Voz amiga chamou-me a atenção para o facto de, por lapso, não ter indicado o local da conferência do mestre Carlos Boavida a ter lugar no próximo dia 23 de Outubro, pelas 15 horas, em Castelo Branco, subordinada ao tema “Castelo de Castelo Branco – Escavações Arqueológicas de 1979/84 e de 2000” e enquadrada no âmbito do centenário da instituição museal albicastrense. Será na sala da biblioteca “D. Fernando de Almeida” do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior. Poderia ter sido apresentada, dado o tema, na igreja de Santa Maria do castelo, templo medieval genético do burgo que, incrivelmente, continua fechada ao público e ao crente. A última vez que abriu portas foi em Maio deste ano, durante um festival místico-gastronómico levada a cabo por um dos ramos portugueses da ordem dos Templários. Depois, voltou a adormecer e fechou. Perguntam-me também dois jovens se a organização da iniciativa (Direcção do Museu) passa certificados de presença. Acho que não. E ainda bem. Para além do desperdício em pasta de papel, sou contra esse género de documentação pseudo motivadora de grupos assistenciais. Os certificados apenas servem aqueles que vão ás iniciativas (geralmente chegam ás 11 e 30 m e recolhem o papelinho ás 12 e 30m) não em busca de saber ou de permuta de ideias, mas sim apenas com o sublime fito de aumentar o seu volumoso currículo, desenhando-se assim uma certa carreira profissional. Por enquanto, aproveitemos a oferta. A assistência ainda é gratuita. Como o Museu é gerido pelo Governo, se calhar, na próxima vez já é a pagar. E a assistência cobrada com tabela própria tal como a negociata instituída das fotografias e dos desenhos de peças das colecções do Estado que pelos vistos quase toda a gente concorda. Proponho então para os coleccionadores de certificados de presença a conferências gratuitas (geralmente o conferencista nada recebe) que a assistência se cobre e que o dinheiro conseguido seja reinvestido em projectos em prol da arqueologia local. Essa sim, nalguns casos, mais que uma presença, de momento, uma completa ausência. Que terminem de vez com os certificados de presença nas conferências. Quem quer aprender, vai sempre.
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