[Archport] Ordens, Sindicatos, etc... Primeira Parte.
Estou a tentar pôr algumas ideias em ordem, os caros amigos ajudem-me.
Bem, existem também as confrarias, as lojas, as carvoarias, as guildas, a mafia, a cosa nostra, etc.
O universo das coisas possíveis parece-me inesgotável.
Ora, existem já duas entidades que têm, malogradamente em itinerários paralelos, ou em circunferências circuncêntricas, dado o impulso para a formulação da matéria. A Asociação dos Arqueólogos Portugueses e a Associação dos Profissionais Arqueólogos.
Velho hábito, difícil de contrariar. Está o edifício em ruina, deita-se abaixo, edifica-se outro novinho em folha.
Por vezes, troco impressões com jovens arqueólogos, que se queixam de que a falta de uma instituição representativa afecta, não só a qualidade técnica e a fidelidade deontológica do seu trabalho, mas também as condições quase proletárias em que exercem a sua profissão. Geralmente apelo para que a APA, os seus orgãos dirigentes, se queixam recalcitrantemente de não adesão.
Respondem-me que a APA não representa bem os seus interesses... não é bem aquilo que queriam...
E não me ocorre senão responder que uma associação é o que os seus sócios fizerem dela. Os que não são sócios não se podem queixar.
Seja, dizemos hoje todos mal do estado da Nação. Mas se é isto ser português, vamos então fundar uma nação nova. Ou uma confraria, ou uma nova res nostra.
Poder-se-á partir daqui?
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Manuel de Castro Nunes