Quem define esse grande objetivo do homem, é, como deve calcular, o próprio homem!
Uma das grandes exigências de mercado é saber o que é que nos faz falta?
Obviamente que não trabalhar não pode ser entendido como um objetivo.
Por exemplo, a Grécia foi o país europeu que mais greve fez, por isso é que está na situação económica que está... aliado a má política europeia e grega..
O desentendimento leva-nos à ruína, dialogar é fundamental.
Quanto a sua questão:
Por que TEMOS que nos adaptar nós ao mercado e não o mercado a nós?
Darei o seguinte exemplo:
Algumas sapatarias de Lisboa venderam o mesmo modelo de sapatos ao longo de 40 anos. Acontece que chegaram a um determinado momento em que não tinham clientes e simplesmente fecharam porque não conseguiam vender. Pergunta voçe o que é que se passou aqui?
Foi claramente uma má adaptação ao mercado.
Relativamente à sua última frase, vejo que não tem qualquer tipo de fundamento.
A versatilidade não é esclavagismo.
Atenciosamente,
Maria Inês
----- Mensagem encaminhada de roger prieto <rogerprieto@gmail.com> -----
Data: Fri, 23 Mar 2012 10:06:55 +0000
De: roger prieto <rogerprieto@gmail.com>
Assunto: Re: [Archport] Vozes do dono, greve e sindicato.
Para: mariaa_ines@sapo.pt
Ámen.
Ps.
Quem definiu esse grande "objectivo do Homem"?
Quais são essas "novas exigências"?
Por que TEMOS que nos adaptar nós ao mercado e não o mercado a nós?
Fala no séc. XXI, mas parece que está a propor uma volta ao esclavagismo...
Atenciosamente
2012/3/23 <mariaa_ines@sapo.pt>
O grande objetivo do Homem, deve ter como finalidade o estímulo do diálogo sobre os principais problemas do mundo. O trabalho é um direito! E, para tal, devemos saber geri-lo ao longo da nossa vivência humana, sendo certo que há muita gente que ainda não percebeu que estamos no século XXI e que teremos que ser versáteis ao ponto de adquirir o máximo de habilidades técnicas para saber produzir melhor.
Será que os portugueses se têm adaptado às novas exigências de mercado?
É claro que não! Vejamos, por exemplo, os cursos superiores que não estão ajustados às mudanças da nossa economia. Aí, vemos que é necessário refletir, de forma fundamentada, sobre a adequação da nossa oferta formativa às necessidades do mercado de trabalho.
Citando marco liberato <marcoliberato@hotmail.com>:
Não deixa de ser significativo que esta discussão se tenha iniciado com um argumento típico de uma família política que, muito embora tenha metamorfoseado o seu discurso para lhe dar um ar de Modernidade, continua fiel à pré-história das leituras sociais.
Esgotado o seu período triunfal na Europa, a década de 90 e primeiros anos do novo século - quando o saque generalizado, iniciado por uma merceeira suburbana, dos bens e serviços que deviam ser públicos e a especulação financeiro-imobiliária criaram um ilusório e nado-morto parêntesis de dropping - sacaram novamente dos velhos argumentos que podem ser sintetizados assim: «vivemos no melhor dos mundos e só não singram os preguiçosos». Daí que os cidadãos que expressem legítimas preocupações com as suas condições laborais, não passem de joguetes de comunistas, afins e/ou preguiçosos contumazes.
Ficou aqui expressa outra declinação do darwinismo social, ainda que mais pueril:mas sim através da adaptação às novas exigências do mercado. Mas não é isso que fomos fazendo até ao momento, enquanto povo e de forma particularmente “militante” no nosso grupo profissional? Haverá profissionais mais adaptáveis que aqueles que trabalham em Arqueologia?
O resultado está à vista e não tem sido brilhante…de qualquer forma não se poderia esperar mais de alguém que acha que o usufruto - ou a posse - de um automóvel pelo secretário-geral de uma organização que representa trabalhadores do Minho ao Algarve, seja uma manifestação de incongruência e um argumento válido para descredibilizar o movimento sindical! Certamente nunca experimentou fazer uma ligação Torres Novas – Reguengos de Monsaraz utilizando transportes públicos…
Até o Henrique - o único aqui mencionado que conheço pessoalmente, salut – presta tributo ao arsenal argumentativo ultra-liberal e quase pede desculpa por trazer uma questão político-sindical para este fórum! Mesmo encarando os objectivos do mesmo como minimalistas, exclusivamente orientado para questões “científicas”, haverá dúvidas que, no momento actual, o principal entrave a uma actividade arqueológica de qualidade, com rigor no registo e preocupada com a divulgação de resultados seja a extrema precariedade de muitos dos profissionais que a asseguram?
Basta uma rápida mirada aos índices dos congressos realizados nos últimos anos para se verificar que a equação empresa-com-mínimo-de-estabilidade-dos-seus-quadros = maior-rigor-científico-e-preocupação-com-a-divulgação-de-resultados é uma realidade incontornável.
Depois surgiu ainda outro argumento, menos politizado mas amplamente popularizado: a greve não muda nada. Falso. A História está cheia de greves que mudaram o quotidiano das pessoas. O que não muda nada é ficar em casa ou ir trabalhar. Não mostrar a quem nos governa que antes do PIB, do deficit, da “ajuda” externa, das injecções milionárias em bancos falidos, dos salários dourados, dos lucros obscenos, está quem trabalha. Que a “Economia” não nasce de geração espontânea, mas antes assenta no trabalho de milhões de assalariados e de pequenos empresários.
Daí que hoje tenha feito greve e no Sábado esteja presente na fundação do Sindicato. As criticas guardo-as para depois, se esta organização não assegurar o único “serviço” a que estará geneticamente obrigada: ajudar-me na defesa dos meus direitos laborais e, por inerência, da minha dignidade.
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