Re: [Archport] Aluno preocupado.

["Paulo Monteiro" <pmonteiro@ntasa.pt>]

É de deixar o Gordon Chile a dar voltas na tumba...

 

Dentro desta temática sugiro a consulta destes artigos - um de Vitor Oliveira Jorge, publicado há 22 anos; e outro de Criado Boado, escrito há 11:

http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2210.pdf

http://digital.csic.es/bitstream/10261/6840/1/Problems%2c%20functions%20and%20conditions%20of%20archaeological%20knowledge.pdf

 

 

 

 

From: archport-bounces@ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@ci.uc.pt] On Behalf Of Manuel Castro Nunes
Sent: Tuesday, May 15, 2012 5:35 PM
To: archport@ci.uc.pt
Subject: [Archport] Aluno preocupado.

 

Superado o período cautelar de espera, motivado pela interpelação por parte de um anónimo, que, como diz Mário Varela Gomes, independente mente da razão que lhe assista, faz ruir pela base a expectativa de sério acolhimento, face ao exposto por Varela Gomes, não posso deixar de expressar o meu apoio.

Move-me a expressá-lo aqui o facto de me ter confrontado com situação idêntica na Universidade de Évora, bem como o facto de a FCSH da INL sser a escola da minha licenciatura, onde prestam serviço muitos velhos amigos e antigos colegas, que merecem ser recatados relativamente à imagem transmitida pelas ocorrências relatadas.

E, se poderíamos questionar os motivos próprios de um aluno anónimo. mesmo que fora professor, não me parece que, sem leviandade, possamos questionar as razões de Varela Gomes. De resto, aqui estão para serem refutadas, se for o caso.

Ora, na década de oitenta a situação apresentada já se apresentaria anacrónica. E muitos coordenadores de departamento tiveram que empreender um esforço conjunto com os seus colegas para superarem. por vezes em tempo ''record'' situações percárias.

Hoje em dia, trinta anos passados, parece-me inaceitável.

Na Universidade de Évora, eu também, tendo sido admitido expressamente para a área de Arqueologia Geral de Portugal, que continuo a não saber o que seja, leccionei durante cinco anos cadeiras de História Contemporânea. Confesso que me foi muito útil e obrigou-me a um esforço compensado. Os alunos não serão com toda a certeza solidários comigo neste juízo.

O que me espanta, seriamente, é que haja professores de História Moderna que aceitem ser investidos nesse papel. E conduz-me a colocar uma questão: Que benefícios pessoais ou de grupo poderão ser retirados de tal situação?

Bem. Não era de todo expectável sermos, em 2012, surpreendidos por ocorrência tão anacrónica.

Talvez seja o caso de nomear um professor de História Moderna para a Direccção do Museu Nacional de Arte Antiga. Ou de Arqueologia.

 

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Manuel de Castro Nunes

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