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Re: [Archport] Res: RE: Res: Re: Biblioteca digital mundial

Subject :   Re: [Archport] Res: RE: Res: Re: Biblioteca digital mundial
From :   "Paulo Monteiro" <pmonteiro@ntasa.pt>
Date :   Sat, 2 Jan 2010 14:27:03 -0000

Caro Machado Borges

Estou perfeitamente a par da relação do Pigafetta, tal como estou a par de (quase) todas as outras crónicas, anais, narrativas, décadas, lendas e demais narrativas relativas aos Descobrimentos. Há 15 anos que não leio outra coisa.

Mais, já andei por quase todos os arquivos e levantei e transcrevi incontáveis manuscritos inéditos relativos aos mesmos. Não sei se isso faz de mim melhor ou pior opinador quanto à personalidade de um português que morreu ao serviço de Castela (e quantos castelhanos não vieram para Portugal e deram bons e leais servidores da coroa portuguesa? Assim, de repente, lembro-me de Alfonso, filho bastardo de Enrique II de Castela, conde de Noroña, que deu origem, por varonia, às casas dos Marqueses de Vila Real, Angeja e Fronteira, entre outras, e vários fronteiros do Norte de África, alguns capitães de naus das Índias, vice-governadores delas, etc.). Mas, é claro, não poderia concordar mais consigo: opiniões são opiniões e valem o que valem.

Agora, não posso deixar de opiniar que também acho que, em vez de andarmos a que carpir pela gesta marítima de antanho, haveria que – por exemplo – catalogar, indexar, transcrever, publicar e traduzir (para inglês, francês e espanhol) toda a documentação que existe nos mais variados arquivos nacionais. Aquilo que se passa no Arquivo Histórico Ultramarino, por exemplo, é vergonhoso: não fossem os brasileiros a fazer os índices das caixas do Reino, através do projecto Resgate, e os macaenses os relativos à caixa de Macau, o AHU estaria ainda no mesmo caos que estava. Pior, cada vez que se pede um documento vem-nos às mãos o original, esboroando-se a cada manuseamento, mais e mais – aliás, as caixas estão todas cheias de fragmentos de papel (salva-se neste panorama nacional  a Universidade dos Açores que tem vindo a transcrever, indexar e publicar os conteúdos de todas as caixas do fundo Açores, na sua segunda série do Arquivo dos Açores.

E já agora, recentrando esta discussão na arqueologia e fugindo ao “fora-de-tópico”, haveria que saber encontrar a vontade política e científica para nos dedicarmos à prospecção e escavação de sítios de naufrágios portugueses – até porque fica claro que o problema da existência de bens subaquáticos de do período dos Descobrimentos nas nossas águas ultrapassa o âmbito dos interesses específicos do país, para se projectar em dois planos de muito mais vastas dimensões:

- em primeiro lugar, numa escala mundial, com esses bens a integrar-se num património comum a toda a Humanidade por serem detentores de um valor universal excepcional, cujo estudo e salvaguarda se tem que garantir de modo eficaz.

- em segundo lugar, já numa escala nacional, porque esses bens, exactamente por serem os únicos vestígios materiais remanescentes de navios portugueses da época dos Descobrimentos, têm obviamente um interesse relevante para a permanência da identidade da cultura portuguesa através do tempo, integrando de forma indiscutível o património cultural do nosso País – afinal sabe-se hoje mais sobre os barcos gregos ou romanos da Antiguidade Clássica (porque foram localizados e porque foram escavados cientificamente, basta ver o excelente trabalho feito pelo Xavier Nieto na Catalunha) do que sobre os galeões ou caravelas portugueses de há 400 anos atrás.

Finalizo, aproveitando a praia-mar de citações: “nós nunca nos realizamos; somos dois abismos - um poço fitando o céu”

 

 


From: V. Machado Borges [mailto:v.m.borges@netcabo.pt]
Sent: sábado, 2 de Janeiro de 2010 13:28
To: Paulo Monteiro
Cc: museum@ci.uc.pt; histport@ml.ci.uc.pt; Archport@ci.uc.pt; jde@fl.uc.pt; rcostapinto@netcabo.pt
Subject: RE: [Archport] Res: RE: Res: Re: Biblioteca digital mundial

 

A sua opinião sobre o valor de Fernão de Magalhães, ou da viagem que empreendeu, nada tem que ver com a catalogação deste importante livro digitalizado. Goste dele ou não, o facto é que está, apesar da sua opinião, indissoluvelmente ligado à história de Portugal.. Este é um facto objectivo, e não uma opinião. Por isso mesmo, deveria ter uma entrada que o permitisse encontrar na base de dados, até por ser referido desde logo no prólogo, por um dos seus companheiros de viagem. Também em todo o livro Portugal e os portugueses são (naturalmente) referidos vezes sem conta o que justificaria a referência.

Mas nós gostamos muito de desvalorizar o nosso passado, e a nossa capacidade, passada ou presente... O facto é que na base de dados não há nenhuma colaboração portuguesa. Isso é que nos deveria preocupar, e não a sua opinião sobre o valor de Fernão de Magalhães, ou sobre a importância que para a época teve a viagem de circum-navegação, até no sentido do que hoje chamamos “globalização”, que não era o tema da conversa.

Naturalmente que discordo em absoluto da sua opinião, mas isso também não interessa para o caso.

Já agora seria útil ler o livro, bem interessante, escrito por um italiano que pagou para ir na viagem, e é um testemunho credível, apesar de alguma dificuldade pela baixa definição. Mas há outras versões na Net.

Segundo Pigafetta, Magalhães terá morrido valorosamente em combate, (...”Se não fora aquele pobre capitão nenhum de nós se salvava nem o barco, porque enquanto ele combatia, os outros salvaram-se no batel “...) e afirmar “ morreu na praia” ou os conhecimentos que adquiriu não foram os suficientes para escapar a uma mão cheia de asiáticosmostra uma total incompreensão da coragem, da audácia e dos conhecimentos de quem se enfia nuns barquitos e se aventura por mares desconhecidos e povos perigosos, com 256 marinheiros, que foram morrendo pelo caminho, tendo regressado somente 18, entre os quais o autor do livro. E dos cinco navios que partiram, só um completou a viagem. Diria mesmo que mostra uma falta de respeito por toda uma história de assumir riscos e avançar para o desconhecido, por todos os que morreram nessa gesta “dando novos mundos ao mundo” coragem que, de outra forma aliás hoje continua na diáspora. Só a descoberta e travessia em 1520 do estreito que hoje tem o seu nome, tendo sido o primeiro Europeu a fazer essa travessia e a atravessar o Pacífico, mereceria mais consideração. Quanto ao regresso, fez-se por um mundo já conhecido através dos portugueses...

Voltando a citar Pessoa:

...

 

De quem é a dança que a noite aterra?

São os Titans, os filhos da Terra,

Que dançam da morte do marinheiro

Que quiz cingir o materno vulto -

Cingil-o, dos homens, o primeiro -,

Na praia ao longe por fim sepulto.

 

Dançam, nem sabem que a alma ousada

Do morto ainda comanda a armada,

Pulso sem corpo ao leme a guiar

As naus no resto do fim do espaço;

Que até ausente soube cercar

A terra inteira com seu abraço.

 

Violou a Terra. Mas elles não

o sabem, e dançam na solidão;

...

 

Infelizmente Pessoa tem razão quando dizia:

Senhor, a noite veio e a alma é vil.

Tanta foi a tormenta e a vontade!

Restam-nos hoje, no silencio hostil,

O mar universal e a saudade.

...

Quanto ao site, é uma louvável iniciativa, apesar de por enquanto ser muito pobre, como podemos ver. Será bom que se faça algo para o desenvolver, e a participação portuguesa será indispensável, tanto mais que temos contribuído significativamente, à medida das nossas capacidades financeiras, para a digitalização de obras importantes. Assim haja apoio do estado às iniciativas pontuais já que não há uma estratégia clara e significativa de política cultural. Não é preciso sermos técnicos BAD, para sabermos das dificuldades com que as instituições se debatem.

 

From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] On Behalf Of Paulo Monteiro
Sent: sexta-feira, 1 de Janeiro de 2010 16:59
To: rcostapinto@netcabo.pt; Archport@ci.uc.pt
Subject: [Archport] Res: RE: Res: Re: Biblioteca digital mundial

 

Aparentemente, os conhecimentos que adquiriu não foram os suficientes para escapar a uma mão cheia de asiáticos nem foram necessários para que o resto da frota voltasse a Espanha...

:)


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De: Rui
Para: Paulo Monteiro; v.m.borges@netcabo.pt ; jde@fl.uc.pt
Cc: museum@ci.uc.pt ; histport@ml.ci.uc.pt ; Archport@ci.uc.pt
Enviada em: Fri Jan 01 16:12:54 2010
Assunto: RE: [Archport] Res: Re: Biblioteca digital mundial

Diz o meucaro amigo Tenente Valentim e muito bem

Logo em 1505 parte para a Índia numa armada comandada por D. Francisco de Almeida. Nos mares do Índico permanecerá oito anos. Acompanha Diogo Lopes Sequeira a Malaca em 1509, naufragando no regresso; participa na conquista de Goa ao lado de Afonso de Albuquerque no ano de 1510; no ano seguinte faz parte do contingente, também liderado por Afonso de Albuquerque, que toma a estratégica cidade de Malaca. Entretanto, ainda no Oriente, estabelece uma relação muito próxima com Francisco Serrão, que veio a ser o feitor das ricas ilhas das Molucas. Através desta amizade e, posteriormente, duma troca epistolar regular tem acesso a informações preciosas, de âmbito cartográfico e geográfico, acerca da localização daquelas ilhas, onde abundavam as especiarias. De volta a Lisboa, em 1513,  incorpora nesse mesmo ano as forças que sob o comando de D. Jaime, Duque de Bragança, tomam a praça marroquina de Azamor. Responsável pelos despojos da conquista, é acusado da forma pouco clara como repartiu as "presas".”

 

Portando os conhecimentos e a experiência adquiridos nada valem???

 

De: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] Em nome de Paulo Monteiro
Enviada: sexta-feira, 1 de Janeiro de 2010 16:01
Para: v.m.borges@netcabo.pt; jde@fl.uc.pt
Cc: museum@ci.uc.pt; histport@ml.ci.uc.pt; Archport@ci.uc.pt
Assunto: [Archport] Res: Re: Biblioteca digital mundial

 

Magalhães até poderia ser português mas não vejo grandes razões para incensar alguém que, mais do que morrer na praia, morreu a meio da viagem.

Por outro lado, os capitais e os navios da primeira viagem de circum-navegação eram castelhanos (e alemães, de augsburgo e nuremberga), por isso menos razão vejo para reclamar um qualquer motivo de orgulho nacional par nos colarmos de modo serôdio a esta viagem.

Finalmente, se passado é passado, muito há que fazer no presente: apoiar, por exemplo, o estudo da "nossa" nau na Namibia - mas, até aí, temo bem que a mensagem seja mais levar uma carta a Garcia do que uma mensagem de esperança...
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De: archport-bounces@ci.uc.pt
Para: 'José d'Encarnação'
Cc: museum ; archport ; histport
Enviada em: Fri Jan 01 14:42:46 2010
Assunto: Re: [Archport] Biblioteca digital mundial

Belo presente de Ano Novo!. Obrigado!

A propósito, desejo a tod@s um óptimo ano.

O acesso a bibliotecas digitais online, abertas e gratuitas é uma enorme conquista cultural da humanidade. Permite-nos ter acesso directo, imediato, das nossas casas, a tesouros culturais, e só desejo que as bibliotecas e centros de documentação nacionais, apesar de terem de lutar contra a conjuntura actual desfavorável, colaborem sem reservas nesta “publicação” mundial e marquem a nossa presença.

Infelizmente, se entrarem por “Espanha” encontrarão o “Diário da Viagem de Magalhães” (referido aliás na mensagem) que está classificado como “Espanha” “Itália” “Mundo” Filipinas” ... e não tem uma entrada por “Portugal”. Mas se abrirem (com o excelente visualizador) na pág. 13 linha 3 e na pág. 14 linha 11 lerão claramente (apesar das imagens terem baixa resolução – outros docs têm resolução bem maior)  nessas duas primeiras páginas de texto a indicação da nacionalidade portuguesa de Fernão de Magalhães...

Das 50 entradas com referência a Portugal, nenhuma tem origem na colaboração nacional – nenhuma biblioteca referida é portuguesa... Felizmente há Brasil, para defender e divulgar a língua e a cultura lusas!

Há 13 entradas pelo menu, mas 50 pela “pesquisa”, pela palavra Portugal. Há muitos outros documentos portugueses, mas referenciados por Angola, Moçambique, etc. a grande maioria da Biblioteca Nacional do Brasil. Estive lá este ano, bem como no Gabinete Português de Leitura, e a preservação e defesa da língua portuguesa é de facto hoje essencialmente feita pelos países de expressão lusa, principalmente o Brasil, mas Timor, tão longe,  também nos dá uma lição de portugalidade...

Senhor, a noite veio e a alma é vil.

Tanta foi a tormenta e a vontade!

Restam-nos hoje, no silencio hostil,

O mar universal e a saudade.

 

Mas a chama, que a vida em nós creou,

Se ainda ha vida ainda não é finda.

O frio morto em cinzas a occultou:

A mão do vento póde erguel-a ainda.

 

Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou

          ancia-,

Com que a chamma do exforço se remoça,

E outra vez conquistemos a Distancia –

Do mar ou outra, mas que seja nossa!

 

Abraços,

VMB

 

PS – da edição “clonada” da Mensagem, recentemente lançada pela Guimarães Editora e exclusiva da FNAC, e que é preciosa.

 

From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] On Behalf Of José d'Encarnação
Sent: sexta-feira, 1 de Janeiro de 2010 12:49
To: museum; archport; histport
Subject: [Archport] Biblioteca digital mundial

 

    Olá, Amiga(o)!

   

    Divulgo tal como recebi, porque se me afigura de todo o interesse.

    Perdoe-me se não tento uma formatação adequada; mas creio que está compreensível.

 

                                                                J. d'E.

 

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BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL DA
UNESCO (UMA JÓIA)

Www.wdl.org

Olá

Envio-vos o que considero, sem dúvida, o arquivo CULTURAL
mais importante que recebi!!! A NOTÍCIA DO LANÇAMENTO NA INTERNET DA WDL..... A BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL. QUE PRESENTE DA UNESCO PARA A HUMANIDADE INTEIRA !!!! especialmente para OS JOVENS

 

Já está disponível na Internet, através do sítio www.wdl.org É uma notícia QUE NÃO SÓ VALE A PENA REENVIAR MAS SIM É UM DEVER ÉTICO, FAZÊ-LO!!

Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos
os tempos e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta.
Tem, sobre tudo, carácter patrimonial" , antecipou
ontem em LA NACION Abdelaziz Abid, coordenador do projecto impulsionado pela UNESCO e outras 32 instituições.
A BDM não oferecerá documentos correntes , a não ser
"com valor de património, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em idiomas diferentes: árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português. Mas há documentos em linha em mais de 50
idiomas".

Entre os documentos mais antigos há alguns códices
precolombianos, graças à contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em
1562",
explicou Abid.

Os tesouros incluem o Hyakumanto darani , um documento em
japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato dos azetecas que constitui a primeira menção do MeninoJesus no Novo Mundo; trabalhos de cientistas árabes desvelando o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos e esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia

Fácil de navegar
Cada jóia da cultura universal aparece acompanhada de uma breve explicação do seu conteúdo e seu significado. . Os documentos foram escaneados e incorporados no seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre elas O PORTUGUÊS

 

A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações.

Como se acessa ao sítio global


Embora seja apresentado oficialmente hoje na sede da UNESCO, em
Paris, a Biblioteca Digital Mundial já está disponível na Internet, através do sítio www.wdl.org .

O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar
directamente pela Web , sem necessidade de se registarem Quando a gente faz clique sobre o endereço www.wdl.org , tem a sensação de tocar com as mãos a história universal do conhecimento.


Permite ao internauta orientar a sua busca por épocas,
zonas geográficas, tipo de documento e instituição. O sistema propõe as explicações em sete idiomas (árabe, chinês, inglês, francês, russo,espanhol e português). Os documentos, por sua parte, foram escaneados na sua língua original. Desse modo, é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus traduzido em aleutiano pelo missionário russo Ioann Veniamiov, em 1840.

Com um simples clique, podem-se passar as páginas de um livro,aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos. A excelente definição das imagens permite uma leitura cómoda e
minuciosa.

Entre as jóias que contem no momento a BDM está a
Declaração de Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos países; um texto japonês do século XVI
considerado a
primeira impressão da história; o jornal de um estudioso veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do mundo; o original das "Fábulas" de Lafontaine, o primeiro livro publicado nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e umas pinturas rupestres africanas que datam de 8.000 A.C..

Duas regiões do mundo estão particularmente bem
representadas: América Latina e Médio Oriente. Isso deve-se à activa participação da Biblioteca Nacional do Brasil, a biblioteca Alexandrina do
Egipto e a
Universidade Rei Abdulá da Arábia Saudita.

A estrutura da BDM foi decalcada do projecto de
digitalização da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e actualmente contém 11 milhões de documentos em linha.

Os seus responsáveis afirmam que a BDM está sobretudo
destinada a investigadores, professores e alunos. Mas a importância que reveste esse sítio vai muito além da incitação ao estudo das
novas gerações
que vivem num mundo áudio-visual. Este projecto tampouco é um simples compêndio de história em linha: é a possibilidade de aceder, intimamente e sem limite de tempo, ao exemplar sem preço, inabordável, único, que cada um alguma vez sonhou conhecer.

 

 

 

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