Estimado Manuel de Castro Nunes,
Já noutra ocasião tivemos a oportunidade de
trocarmos algumas ideias sobre este tipo de questões.
Se apresentei a minha resposta no Archport foi
porque a questão aí foi colocada.
Também estou inscrito no Museum e se
a pergunta aí tivesse sido levantada, naturalmente que aí teria
respondido.
Quanto à natureza da pessoa que fez o primeiro
comentário, não a conheço e foi com a maior sinceridade que respondi,
como faço sempre que há um assunto acerca do qual me parece
interessante intervir e sobre o qual estou um pouco mais informado. Não
gosto de mandar "tiros para o ar".
Tem razão no que diz, das Dioceses do Alentejo,
Beja é a que publicou mais cedo os resultados do inventario que foi aí
realizado. Se as peças em Beja estão marcadas ou não, não lhe posso adiantar
nada.
A Arquidiocese de Évora está a proceder ao seu
inventário, cujo grau de execução poderá estar mais ou menos a meio, salvo erro.
Tem uma excelente equipa a realizar esse trabalho, com o apoio financeiro da
Fundação Eugénio de Almeida. O que eu estava a dizer relativamente ao trabalho
de execução dos inventários é que existe uma disparidade entre Dioceses com mais
meios e as Dioceses menos apoiadas, como acontece mais no centro e interior do
país. É do conhecimento público, não se trata de informação privilegiada.
As estatísticas que apresentei são as oficiais. As
relativas ao número de furtos de obras de arte e ao número de obras furtadas
provêem da unidade Works of Art da INTERPOL. Anteriormente essas estatísticas estavam
disponíveis no site da INTERPOL. Agora só se solicitando directamente à
unidade. Já apresentei estes valores em comunicações nas Universidades do
Porto e de Coimbra perante elementos da Polícia Judiciária e não foram
desmentidas.
Como a DIGITRACE é convidada desde 2002 aos
colóquios bianais da INTERPOL sobre tráfico ilícito de obras de arte (o
ultimo foi em Junho de 2008), são também dados apresentados nesses fóruns.
Dizem respeito a queixas apresentadas, o que apenas representa uma parte da
realidade.
Quanto a escavações ilícitas, apenas lhe posso
dizer que é um assunto onde há naturalmente pessoas que estarão melhor
informadas do que eu.
Como diz e muito bem, são exigíveis outros
dispositivos.
Nós, em termos das soluções da nossa
empresa, não temos resposta adequada para essas situações,
senão num ponto preciso: no caso
de trabalhos de remoção preventiva de materiais, os nossos produtos
podem ser utilizados no terreno para uma primeira marcação antes de se passar
para o trabalho de estudo e catalogação desses materiais. Trata-se de um kit
leve e sólido que pode ser utilizado no local de escavação,
composto por elementos de marcação de
segurança.
Por fim, o que eu disse relativamente aos
media e a sua preocupação para com o fenómeno de furto de obras de arte,
apenas mais uma coisa para ser justo: sei, através de jornalistas, que também
não é um tema fácil de tratar porque os proprietários remetem-se geralmente ao
silêncio. Há talvez um excesso de pudor ou receio de novas "visitas", mas
isso é uma consideração minha.
Só para rematar, uma parte importante do nosso
trabalho e que não é vocação propriamente de
uma empresa tem sido a PEDAGOGIA.
Fazemos isso com sentido de responsabilidade e
estamos sempre disponíveis.
Por essa razão, penso, que temos tido uma sensível
boa recepção junto das instituições museológicas, académicas e orgãos de
investigação na matéria
Com os meus melhores cumprimentos,
David Policarpo
Tlm.: 968.264.184
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