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[Archport] Museus europeus procuram alternativas para o apertar de cinto

Subject :   [Archport] Museus europeus procuram alternativas para o apertar de cinto
From :   National Geographic Portugal <ngmportugal@gmail.com>
Date :   Wed, 26 Jan 2011 12:17:42 +0000

Boa tarde a todos,

Não costumo publicar aqui com frequência, mas não resisto a fazê-lo depois de ler esta peça do Herald Tribune: http://www.theage.com.au/entertainment/art-and-design/europes-culture-shock-20110124-1a2uc.html

É um debate que ainda não terá começado por cá, mas esse dia vai chegar.

Condicionados pela redução dos subsídios governamentais, alguns museus europeus adoptaram medidas que, há alguns anos, seriam impensáveis:

-O Museu d'Orsay aceitou um cartaz publicitário gigantesco da Chanel na sua fachada.
- Versalhes vai reservar parte da área do palácio para alojamento de luxo.
- O Museu Ara Pacis, em Roma, aceitou uma mostra de automóveis eléctricos nas imediações do altar encomendado por Augusto.
- O Museu Rainha Sofia, em Espanha, fez acordos com as empresas fornecedoras de gás, água e electricidade, trocando a isenção das contas anuais por publicidade no recinto.
- O Louvre já aumentou o preço dos bilhetes de 9,5EUR para 10 e estuda a hipótese de ceder o nome a uma linha de relógios suíços. Franchisou também o nome para um pólo em Abu Dhabi e organizou o primeiro leilão na Internet para, através de donativos, obter capital para adquirir um quadro de Cranach (não obteve fundos suficientes).
- Outrora gratuitas, as cedências de peças de colecção entre museus serão agora pagas e o Museu de Orsay já facturou 5,1 milhões de euros em 2009 com esse tipo de projecto.

A autora revela que estas iniciativas geraram protestos. Em Veneza, um grupo de particulares conseguiu que fosse retirada do Palácio do Doge um cartaz publicitário que "estragava a visita". E em França foram muito criticados os painéis de publicidade em monumentos históricos. A porta-voz do Museu de Orsay defendeu-se, dizendo que recusaram anúncios de carros, da Coca-Cola e outras marcas menos nobres, embora não pareça que seja esse o problema.

E por cá? Estaremos dispostos a mercantilizar mais a cultura? E haveria receptividade das marcas para este tipo de publicidade agressiva?

Um abraço para todos

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