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Re: [Archport] (sem assunto)

To :   joão pereira <trainzeiro@gmail.com>
Subject :   Re: [Archport] (sem assunto)
From :   André Freitas <andremfreitas@portugalmail.pt>
Date :   Tue, 13 Dec 2011 23:43:17 +0000

Talvez algo deste género: www.inrap.fr 
Ou então entregar os diagnósticos e fiscalização de obras (acompanhamentos) a instituições que não lucrem com isso, pois a arqueologia empresarial obedece a lógicas de mercado (no caso sa arqueologia de emergência, são única e exclusivamente o preço, o prazo e os imprevistos ou retrocessos, tudo em menor número possível) que são - e quem não concordar com isto é hipócrita - completamente contrárias aos critérios e metodologias que todo e qualquer processo ciêntifico deve ter.
É a minha opinião. Tenho o INRAP francês como um modelo em que o mercado só entra na arqueologia quando todos os critérios, métodos, e quantidade estão definidos em absoluto. Nós por cá fazemos o contrário, e quando coisas estranhas acontecem, culpamos os técnicos do IGESPAR, mas esquecemo-nos que quem está em campo é que tem a responsabilidade maior, mas encontra-se pressionado pelos estúpidos critérios do mercado (recebe pouco, com poucas condições, praticamente sem uma estrutura de apoio, com prazos apertados, e a necessidade de agradar ao cliente/empresa para obter outros trabalhos no futuro).
O que temos é um sistema que pressiona, incita, e pior do que tudo, valoriza o erro, a omissão, e a negligência. O IGESPAR fiscaliza? Como, se o arqueólogo se calar, e mais ninguém vir ou apresentar queixa, nunca aconteceu, não passarão de boatos, de acusações anónimas que as empresas dirão que não têem fundamento...

Um INRAP português, é o que eu proponho...

Citando joão pereira <trainzeiro@gmail.com>:

E que soluções propões tu?
 
JP
 
No dia 10 de Dezembro de 2011 21:58, André Freitas <andremfreitas@portugalmail.pt> escreveu:

Se as Universidades e organismos públicos tratarem melhor os arqueólogos e o património arqueológico do que aquilo que as empresas tratam, então venha de lá essa (e passo a citar) "marginalização da arqueologia de contrato e seus agentes"! A verdade é que a arqueologia preventiva nunca deveria estar nas mãos dos promotores de obras, construtores civis, ou empresários da arqueologia. Farto desses pseudo-concursos, dos pseudo-acompanhamentos, das pseudo-intervenções, e das pseudo economias de mercado. Trabalho bem feito, dignidade para quem o faz, é o que se pede... E que o actual mercado da arqueologia empresarial não oferece.


André Freitas

Citando Por Abrantes <porabrantes@hotmail.com>:

> Acho muito pertinentes as questões aqui colocadas pela Maria José
> Almeida, e acho que é uma falta importante os arqueólogos que exercem
> a sua actividade como empresários não se manifestarem, mas em parte
> considero que isso leva a situações de conflito deontológico algumas
> vezes.Não vou precisar casos concretos, neste momento.Só quero
> comentar esta afirmação: ''A ser deliberada, demonstraria uma
> estratégia assumida de  exclusão e marginalização da arqueologia de
> contrato e seus agentes,
>  numa tentativa de afirmação das universidades e organismos da 
> administração do Estado, que se preparavam para o ocupar o espaço >
> agora dominado pelas empresas.''E este e-mail vem na sequência de um 
> Luiz Oosterbeek, e acho que na prática a actividade do senhor
> Oosterbeek é já a tradução deste projecto.Com a gravidade de intervir
> aqui como  Pró-Presidente para a Cooperação e Relações Internacionais
> esquecendo a sua situação curiosa de contratado pela Càmara de
> Abrantes para o projecto MIAA
> http://porabrantes.blogs.sapo.pt/973815.html,  de pessoa encarregada
> do estranho Instituto Terra e Memória que é uma espécie de parceria
> entre o Politécnico de Tomar e a Câmara do Mação, 
> http://portal.ipt.pt/portal/index.html?ctrl:cmd=render&ctrl:mode=view&ctrl:window=instituto.imprensa.noticias.NoticiasWindow&noticia.nome=itm, e  as suas relações com estes 2 organismos que falarei outro dia : o Centro Europeu de Investigação da Pré-História do Alto Ribatejo (CEIPHAR) e o Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo (CIAAR).Tudo seria mais claro se houvesse para as actividades que estas ''coisas'' desenvolvem concursos públicos, empresas ou arqueólogos a poderem concorrer e não situações como as dos senhores David Delfino e Gustavo Portocarrero, que trabalham com ele e que receberam mais 2 ajustes directos de 63.000 e tal cada um no projecto MIAA.Porque é que a CMA não fez concursos públicos para o que encomendou a estes senhores? Concursos onde possam concorrer arqueólogos ou empresas de arqueologia?Explica-me o Sr. Luiz Oosterbeek? Com os melhores cumprimentosMarcello de
> Noronha


 


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