcção do IGESPAR muito menos...
Doutor João Pedro Ribeiro e agora!?... viramos costas e vamos embora cabisbaixos?... O acervo?... Que se passa com o acervo?...
É muito triste ser um fantoche nas mãos das construtoras...
Era oportuno juntar-se à manifestação de Quarta-feira e lutar, pelo menos pela dignidade do cargo que exerce...e de quem é representante ou era... pelo menos...!
Jorge Pinho
faziam perceber no que, de facto, se ia passar... A falta de transparência, a tentativa de afastar os olhares mais despertos, etc...
---------------------- MENSAGEM ORIGINAL ----------------------
Contrariamente ao que foi transmitido pela direcção do IGESPAR no dia 9 do corrente mês aos seus funcionários "sitiados" na Av. da Índia, bem como aos órgãos de comunicação social, as demolições neste espaço são efectivamente uma realidade (ver figuras em anexo).
A este propósito, importa destacar as seguintes declarações efectuadas na altura pelo director do IGESPAR, Elísio Summavielle, relativamente às preocupações sentidas pelos funcionários: "as preocupações são infundadas uma vez que o processo está a ser devidamente acompanhado e supervisionado e que as demolições de facto só terão início depois dos serviços serem todos transferidos" (Jornal de Notícias em 12-03-09). O Presidente do IGESPAR garante ainda, no dia Diário de Notícias do mesmo dia "as obras estão numa fase de desmontagem de coberturas".
Verificando-se, neste preciso momento, que as demolições são já um acto consumado, como explicar a garantia dada pelo Director do IGESPAR, na presença do chefe de gabinete do Ministro da Cultura, que os serviços só sairiam quando existisse um espaço condigno para os mesmos? Pergunta-se: perante este ritmo de "desconstrução", um edifício por dia, quanto tempo restará aos funcionários e ao Património Cultural que aí permanecem? É que o protocolo para a sua transferência para a Cordoaria Nacional permanece ainda por assinar (e será que algum dia será assinado?).
Ana Cristina Araújo, Maria Ramalho, Francisco Almeida
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