[Archport] O misterioso assalto á Igreja de Santo António, de Raposa

[Manuel Avó <patricios.alentejanos@gmail.com>]

No site da Paróquia de Santo António, da freguesia de Raposa, no concelho de Almeirím, existe há anos a informação de que a sua igreja foi alvo de um assalto em (Fevereiro) de 2002, durante o qual "desconhecidos" subtrairam uma imagem de "roca" de N. Senhora; uma imagem de S. Sebastião; o Menino Jesus da imagem do Santo António; a corôa de prata da imagem de Nossa Senhora de Fátima; o resplendor de prata de N. Senhor do crucifixo do altar; e vários outros objectos de menor importância.

São divulgadas algumas fotografias das imagens furtadas, e esclarece-se que ainda não foram recuperadas.

http://paroquiaraposa.com.sapo.pt/

Mas consultando o forum dessa paróquia, verifica-se que um indivíduo há vários meses que se lhes dirigiu a informar os responsáveis eclesiásticos da diocese de Santarém de pistas do seu paradeiro que são verdadeiramente um mistério. Não pelas pistas que dá, mas pelo facto de que se a paróquia as considerasse sem fundamento, e da autoria de um difamador, ou tresloucado, as teriam certamente ignorado e não teriam corrido o risco de as exporem:

"Furtos de arte sacra
coordenador do fórum: paroquia_raposa@sapo.pt
 
Caros Senhores

Sobre uma rede internacional de traficantes de obras de arte, antiguidades em geral, e objectos ditos arqueológicos, constituida por dezenas de grupos de ciganos, e seus associados italianos e holandeses, que operou em Portugal durante toda a década de noventa, e até ao final do ano de 2003, a qual, das inúmeras proezas que cometeu, assaltou a Igreja Paroquial de Raposa, e conseguiu vender á direccão do Banco Português de Negócios, uma coleccão de jóias ditas egípcias, contrabandeadas de Espanha, pelo valor de cerca de seis milhões de euros, e vendeu aos museus da Igreja Católica Alemã, centenas de imagens de arte sacra, roubadas no Alentejo, recomenda-se a sua consulta no Fórum Arqueologia, nos tópicos actualmente em apreciacão:
http://arqueologia.informe.com/contrafacn-noo-e-contrabando-de-objectos-ditos-arqueolnigico-dt1431.html http://arqueologia.informe.com/dn-cada-de-noventa-n-poca-de-vandalismo-e-saques-organizad-dt1490.html http://arqueologia.informe.com/policia-espanhola-dt355.html

Do conjunto de objectos de arte sacra furtados da igreja de Raposa em Fevereiro de 2002, uma imagem de S. Sebastião, do século XVIII, e um resplendor em prata do Cristo do altar, e a corôa da imagem de N. Sra. de Fátima, foram recuperados pela GNR de Borba e Vila Viçosa, na madrugada de dia 22 para 23 de Fevereiro de 2003, alegadamente abandonados numa estrada nas proximidades da lixeira de Borba, entre um lote de outras imagens de santos furtados da Igreja de S. Geraldo, da povoação com o mesmo nome, nomeadamente a imagem do respectivo orago, esculpida em pedra de Ançã, do século XIV. Peças que foram entregues pela GNR á Polícia Judiciária (inspectores da 4ª Secção da Directoria de Lisboa), no dia 14 de Março de 2003, por despacho do Ministério Público de Vila Viçosa, e que por razões obscuras ainda não foram devolvidas aos seus legítimos proprietários. Denuncias que já remetemos várias vezes e desde há alguns anos a esta parte, para o senhor páraco, (o actual e o anterior); para o senhor bispo; para a comissão de arte sacra da diocese de Santarém; e para a junta de freguesia de Raposa. Caso o Menino Jesus da imagem de Santo António, seja de madeira estufada, e tenha sido furtado noutra ocasião, em data anterior ao ano de 2002, possuimos informações que poderão contribuir para a sua recuperação. Atenciosamente, os nossos cumprimentos."

Acrescento que em relação á parte final dessa mensagem, a que se refere á data do furto do Menino Jesus, os responsáveis pelo site paroquiano, esqueceram-se de referir que o templo já tinha sido objecto de outro assalto, quando e de onde os "desconhecidos" furtaram dessa vez uma imagem de uma santa originária de um convento em ruinas, da mesma freguesia, e aí colocada por segurança. E que também ainda se encontra desaparecida.

Como os mesmos textos ainda se encontram expostos quer no site, quer no fórum, compreende-se que passados estes meses ainda não foram encetadas pelas autoridades competentes as devidas averiguações, para apuramento dos gravíssimos factos participados.

Porque será !? Alguém tem respostas para este mistério ?