Meu caro André Gregório:
veja o estatuto do 2º ciclo de
Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde o percurso
bifurcado foi garantido. Curiosamente, e ao contrário do que alguns anunciaram
(ou desejavam) só uma pequena minoria escolheu o estágio junto de
empresas...
Pode ser que, com o fim anunciado da
crise, isto se altere, mas não sabemos
Cumprimentos
Victor S. Gonçalves
----- Original Message -----
Sent: Friday, July 17, 2009 11:51
PM
Subject: [Archport] Ainda as
mistificações
Caros membros desta mailing list: Em primeiro
lugar gostaria de tornar pública a minha total concordância com a posição
defendida pela Presidente da APA. E se afirmei a dado passo da
minha primeira intervenção acerca deste tema que os profissionais deveriam
criar estruturas representativas alternativas, fi-lo como provocação, pois de
facto se os profissionais não participam nas que existem, dificilmente irão
fazer algo de novo. Por outro lado, se afirmo que
a ideia que existem arqueólogos a mais é uma completa mistificação
baseia-se na minha experiência profissional. De facto, o tempo que
leva a montar uma equipa para uma intervenção de emergência, a dificuldade em
conseguir completar as equipas, os atrasos constantes no início das
empreitadas por falta de arqueólogos, devem-se a quê? Gostaria
ainda de esclarecer a questão das notas de acesso e das médias de entrada no
ensino superior. Na verdade, a nota mínima de entrada nos cursos de
Arqueologia é de 10 valores. Assim como no curso de Medicina, ou de qualquer
outro curso. As chamadas médias de entrada são valores oficiosos
e referenciais, isto é, indicam a nota do último candidato a entrar em
determinado curso. Assim, quanto maior for a procura de determinado curso,
mais altas terão que ser as notas dos candidatos para assegurar a entrada
nesses cursos. E esta realidade serve tanto para a Arqueologia como para o
Direito ou a Engenharia. A conclusão que se pode tirar é
simplesmente que os cursos que neste país dão formação e qualificação para a
prática da arqueologia, não têm procura. Isto sim, é um belo motivo de
reflexão. Existe um problema de entrada na vida profissional por
parte dos formados em arqueologia, mas não me lembro de ver esta questão
abordada de forma tão apaixonada em nenhuma das plataformas que a APA pôs
ao dispôr de toda a comunidade arqueológica. O facto de as
licenciaturas em arqueologia, ou variante de arqueologia, não preverem
estágios integrados a ter lugar em meio profissional (seja este
estatal, empresarial ou associativo), torna difícil a normalização da
entrada dos novos licenciados na actividade profissional. No entanto, a
esmagadora maioria dos estudantes e recém-licenciados ignora o facto de
existirem estágios promovidos pela APA. Aliás muitos deles ignoram a própria
existência da APA. Assim, não é fácil... Saudações
André Gregório
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