[Archport] Faltam 22 dias para a apresentação inaugural do museu ibérico de "arqueologia" em Abrantes.

[Manuel Avó <patricios.alentejanos@gmail.com>]

Com alguma estranhesa observo que o mentor politico da fundação e instalação desse museu, o senhor Presidente da Câmara de Abrantes, no acto da decisão de elaborar um protocolo de cooperação com a Fundação Estrada, proprietária das colecções de artefactos "arqueológicos" e obras de arte sacra, a espinha dorsal desse futuro centro museológico, e em declarações publicas, além de ter salientado que o projecto iria obrigar a reescrever a História (referindo-se á raridade e singularidade e controvérsia de algumas das peças charneira dessas colecções), anuncia, surpreendendo muita gente, que todas as peças estavam identificadas, e que os seus bilhetes de identidade assegurando a veracidade histórica estava garantida !

http://www.omirante.pt/index.asp?idEdicao=51&id=17802&idSeccao=479&Action="">

Já alguma vez se viu isto? Porque é que o principal responsável pela criação de um museu, e da recolha dos fundos necessários para a sua instalação, no dia do anuncio publico desse acto, se sentiu na necessidade de clarificar que os objectos futuramente a expor eram autênticos!? O que é que o terá obrigado a fazer essas declarações? Será que posteriormente ao acordo com a Fundação Estrada, nos gabinetes dos decisores políticos, dos organismos convocados para este projecto, já circulavam rumores sobre a sua autenticidade e legalidade, e foi preciso produzir um comunicado que exorcitasse os piores temores ?

 

Muitos de nós passarão certamente por Abrantes, e nessa altura poderemos contextualizar as declarações do senhor presidente, no entanto outras declarações do autarca e dos responsáveis do Ministério da Cultura sobre o mesmo tema, onde e quando se excederam na excelência e magnitude do espólio, ao ponto de o considerarem "um projecto de interesse nacional", não auguram nada de bom.

 

http://www.entroncamentoonline.pt/index.php?show=news&id=2013

 

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