Re: [Archport] Bolonha!
Ora aqui está mais um caso em que uma Ordem podia intervir de forma efectiva.
Caberia à Ordem autorizar e regulamentar a actividade profissional do visado, independentemente de ser um licenciado com 4 ou com 3 anos de curso.
Ao mesmo tempo, um Sindicato garantia que os ordenados e que os direitos profissionais eram mantidos e tabelados, enquanto se juntava a outros sindicatos profissionais na luta pela dissipação dos recibos verdes...
A tutela (IGESPAR) tem as mãos atadas e bolsos curtos. Não se vai preocupar com avaliações de casos independentes no exercício da profissão de arqueólogo.
Em breve, será assim. Espero!
Cumprimentos cordiais
João Araújo Gomes
2010/3/17 Alexandre Monteiro
<no.arame@gmail.com>
eu acho que ninguém sai arqueólogo de uma licenciatura (ou mestrado,
ou doutoramento) em arqueologia.
acho que nos tornamos arqueólogos quando cumulativamente, fazemos um
tirocínio o mais alargado e o mais diversificado possível em
prospecção/escavação, sob orientação de um ou mais mestres (mestres,
aqui, entenda-se, como sendo mentores qualificados técnica, académica
e pedagogicamente falando), e publicamos/divulgamos o que fizemos e
aprendemos para os nossos pares e para o público em geral.
portanto, acho extremamente hipócrita considerar que um licenciado de
Bolonha não está habilitado a dirigir uma escavação arqueológica, mas
que um mestrado em Bolonha já o está - a única coisa que praticamente
mudou entre um e outro é que, entretanto passaram dois anos, tiveram 5
cadeiras, 3 seminários e um ano de preparação de projecto/tese a mais.
Em 17 de março de 2010 17:43, Jorge Antunes <jorgeantunes13@gmail.com> escreveu:
>
> Relativamente à questão de Bolonha e os trabalhos arqueológicos, estou
> totalmente de acordo como o colega Alexandre Rodrigues. É uma extrema
> injustiça para quem apanhou com esta reforma do ensino superior! No entanto,
> julgo que será mais correcto que a tutela (IGESPAR) avalie cada caso
> independentemente. Tão importante ou mais, é conhecer o percurso e a
> experiencia profissional de cada arqueólogo, recém-licenciado ou não. Como
> todos saberão, existe no mercado um grande numero de técnicos de arqueologia
> e que são, actualmente, arqueólogos. Esses, dos que conheço, têm uma
> experiencia que bate a de muitos arqueólogos, mesmo alguns que já trabalham
> nisto há algum tempo.
>
> Como devem ser enquadrados estes profissionais, que têm uma formação
> arqueológica impar? Já alguém pensou nisso?
>
> Relativamente aos mestrados de Bolonha. Parece-me que são uma forma airosa
> de forçar ou angariar clientes para as universidades que se debatem para
> sobreviver.
>
> Já alguém fiscalizou ou teve conhecimento dos planos curriculares dos
> mestrados? São como dizem, melhoram profissionalmente o arqueólogo Bolonhês
> ou são para encher chouriços? Perdoem-me o tom em que coloco esta questão.
>
> Jorge Antunes
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João Araújo Gomes
Arqueólogo
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