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Re: [Archport] Ainda as mistificações

To :   "ARCHPORT" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   Re: [Archport] Ainda as mistificações
From :   VICTOR S. GONÇALVES <vsg@fl.ul.pt>
Date :   Sat, 18 Jul 2009 11:30:47 +0100

Meu caro André Gregório:
veja o estatuto do 2º ciclo de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde o percurso bifurcado foi garantido. Curiosamente, e ao contrário do que alguns anunciaram (ou desejavam) só uma pequena minoria escolheu o estágio junto de empresas...
Pode ser que, com o fim anunciado da crise, isto se altere, mas não sabemos
Cumprimentos
Victor S. Gonçalves
 
 
----- Original Message -----
Sent: Friday, July 17, 2009 11:51 PM
Subject: [Archport] Ainda as mistificações

Caros membros desta mailing list:
 
Em primeiro lugar gostaria de tornar pública a minha total concordância com a posição defendida pela Presidente da APA.
 
E se afirmei a dado passo da minha primeira intervenção acerca deste tema que os profissionais deveriam criar estruturas representativas alternativas, fi-lo como provocação, pois de facto se os profissionais não participam nas que existem, dificilmente irão fazer algo de novo.
 
Por outro lado, se afirmo que a ideia que existem arqueólogos a mais é uma completa mistificação baseia-se na minha experiência profissional.
De facto, o tempo que leva a montar uma equipa para uma intervenção de emergência, a dificuldade em conseguir completar as equipas, os atrasos constantes no início das empreitadas por falta de arqueólogos, devem-se a quê?
 
Gostaria ainda de esclarecer a questão das notas de acesso e das médias de entrada no ensino superior. Na verdade, a nota mínima de entrada nos cursos de Arqueologia é de 10 valores. Assim como no curso de Medicina, ou de qualquer outro curso.
 
As chamadas médias de entrada são valores oficiosos e referenciais, isto é, indicam a nota do último candidato a entrar em determinado curso. Assim, quanto maior for a procura de determinado curso, mais altas terão que ser as notas dos candidatos para assegurar a entrada nesses cursos. E esta realidade serve tanto para a Arqueologia como para o Direito ou a Engenharia.
 
A conclusão que se pode tirar é simplesmente que os cursos que neste país dão formação e qualificação para a prática da arqueologia, não têm procura.
Isto sim, é um belo motivo de reflexão.
 
Existe um problema de entrada na vida profissional por parte dos formados em arqueologia, mas não me lembro de ver esta questão abordada de forma tão apaixonada em nenhuma das plataformas que a APA pôs ao dispôr de toda a comunidade arqueológica.
 
O facto de as licenciaturas em arqueologia, ou variante de arqueologia, não preverem estágios integrados a ter lugar em meio profissional (seja este estatal, empresarial ou associativo), torna difícil a normalização da entrada dos novos licenciados na actividade profissional. No entanto, a esmagadora maioria dos estudantes e recém-licenciados ignora o facto de existirem estágios promovidos pela APA. Aliás muitos deles ignoram a própria existência da APA.
 
Assim, não é fácil...
 
Saudações
 
André Gregório


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