Re: [Archport] Arte rupestre vandalizada e em risco
As intervenções do Francisco e do António Martinho são bastante importantes.
Em 2003, face aos grandes incêndios que assolaram o País, e especialmente a
região centro, propusemos uma estratégia ao IPA e ao Ministérioda Cultura,
mas nada foi feito. Sendo a questão dos incêndios, infelizmente, recorrente,
seria importante construir uma estratégia nacional, envoilvendo diversas
entidades (não apenas o MC) para minorar os seus impactes. A nossa
experiência em 2003, num contexto em que ardeu cerca de 30% do território,
mostrou que é preceiso pequenas equipas de intervenção rápida nos rescaldos,
treinadas para essa realidade. Pelo nosso lado, estamos disponíveis para
acolher em Mação alguma iniciativa de troca de experiências sobre quadros de
intervenção deste género, já que pensamos que é preciso ir construindo
soluções que envolvam o conjunto dos recursos arqueológicos nacionais, sem
uma dependência estrita dos organismos centrais.
Luiz Oosterbeek
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Secretary-General
UISPP - Internationall Union of Prehistoric and Protohistoric Sciences
Instituto Politécnico de Tomar
Av. Dr. Cândido Madureira 13
P-2300 TOMAR
tel. (+351) 249346363; fax. (+351) 249346366
www.ipt.pt
www.ciarte.eu
www.arqueomacao.tv
----- Original Message -----
From: "Antonio Martinho Baptista" <ambaptista1950@sapo.pt>
To: "Francisco Lemos" <sandelemos@gmail.com>; "ARCHPORT" <archport@ci.uc.pt>
Sent: Wednesday, May 06, 2009 2:00 AM
Subject: Re: [Archport] Arte rupestre vandalizada e em risco
É curioso e muito a propósito! Ontem (2ª feira) ia visitar um pequeno
abrigo decorado com arte esquemática na zona do Côa e não consegui lá
chegar. Toda a a encosta (e o dito abrigo) estavam envoltos em chamas,
numa frente de incêndio de muitas centenas de metros, um fogo quase
seguramente ateado por um pastor a necessitar de pasto para o verão
que aí vem... E este será um dos milhares de fogos que nem entram nas
estatísticas oficiais. Ainda não consegui ver como resistiram as
pinturas! AMB
Em 2009/05/05, às 11:52, Francisco Lemos escreveu:
Não existe qualquer Plano Nacional, pelo menos que eu saiba, para a
protecção e conservação da Arte Rupestre, um recurso endógeno e não
deslocalizável.
O problema não se limita aos vandalismos.
Uma vez que as chuvas de Primavera, essenciais para o equilíbrio
hídrico, têm sido muito escassas este ano, aliás na linha de um
fenómeno sublinhado por Denise Brum Ferreira (Geografia de Portugal,
I volume, edição de 2005) perspectiva-se um Verão com elevado risco
de incêndio. Serão pois afectadas muitas rochas com gravuras,
nalguns casos em definitivo, pois já sofreram vários fogos (no caso
dos eucaliptais com temperaturas elevadíssimas).
Neste quadro a entidade da tutela, em vez de reforçar, extinguiu o
Centro Nacional de Arte Rupestre (ainda não entendi porque motivo).
FSL
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