Re: [Archport] Como se inscre um sitio arquelógico na carta concelhia...
Caro Ricardo
Essas perguntas que faz só se podem responder lendo o relatório e
sabendo de que sítio se trata.
Mais uma vez, reitero: é minha opinião que um debate sobre aquilo que
afirma - como bem diz, "de ouvir dizer "- tem que se basear sempre no
relatório e no sítio.
Até que um e outro apareçam é como eu vir dizer a terreiro que um
determinado projecto de electrotecnia foi elaborado em péssimas
condições, que o engenheiro responsável pelo projecto só queria ganhar
o seu, nada tendo perguntado ao electricista da empresa, que até
percebe a potes daquilo? E, imagine-se que, para cúmulo da indignação,
apesar da potência instalada ter sido subavaliada e toda a instalação
estar em flagrante violação das RTIEBT, mesmo assim o projecto foi
aprovado por quem de direito?
Ora, baseando-se apenas naquilo que eu escrevi acima, acha ético e de
bom tom, eu (que nada percebo de electrotecnia) vir a público dizer
que o engenheiro é incompetente ou está de má fé? Não exigiria, para
poder fundamentar a sua opinião, ver primeiro o projecto e o que foi
realmente implantado no terreno?
Em 5 de maio de 2011 22:39, Ricardo Charters d'Azevedo
<ricardo.charters@gmail.com> escreveu:
> Caro Alexandre Monteiro,
>
> Não pretendo fazer um julgamento profissional de quem fez a pesquiza
> arqueológica. E não tenho o relatório. Só o vi e tomei notas quando o
> proprietário o leu para mim
>
> O meu objectivo é outro, como explico, nomeadamente, no título. È ter
> respostas a alguns fundamentalismos que prejudicam a profissão pois o
> cidadão não compreende:
>
> · Como se regista como arqueológico na carta concelhia um local
> somente porque se fez uma prospecção e não pelos resultados;
>
> · Porque se fazem prospecções arqueológicas sem previamente se
> estudar o local e/ou consultar um historiador
>
> · Porque quando se fazem prospecções, o arqueólogo tem sempre que
> mostrar que encontrou coisas importantes, nem que sejam locais onde se fez
> fogo (sem mais materiais), moedas e cerâmica, contemporâneas e pedras, que
> poderão vir a ser identificadas como “raspas” de antigos artefactos que se
> não encontraram
>
> Cumprimentos
>
> RCA
>
>
>
> From: Alexandre Monteiro [mailto:no.arame@gmail.com]
> Sent: quinta-feira, 5 de Maio de 2011 23:11
> To: Ricardo Charters d'Azevedo; archport@ci.uc.pt
> Subject: REF: [Archport] Como se inscre um sitio arquelógico na carta
> concelhia...
>
>
>
> Se quiser uma discussão séria sobre este assunto, tem que identificar esse
> local ou fornecer-nos o relatório arqueologico produzido.
>
> É que, senão cai na mesma atitude de "achismo" de uns pescadores que eu
> conheci nos Açores, que diziam que os navios do século XVI que estávamos a
> escavar eram traineiras dos anos 70... do século XX.
>
> Enviado do meu HTC
>
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